[Resenha] Rebelde

Rebelde
Título Original: Rebel (Reboot #2)
Autor(a): Amy Tintera
Editora: Galera Record         Páginas: 336
Lançamento: 2016               ISBN: 9788501401106
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Wren Connoly acreditou que seu lado humano tivesse ficado para trás no instante em que ela morreu... e voltou à vida como Reboot em surpreendentes 178 minutos. Com uma força extrema e treinada para ser o soldado perfeito, Wren precisou fugir da CRAH, Corporação de Repovoamento e Avanço Humano, para salvar Callum 22, o rapaz que lhe mostrou ser possível ter emoções, compaixão e até amor, sendo Reboot. Após terem escapado da CRAH, Wren e Callum estão prontos para recomeçar a vida em paz, na reserva Reboot. Mas Micah, o Reboot que comanda o local, tem planos malignos em mente: dizimar os humanos da Terra. Micah vem construindo um exército Reboot há anos, e finalmente está pronto para iniciar ataques às cidades. Agora que fugiram, Wren e Callum precisam decidir se ficam ao lado de Reboots ou se abandonam tudo e vivem longe da guerra. Aos poucos, os dois percebem que só há uma alternativa: precisam se tornar rebeldes.
Rebelde, lançado no Brasil pela Galera Record, é a continuação da distopia Reboot de Amy Tintera. Nesta série a autora criou um universo onde os humanos foram infectados por um vírus e após a morte alguns conseguem retornar. Passam a ser um humano modificado e mais forte, conhecido como reboot. O tempo que uma pessoa demora para retornar determina o quanto será mais forte e sem emoções humanas.

Os reboots são treinados pela Corporação de Repovoamento e Avanço Humano – CRAH como soldados e caçam sem dó nem piedade aqueles que são normais como nós.  A CRAH, que atua como o governo, quer dominar tudo e todos e exibe sempre que pode sua melhor reboot, Wren Connoly, a 178. Contudo, no primeiro livro vimos que mesmo sendo tão poderosa, ela ainda consegue amar e ao conhecer o reboot 22, Callum, se rebela contra a Corporação e muda o rumo das coisas.

Reboot nos apresenta este cenário surreal onde mortos voltam à vida e se tornam seres poderosos. Nos permite conhecer Wren e ver o amor transformá-la de um soldado para uma garota apaixonada e disposta a lutar pelo amor. Uma pessoa que deseja ser normal, dentro da normalidade que um reboot pode alcançar. E Rebelde chega exatamente para mostrar as consequencias dos atos de Wren em sua vida e na de outras pessoas.

A narrativa é alternada entre os pontos de vista de Wren e Callum e assim podemos ver não apenas como o romance está se desenvolvendo, mas também como ambos estão se adaptando e tentando unir humanos e reboots. Eles querem ser livres da CRAH e fazer com que o mundo possa viver em harmonia. No começo é ele que tem este grande ideal, mas pouco a pouco convence Wren a lutar ao seu lado, já que quem tem força para liderar as pessoas é ela.

No final do livro anterior o casal fugiu com vários reboots e foi em busca de uma acampamento  rebelde, ao chegar lá conheceram Micah que liderava o local com tirania, violência e loucura. Nossos protagonistas que queriam paz, perceberam que ali era pior que a CRAH.

O universo desta série traz algo que não acredito que um dia possa acontecer, mas em suas entrelinhas vi algo que faz parte da nossa realidade, o medo das pessoas daquilo que é diferente. Um medo tão nocivo que acaba virando preconceito e causa muita dor. Uma abordagem que mexe com a gente, um alfinetada inserida sutilmente na trama.

A jornada de Wren e Callum é cheia de adrenalina e muito sangue. Eu acho muito legal está trama ser tão cheia de ação e a mocinha ser muito mais forte que todos os caras juntos. Wren é uma ótima protagonista e se antes eu havia gostado dela, agora tirei o chapéu para sua atuação. Callum não é meu personagem preferido, é bonzinho e sensível demais para meu gosto,  mas neste segundo volume melhorou bastante se comparado ao rapaz que conhecemos no primeiro livro. A vida se encarregou de tirar a visão de contos de fada que ele tinha do mundo e o amadureceu. Ao fechar o livro eu acreditei que finalmente ele merecia estar com Wren.

O primeiro livro é mais focado na ambientação e este na revolução, mas nunca deixando ao acaso o lado pessoal de cada personagem. O começo é revoltante e Micah foi aquele personagem que me deixou arrepiada com seus planos de guerra. Eu acho que ele era meio que um Hitler dos reboots, vendia bem suas ideias e justificava mortes com a promessa de supremacia de um povo. Socorro! Que homem apavorante. Um lobo em pele de cordeiro.

No entanto eu gostaria que a autora tivesse explorado mais este personagem e que seu desfecho não tivesse sido tão rápido e simples. Tintera não colocou só ele como obstáculo para os mocinhos, teve também a CRAH e, com este foco dividido, alguns aspectos não foram explorados profundamente. 

Ainda assim, a leitura não deixou de ser empolgante e mais uma vez a autora me deixou acordada até tarde lendo sem parar em busca de um final feliz para Wren e Callum. Adorei o espaço cedido para os demais personagens e a forma como o relacionamento do casal cresceu, assim como eles. Foi comovente especialmente em relação à Wren, que mesmo sendo vista como a toda poderosa 178, lá no fundo era apenas uma jovem de dezessete anos com muitos sonhos e medos. É uma pessoa composta de força e discernimento, mas também de fragilidade e bondade. Uma guerreira e uma sobrevivente.

O final é conclusivo e fecha um ciclo tal como no livro anterior. Vi que trata-se de uma duologia até o momento, mas admito que o ideal seria uma trilogia, pois ficou espaço para que algo mais fosse abordado, tal como a reconstrução da sociedade após tudo que Wren e seus aliados fizeram. Foi uma leitura muito boa e recomendo esta distopia.



10 comentários:

  1. Oii!
    Gosto mto de histórias empolgantes como esta...Gostei mto da sinopse dle, e gostaria mto de saber mais detalhes...
    Bjs!

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  2. Oi Cida!

    Quando a gente acha que pode ser dois, os autores fazem três, quando a gente acha que pode ser três, eles fazem dois rsrsrsrs

    Não conheço a série, mas gosto de narrativas com adrenalina!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  3. Olá Cida, Adoro distopias, tramas cheias de ação! Protagonistas com atitudes me agradam bastante! Parabéns pela resenha ;*

    Jéssica Patrício - pitadadecinemaeleitura.blogspot.com.br

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  4. Oie Cida =)

    A trama dessa série é bem interessante, especialmente para quem curte distopias e narrativas cheia de ação. Tenho bastante curiosidade em ler essa série, principalmente pelo fato da história parecer um pouco diferente das distopias que temos por no mercado. Mas primeiro quero terminar um ou duas séries que acompanho por que de verdade não estou dando mais conta rs...

    Beijos;***

    Ane Reis.
    mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
    @mydearlibrary

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  5. Oi Cida,
    Gostei da proposta dessa duologia.
    Essa coisa dos reboots me deixou curiosa e espantada também.

    tenha uma ótima terça.
    Nana - Obsession Valley

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  6. Oi, Cida!
    Na época que lançou Reboot eu queria muito ler, mas vi umas resenhas e decidi deixar pra depois.
    Eu nem sabia que teria um segundo livro e agora fiquei curiosa sobre esse Hitler dos reboots.
    Beijos
    Balaio de Babados

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  7. Bacana. Nem li o primeiro ainda, mas já quero ler os dois, rs.

    Gostei dessa coisa de reiniciar. Acho que estou precisando de algo assim diferente.

    Bjkssssss

    Lelê

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  8. Oiii Cida

    Ando numa onda de distopias. Pudera, tive muita sorte com as ultimas distopias lidas e parece que esse universo que os autores conseguem criar nunca me cansa...
    Tenho Reiniciados pendente pra ler e fico feliz que já se publicou Rebelde. por enquanto aqui aonde vivo eles vao publicar apenas em Julho eu acho porém já está na minha listinha pois essa é uma dualogia que quero ler

    Beijos

    naprateleiradealice.blogspot.com.ar

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  9. Oi Cida,

    Eu to com o primeiro para ler e achei a premissa dele bem legal. Não é completamente diferente das outras distopias, mas ainda não li nada assim envolvendo robôs. Esse eu já to desejando no skoob e espero ter ele em mãos e ler os dois juntos.

    Bjs, @dnisin
    www.sejacult.com.br

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  10. Oi Cida! Essa série parece ser muito boa! Gosto muito de séries de distopia, que apesar de tudo, tem sempre alguns pontos que fazem uma certa ligação com a nossa realidade. Ainda não li essa, mas está na lista. Parabéns pela resenha!

    Beijos

    Vivian
    Saleta de Leitura
    http://www.saletadeleitura.blogspot.com.br/

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