[Resenha] Crave a Marca

Crave a Marca
Título Original: Carve the Mark (Carve the Mark #1)
Autor(a): Veronica Roth  
Editora: Rocco                                     Páginas: 480
Lançamento: 2017                               ISBN:9788579803284
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Num planeta em guerra, numa galáxia em que quase todos os seres estão conectados por uma energia misteriosa chamada “a corrente” e cada pessoa possui um dom que lhe confere poderes e limitações, Cyra Noavek e Akos Kereseth são dois jovens de origens distintas cujos destinos se cruzam de forma decisiva. Obrigados a lidar com o ódio entre suas nações, seus preconceitos e visões de mundo, eles podem ser a salvação ou a ruína não só um do outro, mas de toda uma galáxia. Primeiro de uma série de fantasia e ficção científica, Crave a marca é aguardado novo livro da autora da série Divergente, Veronica Roth, que terá lançamento simultâneo em mais de 30 países em 17 de janeiro, e surpreenderá não só os fãs da escritora, mas também de clássicos sci-fi como Star Wars.

Crave A Marca é o primeiro volume da nova série de Veronica Roth, autora já conhecida no Brasil pela série Divergente, ambas publicadas pela Rocco.

Apesar de Convergente ter me deixado bem revoltada com seu desfecho, toda a adrenalina que os três livros trouxeram para minha vida de leitora me deixaram mais do que curiosa para conferir o novo trabalho da autora. E mesmo morrendo de medo do que ela fosse aprontar, eu queria Crave e não me decepcionei.

Roth nos apresenta uma galáxia onde vários planetas são ligados por um tipo de força conhecida como corrente. Os habitantes destes planetas ao ficarem mais velhos desenvolvem certos dons, que podem ser extremamente perigosos ou não dependendo de seu uso. Os dons da corrente são incríveis e assustadores em igual medida e soberanos inteligentes e astutos podem usar as pessoas ao seu redor para ganhar mais poder por conta  destes dons.

Temos também as fortunas que alguns habitantes possuem e estas ditam o destino das pessoas. Os afortunados não podem ir contra isso e devem aceitar o destino, embora existam aqueles que não se conformam e lutam para mudar o futuro. E com certeza o resultado não é nada bom.

Akos Kereseth teve sua fortuna revelada publicamente quando deveria ser um segredo e por conta disso foi levado de seu planeta Thuva, mais precisamente sequestrado pelo soberano de Shotet, que é um daqueles que não aceita a fortuna que recebeu. Akos e o irmão mais velho passaram a ser escravos dos shotet e ele colocou na cabeça que iria escapar e voltar para casa. Nesta jornada, longa e dolorosa, ele se torna um poderoso homem de combate, mas sofre quando precisa matar. O dom de Akos não é a luta e sim anular a força da corrente e isso o coloca a serviço da irmã do soberano.

Cyra Noavek tem o dom de causar a dor, mas ela também a sente. Estar com Akos permite um vislumbre de normalidade. Eles são pessoas opostas, mas acabam achando afinidade durante a convivência e maneiras de se aprimorarem em diversos aspectos de suas vidas. A amizade de Cyra e Akos se torna a esperança de por fim a tirania e um sonho de liberdade para ambos e para a galáxia.

Desde as primeiras páginas eu me vi presa na trama de Roth. O universo de Crave A Marca me fascinou não apenas por sua complexidade e esta questão dos poderes, mas especialmente pelos personagens que são fortes e intrigantes.

O legal é que um dom extremamente forte como o de Cyra não lhe garante nada, é a inteligência e astúcia que leva as pessoas longe.  Você vai ver isso claramente ao observar a relação dela com o irmão Ryzek, que a usa para ser o soberano todo poderoso que é. E olha que a fortuna dele é uma das mais fadadas ao fracasso que já existiram naquela galáxia.

Já alerto que é uma narrativa cheia de detalhes e você precisa de bastante atenção para entender este universo, mas eu não fiquei incomodada, pois na minha opinião cada peça se encaixou bem e fez sentido. Nada estava ali ao caso e no final teve sua utilidade. Até o título tem tudo a ver com a história. Achei tudo bem original.

Temos momentos de muita ação, mas há também aqueles mais calmos. Há reviravoltas sim, mas no geral não é algo tão cheio de ação como Divergente. Eu não vou dizer que é uma trama tranquila, pois a tensão é tanta nesta história que eu fiquei com o coração na boca todo o tempo esperando morte e catástrofe logo na próxima página. No entanto, há sim, partes onde a autora não opta por tiro, porrada e bomba. Só que quando ela faz esta escolha prepare seu estômago, pois o que acontece não é para os fracos, como dizia Cyra.

E como citei o que mais gostei foram os personagens. Cyra foi a minha preferida, mesmo Akos não ficando atrás. Ela possui um dos dons mais perigosos, mas acaba sendo vítima de sua força. Ok! Ela não é indefesa, mas sofre mesmo assim. Cyra é forte e frágil. Boa e má. É uma mistura que a torna mais crível como pessoa, pois ninguém é cem por cento de algo, depende muito da situação. E ela encara o que tem que encarar por pior que seja, mesmo sabendo que pode morrer a cada passo desta jornada.

Akos é mais suave que ela e um ponto de equilíbrio. Tem um coração puro e acredita demais, o que o torna ingênuo. Ela é a razão da dupla e ele o coração.

A jornada de Cyra e Akos vai ser povoada de amor, dor, traição, política e muito sangue. E o desfecho reservado pela autora me deixou bem cismada. Parece ser promissor, mas eu acho que os protagonistas estão seguindo para uma bela armadilha.

Eu vi muitos comentários sobre Crave A Marca e pelo visto é aquele livro que vai dividir opiniões . Há leitores que amaram e outros que não curtiram. Não nego que isso me assustou muito e quando me vi envolvida e amando fiquei tão feliz. Comigo deu certo, não me frustrei e fechei o livro satisfeita. Na minha opinião eu mudaria apenas a questão da narrativa em primeira e terceira pessoa, pois Roth alternou ambas. Nas partes focadas em Cyra ela opta por primeira, já com Akos em terceira pessoa. Eu acho que o ideal seria tudo em primeira e na voz dos dois, esta foi minha única ressalva de Crave.

Gente! Eu amei! E só lendo mesmo para saber se com você vai ser assim. Eu fiquei surpresa com a variedade de reações e acho que você precisa desvendar Crave A Marca. Leiam! 


6 comentários:

  1. não é um livro que de cara me chama a atenção, a história em si parece muito boa, mas não é o meu tipo de leitura que procuro no momento e que naturalmente me agrada

    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  2. Oi, Cida!
    Então.. realmente esse livro está dividindo bastante opinião. Eu fico em cima do muro e depende do meu estado de espírito a vontade de ler esse livro hahahaha
    Eu também fiquei super decepcionada com Divergente e acho que isso influencia a minha vontade de ler.
    Beijos
    Balaio de Babados
    Sorteio Literário de Carnaval
    Resenha premiada Paixão e Crime
    Sorteio Três Anos de Historiar

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  3. Oi, Cida!
    Eu gostei do livro, e estou bem ansiosa para o segundo volume, também sinto cheiro de encrenca. A narrativa realmente seria melhor que fosse em primeira pessoa para os dois personagens.

    Beijos!
    Eli - Leitura Entre Amigas
    http://www.leituraentreamigas.com.br/

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  4. Oi Cida!

    Estou lendo muitas resenhas sobre esse livro e estou um tanto curiosa justamente por estar dividindo opiniões. O dom de Cyra é o que mais me chamou atenção e os personagens de modo geral tb. Adorei a resenha, excelente como sempre!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  5. Olá, Cida.
    Eu terminei de ler Convergente ontem e mesmo já sabendo o final eu fiquei péssima hehe. Mas gostei bastante da escrita da autora por isso quero ler esse também, mas acho que não será tão já. Eu sempre me atrapalho nessas narrativas que tem primeira e terceira pessoa junto. Prefiro só em terceira hehe.

    Prefácio

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  6. Já ouvi falar que é uma narrativa bem "complicada", não por ser ruim, mas por ser bem cheia de detalhes assim mesmo.. Não sei se lerei o livro, mas a capa me chama muito a atenção :)

    www.vivendosentimentos.com.br

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