[Resenha] Garota, 11

Garota, 11
Título Original: Girl, 11
Autor(a): Amy Suiter Clarke
Editora: Suma                        Páginas: 304 
Lançamento: 2021                 ISBN: 9788556511232
Tradução: Helen Pandolfi
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Uma apresentadora de podcast obcecada por um crime não resolvido. Um serial-killer que volta a matar garotas, vinte anos depois de ter desaparecido. A caçada começa agora. Elle Castillo é a apresentadora de um podcast popular sobre crimes reais. Depois de quatro temporadas de sucesso, ela decide encarar um caso pelo qual sempre foi obcecada ― o do Assassino da Contagem Regressiva, um serial-killer que aterrorizou a comunidade vinte anos atrás. Suas vítimas eram sempre meninas, cada qual um ano mais jovem que a anterior. Depois que ele levou sua última vítima, os assassinatos pararam abruptamente. Ninguém nunca soube o motivo. Enquanto a mídia e a polícia concluíram há muito tempo que o assassino havia se suicidado, Elle nunca acreditou que ele estava morto. Ao seguir uma pista inesperada, no entanto, novas vítimas começam a aparecer. Agora, tudo indica que ele está de volta, e Elle está decidida a parar sua contagem regressiva. “Além de impossível de largar, Garota, 11 é uma análise inteligente dos dilemas éticos envolvidos na narração de histórias de crimes reais, especialmente em podcasts.” ― The New York Times “A narrativa cheia de nuances de Clarke é viciante.”― Publishers Weekly

5,4,3,2,1…

Olá! Aqui é a Jô tentando descobrir quem é o assassino.

Elle Castillo é apresentadora de um podcast que aborda o tema “crimes reais”. Em seu programa, Justiça Tardia, ele reinvestiga crimes acontecidos, esquecidos e sem solução. Ela busca, trazendo especialistas, encontrar uma solução para tais crimes ao discutir teorias no ar.

O mais recente caso é o do Assassino da Contagem Regressiva, um serial killer que matava mulheres em ordem decrescente de idade, de maneira meticulosa e baseado em certos números. É um caso ocorrido há mais de vinte anos, mas que parece ser revivido quando Elle dá inicio a nova temporada de seu podcast.

A história é digna de interesse desde as primeiras páginas. O caso abordado se torna intrigante para o leitor facilmente pela forma que é narrado e pela forma como Elle tem um forte sentimento em relação a vontade de achar uma resposta para tais crimes.

A narrativa, em sua grande maioria, é apresentada em formato de entrevistas no podcast e isso a torna mais dinâmica e viva. Tive a sensação de ser uma das espectadoras da protagonista.

Ela não é uma simples apresentadora, é uma mulher com sede de justiça e de respostas. Casada com um médico legista extremamente amoroso, ela não consegue paz em uma vida caseira. Mergulhar neste universo de crimes hediondos parece ser a única coisa na vida que lhe dá suporte e força. Queremos entender o motivo de tanta sede, de tanto apego por tal tema para seu programa.

Os crimes do passado acabam por voltar a acontecer no presente e Elle se junta a polícia para ajudar na investigação. Ficamos nos perguntando se o antigo assassino voltou ou se é um imitador.

Não demora para o leitor saber a resposta, mas a protagonista e a polícia ficam perdidos, sem saber como lidar com a situação. Elle acredita ser a mesma pessoas e isso a leva a ser vista como desequilibrada enquanto mais pessoas vão desaparecendo e morrendo de maneira cruel.

É uma leitura que fluiu rápido, uma trama que intrigou na medida certa, sem dar respostas fáceis. A escritora solta migalhas de pão para o leitor e nos faz seguir um caminho que ela traçou com cuidado e muitas surpresas.

Foi excelente não apenas seguir Elle na reconstrução do passado e na busca por respostas, mas também ver que no presente a trama foi ficando mais complexa e a rede de assassinatos mais difícil de desvendar. Acontecem muitas coisas, são muitos aspectos para analisar e conectar. Um verdadeiro jogo de detetive.

E há também boas reviravoltas, a melhor delas ligada a protagonista. Falando nela, pensem numa pessoas irritantemente sem noção de perigo, que pela verdade arrisca sua vida e não pensa em si. Eu me vi irritada, de um jeito bom, com a forma que ela se atirava nas situações e insistia em suas teorias.

Elle é uma personagem produtiva, bem construída e que poderia estrelar toda uma série de livros de investigação criminal.

Garota, 11, cumpre bem seu papel de entregar uma história de serial killer interessante de investigar, com um bom pano de fundo emocional e leves críticas sociais sobre sensacionalismo.

Apesar de ser a heroína da história, Elle também é abordada como causadora de certos problemas, como incentivadora do próprio criminoso e até mesmo uma pessoa sem ética. Fica a questão de ver até onde seu tipo de programa, celebrado por ela como um serviço para sociedade, pode ser útil ou nocivo. Vale muito a pena a reflexão sobre o tema.

Um livro que gostei de ler, que me prendeu fácil e deixou com vontade de ler mais trabalhos de Amy Suiter Clarke.  


6 comentários:

  1. Oi Cida, eu gostei demais desse livro também, me prendeu muito e olha que ultimamente isso não é uma tarefa fácil rsrsrs

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  2. Oi, Jô! Tudo bom?
    A Bibs leu esse livro e gostou, mas com ressalvas. Ultimamente todo thriller tá me fisgando bastante, então quero muito conferir essa história; gostei do fato de lidar com podcasts de true crime, que tão super em alta (a personagem irritante de burra a gente ignora UHUHASUHSAUHSA)

    Beijos, Nizz.
    www.queriaestarlendo.com.br

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  3. Ai eu tinha visto algum booktuber comentar desse livro e fiquei super curiosa com a proposta! Obrigada pela resenha, já adicionei o livro na minha lista de desejos \o/

    http://brenshelf.blogspot.com

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  4. Oie,
    Eu não conhecia esse livro, mas ele acabou de entrar para a minha lista de futuras leituras, achei ótima a premissa da história e a reflexão que ela traz sobre o sensacionalismo.
    Beijo, Blog Apenas Leite e Pimenta ♥

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  5. Olá, Jô.
    Eu peguei o ebook desse livro no Netgalley e assim que der eu vou ler ele. Eu acho a escolha da narrativa muito interessante e espero não encontrar dificuldades para ler no ebook hehe.

    Prefácio

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  6. Eu quase solicitei esse livro, mas desisti kkkkkkk Agora meio que me arrependo porque parece que a história iria me agradar bastante.
    Beijos
    Balaio de Babados

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