[Resenha] Um Amor Nada Tradicional

Um Amor Nada Tradicional
Título Original: Unorthodox Love
Autor(a): Heidi Shertok
Editora: Faro                                   Páginas: 288
Lançamento: 2023                          Romance
Tradução: Clarissa Growoski
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Atrevida, debochada e incrivelmente divertida. Penina está chegando aos 30 anos solteira e com um diagnóstico de infertilidade, o que reduz drasticamente suas esperanças de encontrar um homem para compartilhar uma vida a dois. Mas sua vida vira de cabeça para baixo quando a irmã, Libby, está prestes a perder a casa por causa das dívidas do marido. Penina decide ajudar e aceita se casar de mentira com um judeu ortodoxo que é gay e precisa de um casamento de fachada. Eis que o destino embaralha novamente o jogo e põe à sua frente Sam Klein¬feld: um homem rude, sexy, irresistível... e seu chefe! Agora ela terá que escolher entre o dever e o desejo, em uma história divertida, cheia de encontros desastrosos, cenas hilárias e emocionantes reviravoltas. Um romance repleto de encontros terríveis, situações inesperadas e uma dose generosa de paixão proibida.

Penina é uma jovem judia ortodoxa que segue fielmente a religião de sua família e os ensinamentos de seu povo. Desde sempre, foi ensinado à ela que uma uma mulher exemplar se casa cedo e gera muitos filhos. Quando descobre que é infértil, a jovem se vê totalmente sem chão e acreditando que está quebrada. 

Penina utiliza os serviços de uma casamenteira de seu povo e a mulher só arruma encrenca para a moça, alegando que ela deve agradecer muito por ainda ter homens dispostos a se encontrar com ela, visto seu pequeno "problema". Ela aceita isso como certo, que não merece muito em termos de parceiro, até conhecer Sam.

Os dois se conhecem de maneira bem vergonha alheia no hospital que Penina realiza trabalho voluntário e depois ele acaba se revelando o novo chefe dela. Sam não é da mesma religião, mas faz o coração da moça acelerar. Será tão errado assim viver um amor que vai contra as regras que ela resolveu seguir?

Este livro é uma comédia romântica divertida, com um casal que tem muitas interações cheias de provocações. De começo Sam até tenta manter distância da sua funcionária, mas Penina com sua língua afiada o deixa sempre de pernas bambas e o rapaz, mesmo disfarçadamente, acaba investindo na moça. 

Ele age como um "amigo" e assim vai conhecendo Penina aos poucos. Quando ele percebe o quanto ela se deixa ser conduzida pele obrigações da religião e pela crença que é defeituosa por não poder ter filhos, ele faz de tudo para abrir os olhos da jovem e mostrar que ela não está totalmente certa em agir e pensar como costuma fazer. 

Sam literalmente surta quando descobre que Penina vai casar de mentira, com um homem gay e da mesma religião dela, para obter dinheiro e ajudar a irmã a pagar uma dívida. É o limite para Sam, que encosta Penina na parede e exige que ela seja feliz e se coloque em primeiro lugar na própria vida. 

A dinâmica dos dois é ótima e eu me apaixonei por Sam. Não dá para deixar de ficar caidinha por um homem que faz de tudo para que uma mulher enxergue que tem muito valor e a incentiva a lutar por sua felicidade. 

Eu torci muito para ela ouvir os conselhos dele, eu surtava cada vez que via Penina se diminuir ou seguir cegamente as crenças que a família e a religião impunham. Não consigo entender isso! Sinceramente, me incomodam essas atitudes que beiram fanatismo. Quer acreditar em algo, ótimo, sem problemas. No entanto, seguir regras que não lhe fazem feliz, te limitam, tiram sua liberdade... Isso eu não entendo. 

E além disso, eu que não tenho desejo nenhum de ter maternidade como parte de minha vida, fiquei triste de ver uma mulher ser julgada como "defeituosa" por sua infertilidade. Para mim, ser mãe não é determinante para felicidade e nem determinante para mostrar se uma mulher é adequada ou bem realizada. Até sei que para algumas isso é um sonho de vida, mas sinceramente, não acho que isso seja o que nos define. Respeito as escolhas de cada um, mas me entristeço muito ao ver alguém na mesma situação que Penina. 

Ainda bem que tinha um Sam logo ali para abrir os olhos dela e fazê-la ver que há caminhos alternativos para realizar sonhos. Além disso, Penina tem uma irmã caçula revolucionária, que acerta em cheio com sua opiniões e gritos de liberdade. 

Para mim foi uma leitura de muita reflexão. A protagonista é totalmente contrária ao que acredito e a maneira como encaro a vida. Foi bom sair da minha zona de conforto de ler livros com protagonistas com as quais me identifico e admiro. Já o mocinho, esse foi do jeito que adoro ver em romances. 

Um Amor Nada Tradicional vai impactar os leitores de maneira diferente dependendo das crenças e ideais de cada um e tem uma história super indicada para estar nas telas. Uma comédia romântica que traz surpresas inesperadas e um desfecho alegre. 




2 comentários:

  1. Adorei conhecer o livro, é bem o tipo de história que eu gosto de ler! <3

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  2. Adoro uma história de casamento falso rsrsrss
    Achei a premissa bem interessante e gostei muito da sua resenha!

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