[Resenha] O Casamento

O Casamento
Autor(a): Victor Bonini
Editora: Faro                        Páginas: 368
Lançamento: 2017               ISBN: 9788595810044

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Para os noivos é o dia mais importante de suas vidas. Meses atrás, os amigos diriam que o namoro de Plínio e Diana tinha prazo de validade. Eles se conheceram de um jeito bizarro, pensam completamente diferente e nenhuma das famílias aprova o relacionamento. Mas eles resistiram a tudo. E agora vão se casar. Para o detetive é a melhor chance de pegar um criminoso. O mais íntegro dos convidados esconde um segredo devastador. Mas alguém sabe e está disposto a espremê-lo com chantagens. É então que o detetive Conrado Bardelli se hospeda no hotel-fazenda onde ocorrerá o casamento. Ele precisa descobrir o lobo entre as ovelhas. E rápido. Pois, a cada nova ameaça, o chantagista eleva o tom e falta pouco para a bomba explodir. O casal está pronto para o sim. A noiva se prepara para caminhar pelo tapete vermelho. Até que alguém diz: não saia do carro! Enquanto a plateia espera ansiosa em frente ao altar, algo brutal acontece na antessala. Só quando veem as paredes lavadas com sangue é que os convidados se rendem ao desespero. Começa uma confusão para interromper a marcha nupcial e chamar a polícia. Ninguém sabe o que fazer. E Bardelli, que lidava com um caso de extorsão, descobre que se meteu em algo muito pior. Agora, ele é o único capaz de encontrar respostas. O problema é que as mortes não param de acontecer...
O livro Colega de Quarto, de Victor Bonini, foi muito elogiado na época de seu lançamento, mas foi por O Casamento que resolvi conhecer a obra do autor. Que grata surpresa! Eu vi aquele livrão na minha frente acreditando que levaria uns três a quatro dias para ler e quando me dei conta em menos de dois já tinha devorado cada página.

A história é sobre um casamento que vai ser realizado no interior, na cidade de Joanópolis, e os noivos Plínio e Diana alugam um local para que os convidados passem alguns dias curtindo antes da dita cerimônia. Lá conhecemos um núcleo grande de personagens, alguns que se conheciam de longa data e outros que estavam se vendo pela primeira vez. Estranhas relações se desenvolvem. Parece que o clima de celebração, a sensação de que jamais você vai ver aquela pessoa outra vez em momento tão diverso, acaba abalando cada de um de uma forma diferente e falar fica fácil. A desculpa pode ser a bebida rolando solta, o clima ou um milhão de coisas advindas do momento e assim os desabafos são inevitáveis. Os ouvintes acabam descobrindo desafetos, ganham a percepção de detalhes que haviam passado despercebidos e fica bem evidente que todos ali guardam segredos e têm segundas intenções. Nada é o que parece ser. Ninguém conhece ninguém de verdade.

E no momento exato que a noiva vai descer do carro e ser conduzida para o altar acontece um assassinato. Um dos convidados é a vítima e com certeza um outro convidado é o assassino. Uma investigação começa. Chega a policia, mas o melhor mesmo é que havia um detetive particular no meio daquela gente e Conrado Bardelli acaba se vendo determinado a descobrir a verdade por trás não apenas daquela morte, mas de todas as outras que virão a seguir.

Gente! Que delicia de história! Eu lembrei dos livros de Agatha Christie, primeiros do gênero que li, onde sempre tínhamos um grupo vivendo um momento em comum e do nada aparecia um morto. E logo todos estava olhando desconfiados para o outro, pensando que o companheiro ao lado poderia ser o assassino. E lá estava, coincidentemente, um famoso detetive que já havia desvendado um caso que parecia insolúvel.

E começa então a jornada desta pessoa. Conrado vai de um lado para o outro. Conversa, interroga, segue pistas, analisa locais e busca respostas. Faz perguntas que podem ser absurdas, mas têm seu fundo de verdade. E com ele segui , tentando eu mesma achar a solução e nem de longe cheguei perto. O final me deixou de queixo caído e super contente.

Não vou dizer que Conrado é um Hercule Poirot ou um Sherlock Holmes, na verdade pelo moldes da história ele estaria mais próximo de Poirot, só que não. O detetive de Bonini ainda precisa ser mais ágil. Eu acho que ele teve sorte, se uma determinada pessoa não tivesse dado uma pista para ele, até agora o homem estaria dando voltas por aí. Por outro lado ele descobriu algumas coisas que estavam emaranhadas no crime central e tirou muita gente do sério, o que foi muito divertido e deu mais conteúdo para a trama.  No entanto, ele acabou juntando os fragmentos que lhe deram e desmascarou a pessoa por trás de tudo. E, felizmente, não foi aquele personagem que eu gostei, mas que eu acreditava ser o culpado.

A história de O Casamento se conduz sozinha. É mais do que personagens. É a trama e suas voltas que prendem e o autor soube muito bem fazer um romance de detetive à moda antiga. Eu amei este livro e preciso ler logo o outro do autor, além de desejar muito que logo ele escreva mais histórias. Com certeza, Victor Bonini, é um autor jovem e talentoso (além de muito bonito, rs), que ainda vais nos surpreender bastante. Recomendo!!! 


11 comentários:

  1. Oi, Cida!
    Me sinto uma ET por nunca ter lido nada do Victor. Pior que eu tinha um livro dele aqui, mas acabei passando pra frente :(
    Ainda não vi nenhuma resenha negativa desse livro. Acho que é sinal para que eu leia logo.
    Beijos
    Balaio de Babados
    Participe do Natal Literário e ganhe prêmios maravilhosos

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  2. Gente, a Faro tem caprichado em seus lançamentos néh?!?! Acabei de ler uma resenha de um livro dela e agora mais outra positiva e com o detalhe a mais de ter sempre capas lindas!!!

    Jaci
    Uma Pandora e Sua Caixa

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  3. Acho incrível quando esses caras tem sorte e a pista cai no colo. Porque as vezes coisas assim também acontecem pra gente. E nem sempre percebemos, ou não ligamos.
    O autor é ótimo e tô doida pra ler logo este livro! Amei a resenha!!

    Bjks

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  4. Oi Cida! Eu confesso que ao ver a capa eu imaginava outra coisa da história, mas adorei saber que é um romance policial a moda antiga, eu adoro os livros da Agatha Christie é uma excelente referência!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  5. Oi, Cida

    Mulher, eu quero ler algo do autor desde Colega de Quarto, eu só não comprei pq sempre que me lembro dele ele está carinho.
    Eu quero muito ler O Casamento também. Confesso que as comparações com a Agatha e o Poirot me deixaram meio ressabiada, pois não curti Assassinato no Expresso do Oriente nem um pouco (até mesmo por isso nem tentei ler outro livro da autora) e achei o Poirot um saquinho! Ahhahahaha
    Mas lerei o livro... vamos ver se vai rolar pra mim! \o/

    Beijos
    - Tami
    http://www.meuepilogo.com

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  6. Oi Cida,
    Não conhecia o livro ou o autor, mas achei interessante a forma como a investigação foi introduzida na trama. Quero ler, dica anotada!!!

    *bye*
    Marla
    loucaporromances.blogspot.com.br

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  7. Nossa, que tudoooo!!! Faz muito tempo que não leio nada do tipo, e eu amo os livros da Agatha Christie. Fiquei com a maior vontade agora de conferir o desfecho dessa trama toda!

    =)

    Suelen Mattos
    ______________
    ROMANTIC GIRL

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  8. Oi Cida.
    Eu não conheço o autor e também ainda não conhecia o livro. Eu amo Agatha Christie e se você achou o estilo parecido, já fiquei com muita vontade de ler. A literatura brasileira está sempre nos surpreendendo e a cada ano que passa surgem mais e mais novos talentos. Bjus
    www.docesletras.com.br

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  9. Oi Cida,
    Sempre leio elogios sobre os livros do autor e estou bem ansiosa pra ler esse. Adoro essa capa.

    bjs
    Nana - Canto Cultzíneo

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  10. Oi Cida!
    Que legal saber que esse livro tem influências da Agatha Christie, sou fã dos livros dela. Parece ser bom!

    Beijos,
    Sora | Meu Jardim de Livros

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  11. Olá, Cida.
    Quando comecei a ler o enredo logo pensei na Agatha hehe. Eu li Colega de Quarto e gostei bastante, mas acho que me decepcionei um pouco principalmente com o detetive. Dei uma nota maior mais pela edição do que pela história em si. Mas pretendo ler esse sim, só vou aguardar alguma promoção hehe.

    Prefácio

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