[#ReadChristie2025] Os Quatro Grandes

Os Quatro Grandes
Título Original: The Big Four
Autor(a): Agatha Christie 
Editora: Harper Collins           Páginas: 208
Lançamento: 2020                 Crime, mistério
Tradução: Luisa Geisler     
||Compre||     ||Skoob||  ||Goodreads|| 
Medium_2545

 

Um homem invade o apartamento de Hercule Poirot em circunstâncias suspeitas. Quem é ele? Está sofrendo de choque ou há algo mais grave acontecendo? Acima de tudo, o que significa o papel que carrega, em que o número quatro foi escrito várias e várias vezes? De repente, Poirot se vê submerso em um mundo de intrigas, arriscando a vida para descobrir a verdade sobre uma organização criminosa internacional.

No mês de novembro, o #ReadChristie2025 trouxe como tema espiões e eu escolhi ler Os Quatro Grandes.

Poirot está de malas prontas para a América Latina. Ele tem um novo trabalho pela frente e a oportunidade de reencontrar seu antigo amigo e parceiro de investigações, o Capitão Hastings. No entanto, quis o destino que Hastings chegasse antes à Inglaterra e, como não poderia ser diferente, um mistério logo surge diante da dupla.

Poirot percebe que esse trabalho do outro lado do oceano era, na verdade, uma trama bem arquitetada para tirá-lo do caminho — uma distração criada para evitar que ele investigasse o grupo conhecido como Os Quatro Grandes.

O célebre detetive não gosta de ser desafiado e toma essa missão como algo pessoal. Ele está decidido a descobrir quem são os membros desse grupo, desmantelar seus esquemas para destruir a paz mundial e desvendar — e punir — os inúmeros assassinatos que cometeram. E, claro, também pelo seu maior crime: tentar enganar Hercule Poirot.

Esse livro da Agatha é bem diferente da maioria de suas histórias de “quem matou?”. Desta vez, a autora aposta em uma trama cheia de espiões, organizações criminosas internacionais, muitos esquemas políticos e até mesmo terrorismo. O caso não se resolve rapidamente — acompanhamos Poirot por alguns meses enquanto ele reúne pistas, é confrontado pela organização, leva rasteiras e também devolve algumas na mesma moeda.

É um jogo de gato e rato que leva o detetive a tomar medidas extremas, em um estilo bem Sherlock Holmes. Aliás, lembrei muito das histórias desse outro personagem enquanto lia Os Quatro Grandes.

Eu gostei dessa história diferente? Gostei em partes, mas não é meu livro favorito da autora. Confesso que ainda prefiro, para o Poirot, a boa e velha receita de sempre: o clássico “quem matou?”, que além de trazer um ritmo mais dinâmico, sempre me fascina pelo processo de desvendar pessoas e descobrir o assassino.

Os Quatro Grandes traz, sim, um mistério interessante e um Poirot em ótima performance. Ele está mais convencido do que nunca — e, se fosse qualquer outro, não ganharia nossa simpatia. Mas sendo ele, sabemos que tudo o que afirma é verdade e que é, de fato, o melhor no que faz. Poirot nos diverte, encanta e domina a cena. Ainda assim, para mim, ele combina muito mais com os clássicos crimes de envenenamento e afins. Essas tramas internacionais da Agatha têm muito mais a cara do casal Tommy e Tuppence.

Achei o desfecho bem morno. Confesso que esperava algo mais grandioso e teatral — uma expectativa natural quando o Poirot está envolvido. No fim, faltou aquele elemento que me deixasse realmente impressionada.

Setembro - Religiosos - O Cavalo Amarelo

Outubro - Advogados - Cipreste Triste

Novembro - Espiões - Os Quatro Grandes



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por seu comentário.

Sua participação é muito importante.

Um grande beijo!