[Resenha] Os Sete Maridos de Evelyn Hugo

Os Sete Maridos de Evelyn Hugo

Título Original: The Seven Husbands of Evelyn Hugo

Autor(a): Taylor Jenkins Reid 

Editora: Paralela                  Páginas: 360

Lançamento: 2019               ISBN:9788584391509

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Com todo o esplendor que só a Hollywood do século passado pode oferecer, esta é uma narrativa inesquecível sobre os sacrifícios que fazemos por amor, o perigo dos segredos e o preço da fama. Lendária estrela de Hollywood, Evelyn Hugo sempre esteve sob os holofotes ― seja estrelando uma produção vencedora do Oscar, protagonizando algum escândalo ou aparecendo com um novo marido… pela sétima vez. Agora, prestes a completar oitenta anos e reclusa em seu apartamento no Upper East Side, a famigerada atriz decide contar a própria história ― ou sua “verdadeira história” ―, mas com uma condição: que Monique Grant, jornalista iniciante e até então desconhecida, seja a entrevistadora. Ao embarcar nessa misteriosa empreitada, a jovem repórter começa a se dar conta de que nada é por acaso ― e que suas trajetórias podem estar profunda e irreversivelmente conectadas.

Taylor Jenkins Reid me deixou impressionada com seu Daisy Jones and The Six e desde então eu estava com muita vontade de conferir outra de suas obras, queria ver se ela me enfeitiçaria novamente na trama de suas palavras. Não posso negar, a mulher é uma maga com as palavras e Os Sete Maridos de Evelyn Hugo foi mais um livro incrível.

Evelyn Hugo é uma senhora na casa dos oitenta que é considerada um lenda. Ela vive reclusa em seu grande apartamento e não costuma comentar sobre seu passado, mas as pessoas sempre desejaram saber mais sobre a estrela de Hollywood que ao longo da vida colecionou altos, baixos, grandes filmes e sete maridos.

Evelyn resolve leiloar alguns dos seus vestidos mais famosos e com isso aceita dar uma entrevista para uma revista, mas exige que determinada jornalista a entreviste. Monique Grant é apenas um jornalista iniciante e nem ela nem sua chefe entendem o motivo da atriz célebre fazer questão dela na matéria.

Monique resolve encarar a situação e vai encontrar Evelyn. Lá é surpreendida com a força daquela mulher, sua aura poderosa e a revelação de que ela não vai dar entrevista nenhuma. Evelyn quer Monique ali para escrever sua biografia. Finalmente, após anos de mistério e reclusão, ela quer contar sua história.

Ainda que temerosa, Monique resolve assumir esta missão e tem inicio para ela e para nós uma história de vida grandiosa.

Assim como em Daisy Jones and The Six, a narrativa se desenrola através de uma entrevista e nós leitores vamos tendo a experiência de ler, mas ter a sensação é de estar sentado ao lado do personagem central da história ouvindo suas verdades.

Não há como não ficar fascinada pela história de Hugo. Sua jornada começou em um bairro pobre, ela era apenas uma jovem que perdeu a mãe cedo e queria sair de casa para fugir de um pai violento e do temor que ele se tornasse abusivo sexualmente ou vendesse para um outro homem.

Evelyn era bela, de uma beleza impressionante, e usou tal beleza para alcançar certos objetivos. O primeiro marido ela ganhou no charme e sedução e foi ele quem a levou para Hollywood. Chegando na cidade do cinema, ela observou, aprendeu e foi dando os primeiros passos na carreira e na saga dos inúmeros casamentos.

Resumir Evelyn aos sete maridos é injusto, ela não foi apenas uma esposa. Ela foi uma mulher oportunista, que para ascender na carreira de atriz não se fez de rogada em usar o que tinha ao seu dispor, inclusive o corpo e a beleza. Salvo em algumas situações, os casamentos foram acordos de negócios ou disfarces para grandes planos. Ela se usou destas relações como ferramentas para o sucesso.

Evelyn assusta pela frieza que conduziu sua vida e carreira, mas a mulher é inegavelmente impressionante e uma sobrevivente. A cada página virada uma nova verdade de Evelyn surgia e eu fui ficando mais e mais admirada com ela. Não aprovei todas as suas atitudes, acho que em muitos casos ela foi abominável, mas por outro lado a sua coragem e determinação me fizeram também sua fã.

Ela lutou para vencer na indústria do cinema, lutou contra o machismo, mostrou suas dores, seus sacrifícios, seus amores e todo o drama que a cercou na jornada ao sucesso.

Esta mulher não existiu, mas se tivesse existido seria um ícone. A autora conseguiu tanto em Daisy Jones, quanto neste livro, criar personagens que fazem o leitor desejar que fossem reais.

Na verdade, me perdi em ambas as leituras e esqueci que era ficção, para mim foi real. Eu desejei ter acompanhado de perto a carreira de Hugo, visto seus filmes e torcido por ela em cada premiação que foi indicada.

Ela teve uma vida de glamour e de pagar preços altos por tanto luxo. Claro que aproveitou, curtiu para valer, mas também viu as consequencias por certas escolhas.

E não pensem que Evelyn Hugo escolheu Monique aleatoriamente para contar sua história, ela tinha um motivo e este é um mistério até o fim da história.

Os Sete Maridos de Evelyn Hugo é um livro incrível, de personagens maravilhosamente complicados e falhos, de histórias de vida, amores e desilusões. É um drama realista, emocionante e cheio de carisma, que me emocionou bastante. Recomendo!

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