A Torre do Terror
Título Original: The Night Sister
Autor(a): Jennifer McMahon
Editora: Record Páginas: 378
Lançamento: 2017 ISBN:9788501109736
Um segredo macabro habita o Hotel da Torre Nos anos 1950, o Hotel da Torre, com seus 28 quartos, era a maior atração da pequena Londres, em Vermont. Hoje está abandonado, vivo apenas na memória de três mulheres — as irmãs Piper e Margot e sua amiga, Amy Slater, filha da família que o administrava. Elas costumavam brincar lá quando pequenas, até o dia em que as brincadeiras desenterraram algo macabro e sinistro do passado dos Slater — algo que determinou o fim da amizade de Piper e Margot com Amy. Com o passar dos anos, as irmãs fizeram tudo o que puderam para deixar o episódio para trás e seguir com a vida; Piper mora na Califórnia, enquanto Margot dedica-se à família e a estudar a história local. Até que um dia Piper recebe uma ligação de Margot em pânico: Amy e sua família estão mortos, supostamente pelas mãos da própria Amy. Só que, antes de morrer, Amy deixou escrita uma mensagem que as irmãs sabem ser direcionada a elas: "29 quartos". De repente, Margot e Piper são forçadas a revisitar aquele verão fatídico em que encontraram uma mala e cartas que pertenceram a Sylvie Slater, tia de Amy, desaparecida na adolescência.
Há algum tempo atrás li um livro de
Jennifer McMahon que me prendeu
totalmente, mas com um final que não atingiu minhas expectativas. Por conta
disso queria muito ler A Torre do
Terror, mas estava receosa de encontrar mais um final sem muito
sentido. Ainda assim apostei nesta obra, lançamento da Editora Record, e posso afirmar que fiquei
bastante feliz com o que encontrei neste livro.
O Hotel da Torre, na cidade de
Londres – Vermont (EUA), vai ser o palco da trama. A autora nos conduz por três
épocas diferentes - 2013, 1989 e 1955 – ,
interligadas pelos acontecimentos estranhos que aconteceram no local.
Em 1955 temos os primeiros anos do hotel,
este em seu auge, mas ameaçado pela construção de uma rodovia. O progresso iria
interromper a rota de turistas e o local não seria mais ponto de parada. Em meio
a esta preocupação, a família dona do hotel vive sua rotina diária e nas duas
meninas da família há toda uma série de conflitos, muita inveja, rivalidade e
acontecimentos estranhos durante a noite. Ninguém de fato sabia o que se
escondia naquela torre que dava nome ao hotel e o que estava por trás do
desaparecimento de uma das garotas.
Em 1989, estamos novamente no Hotel da
Torre, agora apenas a moradia da antiga dona e de sua neta. Amy é uma garota ousada, que ao lado de duas
amigas Piper e Margot, gosta de brincar nas ruínas do antigo
negócio da família e acaba descobrindo a existência de um quarto secreto no
local e uma boa quantidade de esqueletos no armário. O que as meninas encontam
é aterrador, um horror e acaba pondo fim na amizade delas.
Em 2013, lá está Amy casada e com filhos,
perturbada pelos segredos que sua família oculta desde 1955. Quando ela aparece
morta, junto com o marido e o filho, as pessoas a tomam por assassina e suicida.
Mas a mensagem – 29 quartos -, em uma foto, traz de volta as duas amigas da
infância que sabem por trás destas mortes há muito mais. É preciso de uma vez
por todas revelar o que está oculto na torre do hotel.
A narrativa não segue de forma linear, os
anos são intercalados e você precisa ir unindo as evidências para tentar
construir algo que explique o mistério que ronda o hotel e a família de Amy.
Desde as primeiras páginas eu sentia que coisa boa não era, cogitei diversas
explicações, do mais banal possível ao sobrenatural e, ainda assim, não consegui
descobrir facilmente o que havia ali.
De longe o ano de 1955 é o mais
interessante, o que veio depois foi consequência, embora seja 1989 o período de
revelações mais marcantes. Cada época vai ser essencial para a construção da
história e a autora conseguiu conectá-las com maestria, mantendo-me cativa desta
jornada de terror e suspense.
A narrativa torna-se mais duvidosa ainda e
bem intrigante por ser em partes pelo ponto de vista de uma personagem nada
confiável. Rose (1955) é uma garota
rancorosa, que inveja a beleza da irmã mais velha e se ressente da alegria dela.
Rose sempre está espreitando a família e dizendo que viu coisas. Aí vem a dúvida
para o leitor, pois não sabemos se o que ela diz é verdade ou delírio de uma
mente perturbada. Ela me assustou com seu estranho modo de espionar as pessoas,
mas eu senti muito medo foi mesmo em 1989 quando sua filha Amy abriu as portas
do hotel.
No entanto, até chegarmos a resolução do
grande mistério, passamos por muitas reviravoltas e conflitos psicológicos que
tornam a leitura empolgante e fluida. Li quase quatrocentas páginas em
praticamente um dia. Fazia tempo que não encontrava uma história do gênero tão
promissora e atraente. E, como citei, tive problemas com o final do outro livro
que li de McMahon e desta vez foi o oposto, ela coloca a época de 2013 neste
história não apenas para despertar o passado e fazer com que as pessoas o
enfrentem, mas para dar ao leitor um desfecho coerente e cheio de surpresas, que
fecha a história com brilho, um pitada de drama e aquele sentimento agridoce de
problemas resolvido, mas preço alto a ser pago por isso.
A Torre do
Terror tem drama, suspense, romance e um clima sombrio
delicioso. Adoro histórias ambientadas em velhas casas, hotéis ou qualquer outro
tipo de propriedade de família que guarde segredos sangrentos. Eu curti demais e
torço por uma adaptação nas telonas e por mais livros da autora no Brasil.
Oi Cida!
ResponderExcluir400 páginas num dia?! Nossa! O livro deve ser bom mesmo. Eu adoro histórias de suspense, quero ler.
Beijos,
Sora | Meu Jardim de Livros
Oi Cida, tudo bem? Não estou super acostumada com climas sombrios, mas é sempre bom sair da zona de conforto, o que este ano tentei fazer com mais frequência. Vou tentar ler e espero que tenha uma adaptação tb!
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Oiii Cida
ResponderExcluirA Torre do Terror é um dos livros que espero ler ainda esse ano, amei esse clima mais sombrio que o livro traz e pelas resenahs que tenho lido, ele anda cumprindo com todas as expectativas.
Beijos
aliceandthebooks.blogspot.com
Olá, Cida.
ResponderExcluirDe inicio parece ser muito confuso isso de se passar em tempos diferentes. Mas é exatamente isso que nos faz querer devorar o livro e descobrir o que aconteceu. Vou querer ler com certeza.
Prefácio
Oi, Cida!
ResponderExcluirMenina, se você leu ele quase todo num dia, é porque deve ser muito bom.
Em algumas coisas me lembrou muito O Iluminado.
Beijos
Balaio de Babados
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Oie Cida =)
ResponderExcluirNão conhecia o livro, mas achei a premissa interessante. Não é o tipo de história que eu costumo ler, mas fiquei curiosa por saber como os fatos de juntam já que a narrativa não é linear.
Se tiver um oportunidade e quiser dar uma chance para outro gênero esse é um livro vou procurar.
Beijos;***
Ane Reis | Blog My Dear Library.
Oie, apesar dos seus comentários é uma pena que eu não consigo me dar bem com esse tipo de enredo
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/