[Resenha] A Invasão de Tearling

A Invasão de Tearling
Título Original: The Invasion of the Tearling (The Queen of the Tearling #2)
Autor(a):  Erika Johansen   
Editora: Suma                      Páginas: 400
Lançamento: 2017               ISBN:9788556510471
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Kelsea Glynn é a rainha de Tearling. Apesar de ter apenas dezenove anos e nenhuma experiência no trono, Kelsea ficou rapidamente conhecida como uma monarca justa e corajosa. No entanto, o poder é uma faca de dois gumes. Ao interromper o comércio de escravos com o reino vizinho e tentar conseguir justiça para seu povo, ela enfurece a Rainha Vermelha, uma feiticeira poderosa com um exército imbatível. Agora, à beira de ver o Tearling invadido pelas tropas inimigas, Kelsea precisa recorrer ao passado, aos tempos de antes da Travessia, para encontrar respostas que podem dar ao seu povo uma chance de sobrevivência. Mas seu tempo está acabando... Nesta continuação de A rainha de Tearling, a incrível heroína construída por Erika Johansen volta para outra aventura cheia de magia e reviravoltas.

Oi! Aqui é a Jô! Estou amando esta série!

O primeiro livro – A Rainha de Tearling – foi uma leitura fabulosa. Esperava o mesmo nível da sequencia e fui derrubada por algo ainda mais intenso e muito melhor. É muito bom você começar a ler um livro ou uma série e ver a evolução evidente dos personagens e da história.

No primeiro volume a autora abriu as portas de um universo de magia, mas onde as intrigas políticas, os jogos de poder e a disputa por um trono também faziam parte. 

A protagonista Kelsea Glynn era herdeira do trono de Tearling e com a morte da mãe teve que assumir  seu lugar. Contudo, a jornada dela não foi  fácil. Criada longe do reino e as cegas sobre o que acontecia lá, precisou aprender como ser rainha, aprender a história de seu povo e ganhar a confiança de sua guarda e da nação. Com atos de bravura, coragem e uma aversão as injustiças ela chegou ao final da primeira parte da história bem sucedida nestes campos, mas como ação gera reação, ganhou uma grande inimiga – a Rainha Vermelha –, que agora marcha para dizimar o Tearling.

Parece uma história medieval clichê, mas de fato não é. Apesar de todo o cenário possuir o clima rústico de épocas de reis e rainhas, ao estilo Rei Arthur, o Tearling é futuro. Kelsea vive a mais de trezentos anos a nossa frente e seu reino é fruto de uma tentativa da humanidade de escapar do que o homem de hoje causou. Falo de guerras, destruição, caos e o quase fim da raça humana. É uma distopia com ares antigos. Vemos o ser humano regredindo e se reconstruindo. De uma maneira melhor? Não, ainda  continua cometendo os mesmos erros e até piores.

O cenário é ótimo e sua construção muito bem apresentada, mas o que impressiona são os personagens e toda a sorte de situações tensas criadas pela autora. Seja na guerra, no cotidiano da rainha e de seus súditos. Até na existência de um personagem secundário há algo profundo e que tira o fôlego.

Personagens não faltam na história e por mais dispersos que pareçam uns dos outros, pouco a pouco se conectam e percebe-se que Johanneson não apresenta nada ao acaso. Ele está tecendo uma grande e complicada colcha de retalhos, onde cada pedacinho é necessário para a trama central.

Este segundo volume - A Invasão de Tearling –, aborda exatamente isso, o desenrolar da invasão do reino de Kelsea. O exercito da Rainha Vermelha é superior e por mais que Kelsea tente, lá no fundo sabe que está apenas adiando o inevitável, a derrota. Seu reino não tem condições de vencer e enquanto tenta encontrar uma solução miraculosa, passa por uma grande transformação.

Kelsea é dona de um grande poder, mas tal coisa a está consumindo. Além de visões de futuro e passado, ela se vê sendo consumida pelo desejo de levar sua magia ao limite. Logo a boa rainha segue para um caminho de escuridão e trevas. Não está transformando-se  em uma vilã, mas seu coração está menos bondoso e ela não teme mais ser cruel com quem prejudica seu povo. Seus aliados não mais a reconhecem e passam a admirá-la e temê-la na mesma proporção. É incrível a forma convincente que esta mudança se dá, nada repentino e sim gradativo.

Ela ainda é uma protagonista de tirar o chapéu e mesmo cruel e assustadora, continuou me agradando. No entanto, Kelsea não foi a única a roubar a cena. A autora ao lhe dar visões de passado, leva a história para o mundo antes do Tearling e assim conhecemos Lily.

A narrativa é dividida entre ambas e não consigo decidir qual delas é mais envolvente. As jornadas das duas mulheres, que sabemos que vão se conectar, são muito interessantes e cheias de desafios. Torcemos pelas duas, sofremos com as duas e nos afeiçoamos as duas. Se não bastasse uma grande protagonista, agora tivemos duas e de épocas totalmente contrastantes e ao mesmo tempo afins.

Eu não acreditava que as realidades tão diferentes combinassem, mas combinaram. Eu não esperava que a história pudesse ficar ainda mais criativa e empolgante, mas ficou. E de fato esta sequencia é maravilhosa. A história toma rumo inesperados,  as pessoas assumem posições arriscadas e a forma como são leais aos seus ideais é nobre. Kelsea é uma verdadeira rainha e não teme praticamente nada e nem ninguém. Sua jornada envolve ser uma boa soberana, entender sua magia, desvendar os mil segredos do passado que estão nas raízes de sua família e ali buscar a resposta para derrubar o poder tirano do clero e derrubar a Rainha Vermelha.

Falando na Rainha Vermelha, neste volume ela ganha mais espaço e sua identidade passa ser um enigma fundamental para ser desvendado, assim como a identidade do pai de Kelsea. Nestas respostas podem estar o que irá decidir o destino de Tearling.

Eu achei que Kelsea estivesse próxima de resolver tantos desafios, mas o final foi um grande tapa na cara e me fez ficar revoltada. Não gostei na hora, abominei o que ocorreu e me senti traída. Só que se o que eu queria tivesse acontecido ali, tivesse acontecido, não haveria um terceiro livro. E verdade seja dita, iria contra toda a coerencia da trama, já que eu torcia por um milagre e não algo realista. Então, a autora só tinha mesmo aquele caminho para seguir e com isso, mais uma vez, destacou a grandeza e força da Rainha de Tearling. Perfeito!




5 comentários:

  1. Oi, Jô!
    Eu li por alto sua resenha porque pretendo ler essa trilogia quando todos os livros forem lançados hahahaha
    Beijos
    Balaio de Babados

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  2. Oie Cida =)

    A cada resenha que leio dos livros dessa série, mas curiosa para conhecer a história eu fico.

    Adoro histórias que dão reviravoltas que nos deixam com raiva e surpresos. Vou ter que me render essa trilogia.

    Beijos;***
    Ane Reis | Blog My Dear Library

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  3. Oi Cida!
    Ainda não li o primeiro livro da série, mas ela parece ser ótima!

    Beijos,
    Sora | Meu Jardim de Livros

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  4. AAAAAAAAA COMO ASSIM CIDA?
    Eu quero esse livro para ontem!!!! <3
    Eu li o primeiro e não imaginava qual rumo a série iria tomar, fiquei feliz em ler essa resenha. Já me animei!
    Beijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com.br

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  5. eu soube do primeiro livro por aqui e é bom ver que a trama tem sido crescente

    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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