[Resenha] Temperança

Temperança
Título Original: Temperance (The Shackleford Sisters #2)
Autor(a): Beverley Watts
Editora: Faro                                   Páginas: 224
Lançamento: 2025                          Romance de Época
Tradução: Nathália Rondán
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O encontro do amor em um coração indomável. O reverendo Shackleford estava completamente perdido. Ele realmente acreditava que, ao casar sua primeira filha, Graça, com um nobre extremamente rico, seus problemas estariam resolvidos. No entanto, começou a perceber que ter um duque abastado na família não facilitaria sua missão se a próxima filha que ele tentava casar tinha os modos de um tratador de cavalos. E, para seu desespero, sua segunda filha, Temperança, era a negação das virtudes de seu nome e não sabia se comportar como uma dama. O reverendo temia que, se não encontrasse alguém que pudesse, ao menos, ensiná-la a controlar seu gênio, ele ficaria preso a ela para sempre. Mas, como sempre dizia ao seu diácono, o Todo-Poderoso age de maneiras misteriosas. De fato, o reverendo acreditava que suas preces foram finalmente atendidas quando encontrou a pessoa perfeita para ajudar a educar a filha: Lady Gertrude Fotheringale era gentil, discreta e, convenientemente, não tinha muitas posses. Ou assim ele pensava... Eis então que surge Adam Colbourne, o oitavo Conde de Ravenstone. Um homem que não tinha intenção de se casar. Quando garoto, testemunhou a frieza, a impessoalidade e a falta de amor da união de seus pais. Assim, o casamento não era uma experiência que desejasse passar, e as mães maquiavélicas que faziam o papel de casamenteiras entre as novas debutantes de cada temporada não davam a ele razões para mudar de ideia. Isso até um encontro inesperado com uma tempestuosa morena de língua afiada, que, em apenas uma noite, virou seu mundo de cabeça para baixo….

Temperança é uma moça de pavio curto que sempre arruma confusão por causa do seu gênio indomável. E, na tentativa de resolver essas confusões, acaba sempre criando problemas ainda maiores. De dar um chute nas partes mais sensíveis de um vizinho até passar a noite em um celeiro com um conde, Tempy nunca deixa de surpreender com suas façanhas. O que ela não esperava é que tudo isso a levaria a enfrentar chantagens, assassinatos… e a encontrar um grande amor.

Essa série de romances de época publicada pela Faro gira em torno das irmãs Shackleford — oito filhas de um reverendo com planos nada brilhantes para casar suas garotas. Planos esses que nos divertem por serem bastante constrangedores, pura vergonha alheia.

As Shackleford são moças com nomes curiosos, que contrastam totalmente com suas verdadeiras personalidades.

No primeiro livro, Graça, tivemos um casamento logo no começo. Já neste, o casal vai demorar bem mais para se aproximar. Tempy e o Conde de Ravenstone passaram uma noite em um celeiro por causa de uma tempestade, certos de que nunca mais se encontrariam. No entanto, ambos ficaram bem impressionados um com o outro e mexidos. E o destino tratou de reuni-los outra vez — apenas para que acabassem… discutindo e discutindo…

Os dois não conseguem manter uma conversa sem brigar, e eu, que gosto desse tipo de relação “cão e gato”, me diverti com essas interações turbulentas. Ainda mais depois, quando cada um ficava perdido em pensamentos sobre o outro, sem entender aquele calor que surgia no corpo e no coração. Sem dúvida foi amor à primeira vista — só que eles só se deram conta disso quase nas últimas páginas. E é justamente aí que ficamos cheios de expectativas: não apenas pelo próximo encontro, mas também pelo momento em que finalmente vão se entender

Eu prefiro romances em que o casal não fica junto logo de início. Esse “banho-maria” deixa a leitura mais empolgante, e enquanto o tão esperado beijo e algo mais não acontecem, vamos vendo o casal tentando lidar com uma chantagista, curtindo um pouco da vida dos protagonistas do livro anterior, nos divertindo com as peripécias do reverendo e, claro, conhecendo melhor Temperança. Apesar do gênio forte, ela é uma moça sensível, que não quer ser um fardo para ninguém.

É um livro curto, que dá para ler rapidinho e garante muita diversão. Eu gostei dos dois volumes, mas, até agora, este segue sendo o meu queridinho. A protagonista, que não leva desaforo para casa, acabou me lembrando um pouco do meu próprio gênio forte — e foi justamente assim que ela me conquistou, permanecendo fiel a si mesma até o fim. Além disso, a escrita da autora aqui está mais madura do que no volume anterior. Mal posso esperar pelo próximo!



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