[Resenha] O Instituto

O Instituto
Título Original: The Institute
Autor(a): Stephen King 
Editora: Suma                      Páginas: 544 
Lançamento: 2019               ISBN: 9788556510853
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O novo livro de Stephen King, o Mestre do Terror, traz uma história inesquecível sobre um grupo de crianças com talentos especiais que precisam se unir para derrubar um grande mal. No meio da noite, em uma casa no subúrbio de Minneapolis, um grupo de invasores assassina os pais de Luke e sequestra silenciosamente o menino de doze anos. A operação leva menos de dois minutos. Quando Luke acorda, ele está no Instituto, em um quarto que parece muito o dele, exceto pelo fato de que não tem janela. E do lado de fora tem outras portas, e atrás delas, outras crianças com talentos especiais, que chegaram àquele lugar do mesmo jeito que Luke. O grupo formado por ele, Kalisha, Nick, George, Iris e o caçula, Avery Dixon, de apenas dez anos, está na Parte da Frente. Outros jovens, Luke descobre, foram levados para a Parte de Trás e nunca mais vistos. Nessa instituição sinistra, a equipe se dedica impiedosamente a extrair dessas crianças toda a força de seus poderes paranormais. Não existem escrúpulos. Conforme cada nova vítima vai desaparecendo para a Parte de Trás, Luke fica mais e mais desesperado para escapar e procurar ajuda. Mas até hoje ninguém nunca conseguiu fugir do Instituto. Tão aterrorizante quanto A incendiária e tão espetacular quando It: a Coisa, este novo livro de Stephen King mostra um mundo onde o bem nem sempre vence o mal.


Eu leio Stephen King desde minha adolescência e, por confiar na escrita do autor, pego seus livros sem ler a sinopse, apenas querendo diversão e surpresas. Os livros antigos são maravilhosos, mas admito que os mais atuais estão conseguindo os superar. A trilogia Mr. Mercedes foi uma glória, Outsider me deixou vidrada na trama e O Instituto conseguiu me fazer querer dormir abraçada com o livro.

O Instituto é um livrão em tamanho e qualidade. A história nos mostra um local dedicado a fazer experimentos com seres humanos. Experimentos estes cruéis e sádicos, que nos deixam com medo de ir parar naquele local. Nenhuma das pessoas que está ali foi por boa vontade. Os seres humanos cobaia foram sequestrados de suas casas, tendo no processo seus familiares assassinados.

Eles acordam no Instituto e descobrem que todos possuem algo em comum, possuem talentos especiais que vão desde a capacidade de mover objetos com o poder da mente até ler pensamentos.

Logo de inicio ficam na chamada parte da frente e passam por testes preparatórios para em determinado momento irem para a parte de trás de acordo com sua capacidade. No entanto, o que ocorre na parte de trás e na parte de trás da parte de trás é um mistério e ninguém nunca voltou de lá.  O Instituto é um grande enigma para ser desvendado.

Acredito que histórias onde seres humanos foram submetidos a experimentos estranhos são seja algo inédito, mas nem por isso chocam menos. King conduz a narrativa de forma dinâmica e intrigante. A série de mistérios que nos apresenta é infinita e queremos respostas, além de também desejar ver aquelas pessoas sendo libertadas.

No entanto, apesar de a narrativa ser envolvente e a história empolgar o leitor a virar página atrás de página, o trunfo de O Instituto está no choque que causa no leitor e nos seus personagens. Qual choque? As cobaias humanas são apenas crianças menores de dezesseis anos, cruelmente arrancadas de suas vidas e postas em uma realidade na qual são tratadas como meros objetos de pesquisa, objetos descartáveis.

Luke é um garoto gênio e é levado para o Instituto não por sua mente sagaz e sim por sua capacidade de mover objetos. Talvez este tenha sido o erro das pessoas  que dirigiam o local, pois não imaginavam que a esperteza da garoto pudesse abalar as estruturas da instituição que operava a mais de sessenta anos na surdina e sem piedade.

Luke é um carinha legal, astuto e que logo me cativou. Ele é um menino que apesar da pouca idade, tem uma ideias brilhantes e maravilhosas, que nos fazem acreditar que tudo é possível quando nos esforçamos e lutamos. Não é fácil encarar a vida com tanta positividade e nem acreditar que algo bom venha em um cenário tão fatídico, mas Luke nos enche com esta esperança e lá vamos nós seguir com ele na luta contra o Instituto.

Eu aprecio muito os personagens mirins de King e a turma desta história superou o pessoal de It, na minha opinião. Eles são tão frágeis e ao mesmo tempo tão fortes e criam entre si um laço de deixar o coração da gente quente de emoções. Há adultos também na trama, uns muito ruins e também alguns muito bons.

A história é sobre o que acontece no Instituto e seus muitos segredos, mas também da luta daquelas crianças pelo seu direito de viver. É uma jornada de muita dor, de revolta ao ver o que eles passam e de muita emoção também. 

Eu achei um livro muito gostoso de ler, apesar das quase 600 páginas, não senti que foi uma leitura longa e sim fluida e muito cheia de energia. Não é um livro de terror, é um suspense bem executado e acredito que quem não conhece King pode começar por este sem medo de ser feliz.  







5 comentários:

  1. Olá...
    Estou precisando URGENTEMENTE de ler algo do King, pois, fico meio perdida por nunca ter lido nada dele hehe... Gostei bastante da premissa desse e fico feliz em saber que apesar de ser um livrão ainda é uma leitura fluida e rápida.
    Dica anotada!
    Bjo

    http://coisasdediane.blogspot.com/

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  2. Espero muito ler em breve, gostei muito da premissa e com certeza vou adorar.

    Beijos

    Imersão Literária

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  3. Oi Cida,

    É tão bom quando um livro conquista a gente. Preciso conferir mais os livros do king.
    Vou colocar na lista.

    Bjs
    http://diarioelivros.blogspot.com

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  4. Se fosse de terror, sem dúvida, não leria, mas fiquei curiosa para conhecer esse suspense! ❤

    https://www.kailagarcia.com

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  5. Olá, Cida.
    Eu leio os livros do autor desde criança. Eu e meu sobrinho amamos ler e a gente ia junto na biblioteca e enquanto eu pegava Agatha Christie ele pegava os livros do King. Mas nunca fui fã dele hehe. E no ano passado peguei ranço do autor e não quero mais ler os livros dele.

    Prefácio

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