[Resenha] Um Tom Mais Escuro de Magia

Um Tom Mais Escuro de Magia
Título Original: A Darker Shade of Magic (Shades of Magic #1)
Autor(a): V.E. Schwab 
Editora: Record                    Páginas: 420
Lançamento: 2016               ISBN:9788501106667
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Kell é um dos últimos Viajantes — magos com uma habilidade rara e cobiçada de viajar entre universos paralelos conectados por uma cidade mágica. Existe a Londres Cinza, suja e enfadonha, sem magia alguma e com um rei louco — George III. A Londres Vermelha, onde vida e magia são reverenciadas, e onde Kell foi criado ao lado de Rhy Maresh, o boêmio herdeiro de um império próspero. A Londres Branca: um lugar onde se luta para controlar a magia, e onde a magia reage, drenando a cidade até os ossos. E era uma vez... a Londres Negra. Mas ninguém mais fala sobre ela. Oficialmente, Kell é o Viajante Vermelho, embaixador do império Maresh, encarregado das correspondências mensais entre a realeza de cada Londres. Extra-oficialmente, Kell é um contrabandista, atendendo pessoas dispostas a pagar por mínimos vislumbres de um mundo que nunca verão. É um hobby desafiador com consequências perigosas que Kell agora conhecerá de perto. Fugindo para a Londres Cinza, Kell esbarra com Delilah Bard, uma ladra com grandes aspirações. Primeiro ela o assalta, depois o salva de um inimigo mortal e finalmente obriga Kell a levá-la para outro mundo a fim de experimentar uma aventura de verdade. Magia perigosa está à solta e a traição espreita em cada esquina. Para salvar todos os mundos, Kell e Lila primeiro precisam permanecer vivos.

Um Tom Mais Escuro de Magia é o primeiro volume da série Tons de Magia, de V.E. Schwab, publicada no Brasil pela Editora Record.

Eu sou fã da autora e este foi o livro dela mais maduro que li até então, suas outras que conferi são mais adolescentes e ainda assim todas preservam uma característica marcante da autora que é a criatividade ímpar. 

Este livro nos apresenta um mundo onde temos quatro Londres: Branca, Vermelha, Cinza e Preta. Que podem ser descritas, respectivamente, como as Londres sangrenta, prospera, sem graça e extinta. Sim! A Londres Preta não existe mais, ou pelo menos é o que todos acreditam, já que quando seu povo foi consumido pela magia e enlouqueceu as portas entre as quatro cidades foram fechadas e a da Preta selada para sempre. Apenas aqueles conhecidos como Viajantes podem se deslocar entre as três cidades restantes e mesmo assim sem muita liberdade. Há regras que precisam ser seguidas para que a magia não se espalhe e cause uma nova contaminação em massa.

Kell é um dos dois únicos viajantes (antari) que existem e vive na Londres Vermelha. Ele é um filho adotivo da família real, mas mesmo sendo bem tratado não se sente parte daquilo. Ele busca algo, quer mais da vida sem saber o que exatamente deseja. Comete pequenos atos ilícitos, entre eles o contrabando de coisas das outras Londres para a sua e, se descoberto, pode ser acusado de traição. E justamente quando decide parar com essa atividade, acaba levando para casa um objeto perigoso e oriundo da extinta Londres Preta.

A pedra transportada por Kell é feita de pura magia maligna e logo aqueles que armaram para ele transportar o objeto estão ávidos querendo tomá-lo do rapaz. A pedra é poderosíssima e capaz de fazer qualquer coisa. Significa poder infinito e com certeza vai corromper quem a usar. Kel começa então uma fuga desenfreada e a busca por uma maneira de devolver a pedra ao seu lugar de origem. Conhece assim Lila, uma jovem e destemida ladra da Londres Cinza que além de salvar sua vida vezes sem fim, será sua companheira de viagem. 

Como citei a autora possui uma criatividade ímpar e mais uma vez provou que sua mente não tem limites para criar mundos novos e fascinantes. Eu já li histórias onde uma cidade possuía outra versão, mas quatro versões foi algo bem maior e aliado a isso toda uma mitologia de magia especial, complexa e muito intrigante.

A princípio você precisa prestar bem atenção pra entender como funcionam estas Londres e o que as diferencia, pois é evidente que cada uma é bem diferente da outra e apesar da geografia semelhante, suas almas são apenas delas. Não nego que cada uma brilha por si só, mas é mesmo tudo que cerca a Preta que me ganhou. Não há como saber se ela ainda existe ou virou lenda, mas eu acredito que ainda está lá por trás de sua porta lacrada e esconde o melhor dessa série.

A ambientação é excelente. A autora descreve com maestria locais e climas, conseguindo transportar o leitor para dentro das páginas. O ritmo da narrativa é comedido no começo, mas passado um terço da obra fica acelerado e segue frenético e sangrento até a última página. Gostei da boa dose de mistérios que surgem no decorrer da trama e de todas as cenas carregadas de lutas mágicas e violentas.

A magia aqui é cruel, corrosiva e desperta uma sede de poder em muitas pessoas. Não dá para baixar a guarda em momento algum e Kel e Lila podem ser os únicos que vamos considerar dignos de representar o bem neste mundo insano.

Os dois formam uma ótima dupla, equilibram-se perfeitamente na corda bamba na qual caminham. Não há romance, há uma relação de confiança e até mesmo amizade. No entanto, eu não posso afirmar que tenha me conectado com nenhum dos dois. Foi bem interessante para mim sentir tanta afeição por todo o resto e nenhum sentimento mais forte pela dupla de protagonistas. Veja bem que gostei do desempenho deles, mas as personalidade me deixaram meio desconcertada e não me agradaram muito. Talvez, depois do que viveram, ganhem novos contornos e finalmente cheguem em meu coração. 

No entanto, apesar deste parênteses, eu curti muito Um Tom Mais Escuro de Magia e não vejo a hora de ler sua continuação. Um Encontro de Sombras já está nas livrarias e para quem não sabe a autora estará na Bienal.  O final não traz aquele “querido” cliffhanger, mas desperta a curiosidade do leitor sobre os caminhos que Kell e Lila vão seguir. Recomendo todas as obras de Schwab. 


8 comentários:

  1. Oi, Cida!
    Fico bastante feliz em ver essa série ganhar o devido reconhecimento. Amo de paixão.
    Realmente esse livro não termina com aquele cliffhanger, mas o mesmo já não posso dizer que Um Encontro de Sombras.
    Beijos
    Balaio de Babados
    Participe do sorteio de aniversário do Balaio de Babados e O que tem na nossa estante

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  2. Oi Cida! Eu que amo um bom romance adorei a fantasia de Um tom mais escuro de magia hehehe Acho o Universo criado pela autora incrível, não vejo a hora de ler o segundo!

    bjs. Mi

    O que tem na nossa estante

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  3. Cida, pra mim faltou aquele estalo com a trama, ainda não me identifiquei com a mesma
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  4. Oi Cida!
    Li uma resenha da Tami do Meu Epílogo e agora a sua... Algo me desperta nesse livro... Preciso conhecer a obra urgentemente, rs.
    beijo
    http://estante-da-ale.blogspot.com.br/

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  5. Olá, Cida.
    Só tenho lido resenhas positivas sobre esse livro. Conheci a autora aqui no seu blog das outras resenhas. Assim que lançar todos vou querer conferir a história, mesmo com essa parte mais dificil no começo. Mas acho que assim que começamos a ler, dá para entender tudinho.

    Prefácio

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  6. Oi Cida,

    Já ouvi opiniões bem paralelas sobre esse livro. Apesar de não ter romance, a trama me chamou atenção pela história e espero para pegar em breve para uma leitura.
    Bjs e uma ótima noite!
    Diário dos Livros
    Siga o Instagram

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  7. Oi Cida,
    Tenho lido bons comentários a cerca desse livro e a cada nova resenha eu fico ainda mais curiosa. A proposta da autora e interessante e estou bem curiosa para conhecer as 4 Londres e acompanhar as aventuras de Kell e Lila.

    *bye*
    Marla Almeida
    http://loucaporromances.blogspot.com.br/



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  8. Oie Cida =)

    Estou doida para ler esse livro e ele será uma das minhas próximas leituras.

    Adorei a forma com que a autora constrói a história ao ler A Melodia Feroz e acredito que vou novamente me surpreender aqui.

    Beijos;***
    Ane Reis | Blog My Dear Library.

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