[#ReadChristie2025] Cipreste Triste

Cipreste Triste
Título Original: Sad Cypress
Autor(a): Agatha Christie 
Editora: L&PM                        Páginas: 272
Lançamento: 2014                 Crime, mistério
Tradução: Petrucia Finkler    
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A dona de uma mansão no interior da Inglaterra morre durante o sono, depois de padecer de uma longa doença. Enquanto a família ainda se recupera do golpe, uma jovem aparece morta nas redondezas. Quando a bela Elinor é incriminada mediante provas aparentemente irrefutáveis, Hercule Poirot é a única pessoa que pode provar sua inocência. Para chegar à verdade dos fatos, ele terá de travar um embate sem igual na justiça inglesa. Este é o primeiro romance de tribunal protagonizado pelo mais famoso personagem da Rainha do crime. Publicado em 1940, Cipreste triste foi escrito em plena Segunda Guerra Mundial, um período de intensa produção na carreira de Agatha Christie, que se tornaria um dos nomes mais célebres do século XX em matéria de histórias de tribunal imortalizadas no cinema..

No mês de outubro, o #ReadChristie2025 trouxe como tema advogados, e eu escolhi ler Cipreste Triste.

Não uma, mas duas mortes por envenenamento com morfina, e apenas uma suspeita evidente. Teria Elinor matado a tia para herdar o dinheiro — e a jovem e doce Mary por ciúmes?

Cipreste Triste já começa com uma jovem no banco dos réus, acusada de assassinato. Em seguida, Agatha Christie faz uma volta no tempo para nos conduzir aos acontecimentos que antecederam o julgamento e que levaram Elinor a se tornar a principal suspeita.

Elinor é uma jovem que mascara bem os próprios sentimentos, nunca permitindo que percebam o que realmente sente. Ela é meticulosa e sempre age com cautela. Justamente por isso — por ser alguém de passos tão calculados — sua culpa nunca fez sentido para mim. 

Por qual motivo ela se livraria da tia para herdar dinheiro e levar uma vida confortável, e logo depois eliminaria uma rival no amor de forma tão descuidada? 

Além disso, ela tinha os motivos perfeitos para cometer ambos os crimes — e isso seria óbvio demais em uma história de Agatha Christie.

A primeira parte da trama apresenta o núcleo de personagens e vai construindo o enredo até culminar nos dois crimes. Confesso que não achei nada muito extraordinário até esse ponto, já que não senti muito carisma nos personagens.

Mas, na segunda parte, com a entrada de Hercule Poirot, contratado para provar a inocência de Elinor, o clima muda completamente. A narrativa ganha agilidade, cor e um tom bem-humorado. O detetive está mais afiado do que nunca, e fiquei fascinada com a forma como ele confrontou, questionou e desafiou as pessoas.

Ele não acreditava nem desacreditava na inocência de Elinor — estava ali para descobrir a verdade, fosse ela qual fosse. Poirot consegue transformar aqueles personagens, até então apáticos, em figuras realmente interessantes, ao revelar seus segredos e expor suas mentiras. Além disso, no final, até incentiva uma história de amor. 

Gosto de pensar que eu e o detetive tivemos o mesmo raciocínio: Elinor era a pessoa perfeita para ocupar o papel de culpada — e justamente por isso, não poderia ser tão simples assim. Havia muito mais sob a superfície, e Agatha nos nos entregou uma história cheia de subtramas, que levaram a uma grande tragédia. 

Eu não acertei o culpado e admito que nem sequer desconfiei da pessoa certa. Fui enganada mais uma vez e fiquei feliz por ler mais uma história de mistério tão bem elaborada e surpreendente. Recomendo!

Setembro - Religiosos - O Cavalo Amarelo

Outubro - Advogados - Cipreste Triste



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