[Resenha] Mais Lindo Que a Lua

Mais Lindo Que a Lua
Título Original: Everything and the Moon (The Lyndon Sisters #1)
Autor(a): Julia Quinn 
Editora: Arqueiro                 Páginas: 272
Lançamento: 2018               ISBN:9788580417975 
 ||Compre||     ||Skoob||  ||Goodreads||
Considerada "a rainha dos romances de época" pela Goodreads, Júlia Quinn já atingiu a marca de 10 milhões de livros vendidos. Mais Lindo Que a Lua, primeiro livro primeiro livro da série Irmãs Lyndon, é uma história irresistível sobre sobre reencontro e desafios, romantismo e perseverança. Foi amor à primeira vista. Mas Victoria Lyndon era a filha do vigário, e Robert Kemble, o elegante conde de Macclesfield. Foi o que bastou para os pais dos dois serem contra a união. Assim, quando o plano de fuga dos jovens deu errado, todos acreditaram que foi melhor assim. Sete anos depois, quando Robert encontra Victoria por acaso, não consegue acreditar no que acontece: a garota que um dia destruiu seus sonhos ainda o deixa sem fôlego. E Victoria também logo vê que continua impossível resistir aos encantos dele. Mas como ela poderia dar uma segunda chance ao homem que lhe prometeu casamento e depois despedaçou suas esperanças? Então, quando Robert lhe oferece um emprego um tanto incomum – ser sua amante –, Victoria não aceita, incapaz de sacrificar a dignidade, mesmo por ele. Mas Robert promete que Victoria será dele, não importa o que tenha que fazer. Depois de tantas mágoas, será que esses dois corações maltratados algum dia serão capazes de perdoar e permitir que o amor cure suas feridas?
Mais Lindo Que A Lua é o primeiro volume de mais uma duologia da autora queridinha de romance de época, Julia Quinn. O livro faz parte da série Irmãs Lyndon e neste volume vamos conhecer a mais velha delas, Victoria Lyndon.

Antes de começar a história, Julia nos deixa um recadinho para revelar um segredo. Ela, uma romancista de nome, não acredita em amor à primeira vista. E, justamente esta obra é sobre este tipo de amor. Mas mesmo não acreditando, afirma que ao ler o primeiro capítulo comprou totalmente a história do casal de protagonistas. Assim você começa a ler com muita curiosidade e aquela vontade enorme de também ser arrebatado por um grande romance.

Victoria era a filha do vigário e se apaixonou pelo jovem Robert Kemble, conde de Macclesfield. Foi mesmo amor à primeira vista de ambas as partes e com todo aquele vigor da juventude. Ela em seus 17 anos e ele com 24, desejavam viver apenas para amar. Fizeram juras e mais juras de amor, ele até lhe daria a lua se fosse possível. Não havia maldade, não havia desilusão, era apenas um amor cheio de inocência.

No entanto, os pais deles não aprovavam a relação e interferiram como puderam na vida do casal. Victoria e Robert, em sua ingenuidade, não contavam com obstáculos e quando decepcionados não souberam lidar com maturidade com os desafios apresentados. Ambos seguiram caminhos diferentes, magoados um com o outro e sem respostas verdadeiras para o ocorrido. Sete anos mais tarde se reencontram. Ele, alinda solteiro e libertino. Ela, uma preceptora constantemente humilhada e assediada pelos patrões. Robert afirma odiar Victoria e quer vingança por um coração partido e ela quer apenas ficar longe dele para não sofrer outra vez. Mas será que o amor realmente deixou de existir entre eles?

O livro começa de maneira fofa e leve, com dois jovens vivendo o primeiro amor e sem preocupações. Só que ambos, vítimas das artimanhas dos pais, acabaram se separando e magoados um com o outro. Nunca tiveram aquele boa conversa para esclarecer a situação e com isso acreditaram que um havia traído o outro.  O clima leve dá espaço ao clima de rancor, e quando ambos se reencontram após sete anos não há mais troca de gentilezas e carinho. Eles vão brigar muito e tentar provar que não sentem mais nada, mas a separação só fez os sentimentos ferverem e agora parece que temos uma panela de pressão querendo explodir.

Julia Quinn prepara com esmero aquela explosão e a paixão que toma o casal é avassaladora, mas ainda assim não promove a reconciliação. Quem pensa que estes dois vão se entender num piscar de olhos está redondamente enganado. Pode atá ter sido amor à primeira vista, mas o entendimento estava bem longe de se alcançar.

Robert e Victoria vão ser o casal  encrenca. Cada encontro tem tapas e beijos, mas fica evidente que ele não tem coragem de se vingar e quando se dá conta disso resolve lutar por Victoria. Já ela, por mais que tenha desejado um dia ficar com Robert, agora prefere manter a independência conquistada e ser livre.

A situação é cheia de situações hilárias e muita confusão. Robert não vai medir esforços para fazer Vic mudar de ideia e ela teimosa em igual medida vai fazer de tudo para provar seu ponto de vista.

Eu gostei desta posição da protagonista, de mostrar o valor de sua independência em uma época que as mocinhas queriam apenas arranjar um marido e se conformar com a vida doméstica.  As irmãs Lyndon fugiam deste clichê, queriam mais da vida do que aquilo que a sociedade ditava como regra. As respostas que Vic dá para Robert são afiadas, são espertas e você admira a mocinha prontamente.

Já Robert, é um cara divertido, mas a forma como abordou Vic não me pareceu nada correta. Eu acho que ele a subestimou demais, não confiou na inteligência dela e até mesmo a assediou. Acho que Robert poderia ter provado seu ponto de vista de maneira mais sutil e não sendo tão “homem das cavernas” como foi.  Ele não é uma má pessoa, mas não sabe muito bem como funciona a arte da conquista. Nem por isso eu deixei de gostar dele, é aquele homem com jeito de menino e no final um pouco fofo e imaturo. Precisava aprender muito com a vida.

Vic e Robert são doces. A história de amor de ambos é cheia de altos e baixos. Eu achei que o entendimento seria fácil e me vi surpresa com uma série de desencontros e brigas. Quando entram outros personagens em cena, em especial a tia e a prima de Robert para dar uma força, preparem-se para dar boas risadas.

Comparando com a série Os Bridgertons, já adianto que a carga emocional é mais leve e o enredo bem mais simples, ainda assim não deixa de ser uma história que entretem o leitor e permite alguns suspiros. 




5 comentários:

  1. esse livro trouxe as boas memórias de livros da Julia Quinn, tem uma proposta emocionante, mas cheia de tiradas sarcásticas!
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  2. Oii!!

    Eu sou super fã de romances de época, ainda mais aqueles da Julia Quinn. Apesar de ter lido algumas opiniões negativas a respeito desse livro, ele já tá na minha estante esperando ser lido.
    Que bom ver que a tua resenha foi positiva, mesmo que o livro seja mais leve do que aqueles da série Os Bridgertons (amorzinhos da vida!)

    Beijos
    http://espiraldelivros.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  3. Olá, Cida.
    É da Julia por isso não tem como não querer o livro hehe. Achei a capa menos caprichada do que a dos outros romances de época da editora, mas quero mesmo assim hehe. Eu também não acredito em amor a primeira vista, então vamos ver como me saio com a história.

    Prefácio

    ResponderExcluir
  4. Oi Cida! Eu adorei esse livro e gostei da Victoria tb! Na verdade, até hoje nunca desgostei de um livro da Julia!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

    ResponderExcluir
  5. Oi, Cida!
    Menina, amo um casal brigão porque sempre rende ótimas cenas.
    Gostei de ver que a mocinha bate o pé pela sua independência. Difícil encontrar romances de época assim.
    Beijos
    Balaio de Babados
    Participe da Folia Literária 2018: cinco kits, cinco sortudos.

    ResponderExcluir

Obrigada por seu comentário.

Sua participação é muito importante.

Um grande beijo!