O Conde Enfeitiçado
Título Original: When He Was Wicked (Bridgertons #6)
Toda vida tem um divisor de águas, um momento súbito, empolgante e extraordinário que muda a pessoa para sempre. Para Michael Stirling, esse instante ocorreu na primeira vez em que pôs os olhos em Francesca Bridgerton. Depois de anos colecionando conquistas amorosas sem nunca entregar seu coração, o libertino mais famoso de Londres enfim se apaixonou. Infelizmente, conheceu a mulher de seus sonhos no jantar de ensaio do casamento dela. Em 36 horas, Francesca se tornaria esposa do primo dele. Mas isso foi no passado. Quatro anos depois, Francesca está livre, embora só pense em Michael como amigo e confidente. E ele não ousa falar com ela sobre seus sentimentos – a culpa por amar a viúva de John, praticamente um irmão para ele, não permite. Em um encontro inesperado, porém, Francesca começa a ver Michael de outro modo. Quando ela cai nos braços dele, a paixão e o desejo provam ser mais fortes do que a culpa. Agora o ex-devasso precisa convencê-la de que nenhum homem além dele a fará mais feliz. No sexto livro da série Os Bridgertons, Julia Quinn mostra - em sua já consagrada escrita cheia de delicadeza -, que a vida sempre nos reserva um final feliz. Basta que estejamos atentos para enxergá-lo.
O Conde Enfeitiçado
é o sexto volume da série de romances de época Os
Bridgertons, de Julia
Quinn, publicada no Brasil pela Editora Arqueiro. Foi exatamente esta série a
responsável por eu ficar viciada neste tipo de romance. Hoje acompanho o
trabalho de várias autoras do gênero e agradeço muito à Arqueiro por ter dado
tanto destaque pra estas obras e com isso motivar mais editoras a investir no
segmento.
Os Bridgertons são uma família encantadora e grande, tanto que
renderam esta série de vários livros, onde cada volume traz a história de amor
de um dos irmãos. São histórias que mesclam a doçura do amor com momentos
hilários, e não só amor entre amantes, mas em família, visto que estes
aristocratas ingleses são bem unidos e amam-se inegavelmente. A mãe,
Violet, não tem medo de desafiar regras sociais para que seus filhos
sejam felizes, nem eles tampouco medem esforço e cuidam da aparência quando
querem alguém. Vão a luta, brigam, duelam e conquistam seus amores.
Os primeiros livros da série foram muitos engraçados, mas desde
Para Sir Phillip, Com Amor (quinto volume), tenho notado que as
histórias estão ficando mais maduras e sérias, com casais que não estão em um
primeiro relacionamento, pelo menos uma das partes já foi casada e não está
muito confiante em encontrar uma outra pessoa. Este é o caso de Francesca Bridgerton, que aos vinte e dois anos se
viu viúva. O marido morreu de forma repentina e ela ficou totalmente arrasada.
No entanto, havia alguém que a amava demais, mesmo que sentisse culpa por isso,
Michael Stirling era primo do marido
da moça e desde a primeira vez que colocou os olhos nela perdeu seu coração.
Michael amou em silêncio e com a morte do primo acabou herdando
o título de conde, o que o deixou com ainda mais culpa. Ele acreditava estar
roubando algo que não era seu por direito e desta forma fugiu da Inglaterra para
ficar longe de Francesca - a mulher do outro ele não tomaria -, mesmo amando-a
profundamente. Após anos longe de casa, ele voltou acreditando que poderiam ser
amigos, mas encontrá-la disposta a casar sem amor apenas para ter um filho foi
algo inesperado, assim, o grande conflito de Stirling teve início. Deveria ele
deixar outro casar com sua amada ou superar sua culpa e finalmente ser
feliz?
É desta premissa que Quinn desenvolve a trama, mostrando desde
o dia que o marido de Francesca morreu até os anos após o luto onde ela decidiu
recomeçar. Não diria amar, pois ela queria casar apenas para ser mãe. Ela e
Michael sempre foram amigos e depois se afastaram, sendo assim a história dos
dois é complicada e cheia de mágoa. Ele não se acha digno de ter a amada e ela
demora para enxergar nele um homem, mas quando isso acontece nenhum dos dois
quer ceder, acreditando que sua união seria uma traição a memória do marido
dela.
É uma história de perdas e ganhos, e com delicadeza e
elegância, a autora se aprofunda nos conflitos destes dois personagens. Ela os
despe, assim como seus medos e sentimentos, vemos com clareza a
transformação pela qual passam em cada página virada. Como citei não é uma
história engraçada, mas também não é triste, é na verdade a mais madura que
encontrei na série até o momento, pois nenhum dos dois está em busca de
aventuras.
Michael é maravilhoso! Eu gostei demais deste rapaz, admirei
muito sua força de vontade para resistir e respeitar o primo que era como um
irmão para ele. E sua dor de amor é tão comovente, que eu torcia muito para que
logo tomasse coragem e aceitasse que não era errado amar Francesca. O irmão
dela, nosso lindo Colin, foi essencial no despertar de Michael e como
sempre roubou a cena com seu jeitinho esperto de ser. Se Colin não fosse Colin
poderia ser um santo casamenteiro.
Já Francesca não é aquela mocinha que agrada muita gente, eu
sinceramente não senti nenhuma afeição pela personagem. Ela nem parecia uma
Bridgerton e até admitia que sentia-se incomodada com o jeito de ser da família.
Falta carisma na moça, além da audácia, humildade, irreverência e afeto que as
demais mulheres da família esbanjaram nos demais livros. Na minha opinião ela
foi muito arrogante na maior parte do tempo e egoísta, não acho que merecia o
amor de Michael, só torci para que ficassem juntos por ele. Da metade do livro
em diante ela sofreu um certo abalo e perdeu boa parte de sua pose, tornando-se
mesmo uma mulher não muito recatada e tímida, mas nem assim consegui gostar
dela.
No entanto, a história tem seu encanto e o universo romântico
de Julia Quinn conseguiu mais uma vez ser envolvente e me fez suspirar.
Afinal quem não gosta de ver duas pessoas que sofreram encontrando alívio e
refúgio no amor? E com isso afirmo que gostei sim de O Conde Enfeitiçado, que considero um dos mais
comoventes da série.
Os livros trazem histórias independentes e com finais fechados,
mas não deixam de citar os casais de outros livros e aconselho ler na ordem para
evitar algum spoiler. Por exemplo, a história de Francesca e Michael
corre paralela a de Colin (#4) e a de Eloise (#5) e com isso ficamos sabendo
sobre o destino destes outros dois irmãos Bridgerton.
No final há uma nota de Quinn explicando melhor sobre a doença
que levou o marido de Francesca e também sobre a malária, contraída por Michael
no período que ele ficou longe de casa. Ela explica como ambas eram tratadas na
época e como houve uma evolução nestes tratamentos com o passar dos anos, mas o
que realmente me deixou surpresa, foi saber que parte da renda com a venda do
livro é destinada para a pesquisa de desenvolvimento de medicamentos para o
tratamento de malária. Então temos aqui um romance de época para divertir e
prestar um serviço social.
Confira as resenhas dos outros livros da série.
Olá :)
ResponderExcluirAmo essa série de paixão!
Realmente os livros estão ficando mais maduros, adorei sua resenha!
Bjinhos,
http://livrosentretenimento.blogspot.com.br/
este superou minhas expectativas, me vi encantada do começo ao fim! mais uma vez a familia mais animada de todos os séculos cumpre brilhantemente seu papel!
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Confesso que o gênero não me chama tanto a atenção. Porém, vejo tantos elogios às obras dessa série que fico com vontade de conferir.
ResponderExcluirSua resenha me deixou curioso por esse exemplar, especificamente. Só tenho medo de ser meloso demais. Isso iria acabar me fazendo abandonar a leitura.
Desbrava(dores) de livros - Participe do top comentarista de dezembro. Serão dois vencedores!
Olá! Estou vendo bastante resenhas dessa série! Apesar de não ser meu gênero de leitura favorito, estou começando a ficar interessada, mas não sabia que a série era tão grande assim! hahaha
ResponderExcluirBeijo!
http://booksmanybooks.blogspot.com.br/
É grande, mas tão boa que você quer mais livros.
ExcluirMorro de vontade de ler essa série, meu Deus, é enorme. Sou totalmente alucinada por romance de época e cada vez que leio uma resenha, meu coração fala mais alto (ele diz: VÁ NA LIVRARIA E COMPRE) mas estou falida pós black Friday. Espero conseguir ler ele! Amei sua resenha, um bj
ResponderExcluirBlog Menina da Livraria
Oi, Cida!
ResponderExcluirMe sinto uma alien por não acompanhar nenhum desses romances de época tão bem falados.
Vou colocar como meta dar uma chance a esse estilo, começando logo por essa série que te conquistou.
Beijos
Balaio de Babados | Participe da promoção Natal do Babado
Estou pra ler o primeiro volume faz tempo, mas ainda não consegui. Não li ainda nenhum romance de época, mas falam muito bem dessa série. Ano que vem com certeza vou incluir essa seleção na minha lista. Confesso que li essa resenha meio que correndo com medo de spoiler rs. Mas a história 1 eu já li aqui mesmo :)
ResponderExcluirAbs!
Cida!
ResponderExcluirAgora sim...
Romance de época bem escrito, bem caracterizado, com protagonista feminina forma e com um romance envolvente.
Esse sim é o tipo de livro que gosto e que palpita meu coração para leitura.
Quero ler a série toda.
“E que não somente o Papai Noel esteja presente, mas principalmente o motivo pelo qual o Natal existe: JESUS!” (Tamy Henrique Reis Gomes)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Romances de época não são o meu forte :(
ResponderExcluirPorém, gostei da resenha sobre o livro. Gosto de ler resenhas por causa disso, além de diversas indicações de boas leituras, ainda sei o que esperar do livro e principalmente dos personagens :)
Conheci mais sobre essa escritora através da página da Arqueiro no facebook e apesar de romances de época não serem minha leitura favorita eu daria uma chance para os livros da Julia Quinn :)
Faz muitos anos que não leio esses romances históricos, mas todo mundo está falando tão bem dessa série que eu estou mega curiosa para ler. Apesar de não importar muito, quero ler na ordem.
ResponderExcluirEsses livros devem ser muito bom e acho que fazem tanto sucesso por mesclar outros elementos, como o humor. Acredito que não seja muito água com açúcar, o que já é mais fácil de agradar.
Sim! O charme da escrita permanece e a narrativa amadurece visivelmente.
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