[Resenha] Lore Olympus - Histórias do Olimpo: Volume 3

Lore Olympus - Histórias do Olimpo: Volume 3

Título Original: Lore Olympus: Volume Three (#3)

Autor(a): Rachel Smythe

Editora: Suma                        Páginas: 384

Lançamento: 2023                 Romance, Mitologia, Quadrinhos

Tradução: Érico Assis

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No terceiro volume da premiada série de Rachel Smythe, Hades e Perséfone lutam contra seus desejos cada vez mais fortes e inevitáveis. Best-seller do New York Times e ganhador do Prêmio Eisner, Lore Olympus é fenômeno absoluto do Webtoon e o quadrinho mais lido do mundo atualmente. No Olimpo e no Submundo só se fala do que anda rolando entre o Deus dos Mortos e a vistosa filha de Deméter. Em meio a tanto fuxico, Hades e Perséfone têm muita coisa a resolver nas suas vidas. Desde que chegou ao Olimpo, Perséfone se esforça para ser a jovem deusa e donzela perfeita. A atração que sente por Hades só deixou mais pesado o fardo que é cumprir as expectativas de todos. Depois do abuso que sofreu, ela teme não conseguir encobrir a mágoa e o amor intensos que tanto lutou para esconder. Enquanto Perséfone reflete sobre o futuro, Hades luta contra seu passado e reata a relação tóxica que tinha com Minte. Conforme a pressão e o frenesi ― da família, dos amigos, dos inimigos ― aumentam, tanto Hades quanto Perséfone tentam calar seus desejos cada vez mais evidentes. Mas a tentação é forte e a atração é magnética. É destino. Ganhador dos prêmios Eisner e Harvey e finalista do prêmio Hugo, Lore Olympus é fenômeno absoluto na plataforma Webtoon e reúne fãs no mundo todo. O terceiro volume da série traz os episódios 50 a 75 do webcomic, além de um conto exclusivo e inédito.

Uma abordagem diferente dos deuses do Olimpo. É uma versão moderna de Hades, Perséfone, Apolo e outros mais. Tem romance, tem humor intrínseco, mas também aborda temas mais sérios que podem ser um gatilho para determinadas pessoas (abuso sexual e psicológico). Então fica o alerta. 

É uma história que me fisgou desde o primeiro volume e ganhou totalmente meu coração no segundo. Nem preciso dizer que estava curiosa para saber como seguiria o desenvolvimento da relação de Hades e Perséfone nesta continuação. 

Hades e Perséfone se conheceram de maneira inusitada no primeiro volume e logo rolou aquela conexão. Ele, tão forte, poderoso, cínico e sedutor. Ela tão protegida pela mãe, ingênua, dando passinhos de bebê no mundo real e sofrendo consequências por ser tão inocente e crédula.

Nesse volume, Perséfone foi trabalhar no reino de Hades. É divertido ver que para ele está difícil ser apenas o chefe, não conseguindo deixar de lado seu jeito sedutor e protetor. Contudo, acaba metendo os pés pelas mãos na maior parte do tempo.

O Hades adora a Perséfone, mas vamos combinar que apesar de colocar medo em todo mundo sendo quem é, na real quando se trata e amor, é um covarde. 

Ele não tem coragem de encarar o que sente por ela e opta pelo caminho da fuga, assumindo um compromisso com uma mulher tóxica que não gosta, apenas para evitar enfrentar seus reais sentimentos por Perséfone.

Já Perséfone, parece que tem mais coragem de abrir o coração, mas quando vê que Hades colocou outra mulher na jogada, finge que ambos só podem ser amigos. Ela está caidinha por ele,  mas vendo que ele a está evitando, tenta se convencer que não sente nada, que não foi feita para relacionamento e romance. 

É tão óbvio que os dois estão apaixonados.  Até quando vão resistir?

O pior é que nos bastidores têm muita gente tramando contra, querendo impedir esse casal, Intrigas, armações e fofocas da vida alheia não faltam na história. Amigos e inimigos são difíceis de separar. E eu gosto desse aspecto, pois se o romance se resolvesse fácil, não teria graça. 

Hecate que trabalha para Hades tenta ajudar e amo suas intervenções. É umas das minhas personagens preferidas. Ácida e sem papas na língua.

E enquanto os dois não se acertam, dá para perceber que Perséfone precisa de um ombro amigo e aí entra outro deus para ouvi-la. Finalmente Perséfone consegue conversar com alguém sobre o que Apolo fez com ela. 

É um trauma que ela não sabe como lidar e sofre. Além disso, novamente a autora reforça o abuso psicológico sofrido nas mãos da mãe. Esse volume não traz evolução no romance, mas explora mais as cicatrizes da protagonista.  É denso.

E foi ótimo a protagonista ter esse momento de desabafo, que a levou a refletir sobre sua vida. Finalmente Perséfone começa a pensar em futuro,  em uma vida que ela escolheu e não uma escolhida para ela. Neste volume ela cresce. Estou torcendo para ela se livrar da influência da mãe e seguir sua vida sem ter que dar satisfação para os outros. 

E não pensem que Hades ficou em segundo plano. A autora joga uma bomba no leitor perto do final, dando a entender que ele de alguma forma perdeu certas memórias. Parece que ele e Perséfone já tinha se conhecido antes do tal encontro que marcou o começo do primeiro volume. Será? E qual motivo de ambos nunca terem mencionado ou lembrado disso antes? Alguém fez algo para apagar esse acontecimento?

Agora é esperar o novo volume para respostas e para ver esse casal se entender. Recomendo!

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