[Resenha] Um Mundo Sem Príncipes

Um Mundo Sem Príncipes

Título Original: A World Without Princes (The School for Good and Evil #2)

Autor(a): Soman Chainani

Editora: Gutenberg              Páginas: 320

Lançamento: 2015               ISBN:9788582352953

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Nesta esperada continuação de A Escola do Bem e do Mal, as melhores amigas Sophie e Agatha estão de volta ao seu lar, em Gavaldon, para viver seu desejado final feliz, certas de que seus problemas terminaram. Mas a vida não é mais o conto de fadas que elas esperavam. Quando Agatha escolhe um fim diferente para sua história, ela acidentalmente reabre os portões da Escola do Bem e do Mal, e as meninas são levadas de volta para um mundo totalmente modificado. Agora, bruxas e princesas moram juntas na Escola para Meninas, na qual são inspiradas a viver uma vida sem príncipes. Tedros e os meninos estão acampados nas antigas Torres do Mal, onde os príncipes se aliaram aos vilões, e uma verdadeira guerra está se armando entre as duas escolas. O único jeito de Agatha e Sophie se salvarem é procurando restaurar a paz. Será que as amigas farão as coisas voltarem ao que eram antes? Sophie conseguirá ficar bem com Tedros nessa caçada? E o coração de Agatha, pertencerá a quem? O felizes para sempre nunca pareceu tão distante.

Um Mundo Sem Príncipes é o segundo volume da série A Escola do Bem e do Mal e nele vamos reencontrar as amigas Sophie e Agatha após terem conseguido escapar da Escola e derrotado o Diretor que era um vilão perverso.

Esta série mostra a jornada de duas amigas e suas aventuras em uma escola de magia que forma os personagens de contos de fadas. Dividindo as pessoas entre o bem e o mal, a Escola busca dar continuidade as histórias que encantam crianças e adultos através dos séculos, mas ao ler o primeiro volume percebemos que por trás de finais felizes há muito sangue, mentiras e segredos. São pura ilusão.

Agatha e Sophie conseguiram não ficar presas apenas num conto de fadas e elas mesmas ditar a própria história. De volta ao lar, tentam viver normalmente e são consideradas celebridades depois de voltarem da Escola, algo nunca antes visto.

No entanto, voltar a rotina não é fácil. Agatha tenta ser comum depois de ser considerada uma princesa e Sophie ser boa agora que conseguiu se livrar das garras do mal e de ser uma bruxa. As meninas querem esquecer o que viveram, mas não percebem que mudaram e mais uma vez terão que enfrentar grandes desafios, não para escapar e, sim, para encontrar um rumo e equilíbrio para si mesmas.

As duas desejam algo do fundo do coração e com isso abrem um portal que conecta o mundo real e dos contos de fadas. São levadas de volta para a Escola e lá se deparam com um cenário novo. As mulheres se tornaram uma unidade que despreza os homens e eles foram banidos . Os contos de fadas não possuem mais príncipes. Os rapazes, revoltados, querem guerra e Agatha e Sophie notam que foram suas escolhas que causaram o caos. Elas precisam evitar este embate.

Novamente temos aqui uma grande aventura. As meninas vão ter que descobrir maneiras de ajudar os amigos que ali fizeram e entender se a amizade delas é o bastante para serem felizes ou precisam de algo mais. Sophie um dia errou e Agatha não confia mais nela. Embora, negue e a cada minuto fica, claro o quanto estão distantes.

A narrativa continua envolvente e intrigante e o autor deu mais espaço para os outros personagens se desenvolverem. Agatha e Sophie também amadureceram muito e mudaram mais ainda. Eu gostei de ambas no livro anterior, mas nos momentos finais foi Sophie quem me cativou em cem por cento. Nesta sequencia ela volta ainda melhor e roubou a cena com sua recuperação e forma com que aprendeu com os erros. Infelizmente, não consegui ter simpatia por nenhuma das atitudes de Agatha e fiquei bem chateada pela maneira como agiu com Sophie. 

Os acontecimentos deste volume são reflexo do que vimos acontecer no anterior, mas a história caminha com suas próprias pernas e se apresenta cheia de inovações, surpresas e até mesmo com certa independência e uma nova mensagem para o leitor. Prega o emponderamento feminino, mas  também a harmonia e respeito que deve existir entre homens e mulheres. Em suma, entre as pessoas em geral. Eu acho este um dos aspectos mais positivos da história, a forma como o autor no meio da fantasia, insere questionamentos e passa mensagens inspiradoras sobre buscarmos ser melhores e justos.

O final foi bem impactante, mas não gostei do que aconteceu. Achei extremamente injusto o que o destino reservou para Sophie e torço para que no próximo volume ela tenha sua revanche e que Agatha volte a ser uma personagem que me irrite menos. A série continua ótima e empolgante. Vem ler também!