[Resenha] No Bosque da Memória

A Mulher Na Cabine 10
Título Original: In the Woods (Dublin Murder Squad #1)
Autor(a): Tana French   
Editora: Rocco                                     Páginas: 512
Lançamento: 2009                               ISBN:9788532524225

 ||Compre||     ||Skoob||  ||Goodreads||
Novatos na divisão de Homicídios, Adam Ryan e sua inseparável companheira Cassie Maddox deparam-se com o maior caso de suas vidas quando um grupo de arqueólogos descobre o corpo de uma menina de apenas 12 anos na floresta de Knocknaree. Pressionados a encontrar os responsáveis pelo assassinato de Katharine Devlin, Ryan e Maddox embrenham-se em uma trama macabra que havia começado no dia 14 de agosto de 1984. Naquela tarde de verão em Dublin, três crianças brincavam na floresta vizinha às suas casas quando misteriosamente desapareceram. Sabendo que os filhos conheciam intimamente a mata, os pais de Jamie Rowan, Adam Ryan e Peter Savage demoraram a desconfiar que houvesse algo de errado. Quando policiais e cães farejadores foram chamados para localizar os jovens desaparecidos, somente Ryan foi encontrado, sem nenhuma lembrança do que ocorrera com seus amigos. Jamie e Peter sumiram na floresta sem deixar pistas e o tenebroso caso foi arquivado pela polícia. Enviado para longe do assédio da imprensa, Adam Ryan estudou em um colégio interno, desfez-se do passado e anos mais tarde se tornou policial. Apesar do esforço para manter o episódio em segredo, o detetive não pode ignorar as incríveis conexões entre o assassinato de Katharine Devlin e o sumiço de seus amigos vinte anos antes. Todas as vítimas tinham 12 anos e sofreram os ataques na mesma floresta. Para a mídia, as descobertas arqueológicas no antigo terreno da mata sugerem a ação de forças sobrenaturais. Sem suspeitos para o crime, Ryan é obrigado a revisitar o local da tragédia que marcou sua infância. Arriscando colocar o dedo em feridas nunca cicatrizadas, o policial descobre que a solução do caso de Katharine Devlin também significa o fim do mistério do desaparecimento de Jamie e Peter. Para avançar nas investigações, o detetive precisa desvendar os segredos da floresta de Knocknaree e voltar os olhos para seu passado.
No Bosque da Memória é o primeiro livro da série policial Dublin Murder Squad, de Tana French, publicada no Brasil pela Editora Rocco.

Eu tento não começar novas séries, mas tramas policiais e de suspense são tão gostosas de ler que não resisto. Depois de ver inúmeros elogios sobre esta autora resolvi apostar na leitura e já posso dizer que quero todos os livros dela aqui comigo.

Esta série tem seis volumes até o momento (cinco lançados no Brasil) e não trazem os mesmos protagonistas em cada um como vemos em outras séries do gênero, o próximo até traz alguns dos personagens que conhecemos em No Bosque da Memória, por isso é aconselhável ler ambos na sequencia. No entanto, os demais são bem independentes. O ponto em comum é que cada livro traz casos sendo investigados pala policia irlandesa.

Em 1984, três crianças entram na floresta de Knocknaree para brincar e apenas uma delas volta de lá. Adam, Jamie e Peter eram inseparáveis, mas naquele dia algo aconteceu na mata e apenas Adam foi encontrado em estado catatônico e todo sujo de sangue. Ele perdeu a memória daquele dia e nunca a recuperou. Peter e Jamie também nunca foram recuperados, nem mesmo os corpos.

Vintes anos depois o corpo de uma menina de doze anos é encontrado praticamente no mesmo local dos desaparecimentos e um Adam mais velho, com outro nome, vai ter que enfrentar seus fantasmas do passado e tentar lembrar o que aconteceu, já que o crime atual tem todo o jeito de estar ligado ao de 1984. Ele não tem como fugir, já que tornou-se policial e este caso é designado para ele investigar.

Hoje ele não é mais Adam e sim Rob Ryan e ao lado de sua parceira da divisão de homicídios, Cassie Maddox, começa a investigar a morte da menina. Tudo que cerca este caso é tão nebuloso quanto sua mente e Rob acaba por se tornar não apenas uma testemunha pouco confiável, mas também um policial extremamente abalado e confuso por conta de ter tido  parte de sua infância roubada

Eu adoro tramas policiais pela infinidade de peças que temos para montar um quebra cabeças final. É delicioso ir tentando colocar cada qual no seu lugar e achar sentido em cada aspecto que cerca o crime. Todos, de inicio despertam em nós suspeitas, mas o mais empolgante é quando a pessoa que você acredita ser o culpado é exatamente quem não poderia ser o culpado. Aí eu fico buscando mil e uma explicações para ir contra minha teoria. Foi exatamente assim nessa leitura e até a última página eu queria estar errada. Se eu estava? Isso não posso contar.

Não sou muito fã de narrativas em primeira pessoa, ficar presa nos devaneios de um personagem não me agrada muito, mas este livro me fez rever esta opinião. A narrativa é pela voz de Rob e o cara viaja em seus pensamentos inúmeras vezes, dando mesmo um ritmo não tão acelerado para a trama, mas ao contrario do que eu esperava, isso não me deixou chateada e sim totalmente presa na leitura.

Rob é uma cara de carisma nato e muito divertido. Ri muito com seu jeito despretensioso de ser e não foi nada cansativo acompanhar seus pensamentos. Eu o adorei, assim como sua parceira Cassie que é uma garota muito inteligente e espirituosa. Os dois formam uma dupla excelente, que deu muito certo. As longas noites dos dois tem momento muito gostosos de acompanhar e aos poucos vamos conhecendo-os mais e mais. A autora os revela com sensibilidade e de uma forma muito humanizada.

French explora o lado psicológico com vigor, dá profundidade as personalidades e isso acaba sendo mais significativo que as provas físicas para desvendar o crime. Fica a dica para observar o jeito e atitude das pessoas para pegar algumas pistas, isso foi essencial para mim.

O caso em si é muito complexo e não se entrega fácil. Há alguns aspectos sombrios e outros que nos dão muita agonia. O desfecho foi minuciosamente trabalhado, eu achei até mais desesperador do que toda a investigação, e me senti atropelada por um caminhão no final. Não foi alegre, foi doloroso e eu espero que futuramente a autora permita que certos personagens se reencontrem e se entendam. Recomendo.





5 comentários:

  1. oi Cida, eu não leio muitos livros de suspense, mas com certeza me vi bem curiosa acerca da trama
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  2. Oi Cida, tudo bem?

    Parece ser um livro bem interessante, mas confesso que não me atraiu a ponto de ler ele.
    Fico feliz que tenha gostado.
    Bjs
    http://diarioelivros.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  3. Oie Cida =)

    Confesso que só de ler a sua resenha achei a narrativa um tanto sombria demais para o meu gosto. A drama realmente parece possuir um enredo bem interessante e bons personagens, mas dessa vez não vai para a lista.

    Ótima resenha!

    Beijos ;***
    Ane Reis. | Blog My Dear Library.

    ResponderExcluir
  4. Oi, Cida

    Eu também tento não começar novas séries, mas acabo não resistindo! Hahaha
    Eu nem conhecia esse livro, sou bem por fora do catálogo da Rocco, mas já me interessei por esse título com essa pegada mais dark. E se o caso é complexo melhor ainda, fiquei curiosa para saber a que você se refere quando diz doloroso...

    Beijos
    - Tami
    http://www.meuepilogo.com

    ResponderExcluir
  5. Oi,

    Não gostei do final pq não diz o que aconteceu com as crianças. Fiquei frustada

    ResponderExcluir

Obrigada por seu comentário.

Sua participação é muito importante.

Um grande beijo!