[Resenha] Atmosfera

Atmosfera
Título Original: Atmosphere
Autor(a): Taylor Jenkins Reid
Editora: Paralela                  Páginas: 336 
Lançamento: 2025               Romance
Tradução: Alexandre Boide
||Compre||     ||Skoob||  ||Goodreads||

 

Neste romance épico ambientado na Nasa dos anos 1980, Taylor Jenkins Reid - autora best-seller do New York Times com os aclamados Os sete maridos de Evelyn Hugo e Daisy Jones and the Six - nos desafia a questionar os limites que estamos dispostos a romper para viver e amar verdadeiramente. Joan Goodwin é obcecada pelo Universo desde que se entende por gente. Atenciosa e reservada, ela está satisfeita com a vida de professora universitária e como tia de Frances, sua sobrinha precoce. Isso até se deparar com um anúncio da Nasa à procura de mulheres cientistas interessadas em integrar o primeiro projeto do programa Ônibus Espacial. De repente, tudo o que Joan mais quer é ser uma das poucas pessoas a ir para o espaço. Selecionada entre milhares de candidatas, Joan inicia o treinamento no Centro Espacial Johnson, em Houston, no verão de 1980 junto a um grupo excepcional: o piloto de caças Hank Redmond e o cientista John Griffin; a especialista de missão Lydia Danes, nem sempre a mais agradável; a calorosa Donna Fitzgerald, que navega nos próprios segredos; e Vanessa Ford, a misteriosa e encantadora engenheira aeronáutica capaz de fazer qualquer nave voar. E então, em dezembro de 1984, durante a missão STS-LR9, tudo muda num piscar de olhos. Enquanto os astronautas aprofundam os laços de amizade e se preparam para os primeiros voos, Joan descobre uma paixão e um amor que nunca imaginou viver. Com um novo mundo diante de si, ela passa a questionar tudo o que sabe sobre seu lugar no universo. Frenético, apaixonante e inspirador, Atmosfera é Taylor Jenkins Reid em seu melhor: transportando leitores para tempos e lugares inimagináveis, apresentando personagens complexas e reais e contando histórias comoventes sobre o poder do amor - dessa vez, entre as estrelas.

Joan é apaixonada pelas estrelas e pelo espaço. Ela acredita que, lá no alto, talvez encontre o verdadeiro sentido da vida. Quando surge a chance de participar de um novo programa da NASA, voltado ao projeto de um ônibus espacial, ela decide tentar — e, para sua surpresa, é aceita. O sonho de se tornar astronauta finalmente pode se tornar realidade, mas, nesse caminho, muitas surpresas a aguardam.

Fazia tempo que eu não lia um livro da Taylor, e admito que estava com saudades de sua escrita envolvente e das histórias que chegam fácil ao coração. Gosto do modo como suas personagens são cheias de vida, como parecem pessoas reais — de carne e osso — e não apenas nomes em um papel.

A história começa com um acidente no espaço. Joan está na Terra, tentando auxiliar seus colegas que estão lá em cima, mas, a cada segundo que passa, a vida de cada um deles vai se esvaindo. Será que alguém vai sobreviver?

Com sua narrativa poderosa, envolvente e visceral, a autora nos transporta diretamente para aquele momento, nos fazendo sentir na pele o desespero dos envolvidos — e nos emocionarmos diversas vezes. No entanto, ela não se limita a permanecer apenas ali. A história alterna entre passado e presente, mostrando o ingresso de Joan e dos outros na NASA, até a chegada deste momento momento fatídico.

Com isso, o leitor vai sentindo uma agonia crescente, à medida que conhece melhor aqueles personagens e percebe que muitos deles não vão sobreviver. Ao mesmo tempo em que eu estava curiosa para acompanhar a evolução de Joan na NASA, também queria descobrir o que aconteceria no presente. Esse equilíbrio tornou a leitura fluida e repleta de expectativa, me deixando com sede de respostas. Gostei muito desse suspense em torno do destino dos personagens.

A história se passa nos anos 80, uma época em que Joan e outras mulheres enfrentavam desafios constantes dentro da NASA. O preconceito contra a presença feminina entre astronautas era forte, e a autora mostra com sensibilidade as diferentes formas que cada uma delas encontrava para se posicionar. Não havia uma postura única — nem união total. Pelo contrário, havia divergências profundas sobre como encarar o desafio: algumas queriam superar os homens, outras buscavam apenas ser vistas como iguais. E, no fim, não existia uma resposta certa.

É uma história de críticas sociais, de amor e de persistência. Fala sobre uma mulher em busca de seus sonhos — e sobre a descoberta de que eles talvez não fossem exatamente como ela imaginava. Joan não é uma protagonista forte e marcante como Carrie Soto, mas ainda assim se destaca pela determinação em alcançar seus objetivos e por sempre tentar dar o melhor de si. O que mais me impressionou em Joan foi sua capacidade de reconhecer o momento de desistir e, ainda assim, ter coragem para recomeçar.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por seu comentário.

Sua participação é muito importante.

Um grande beijo!