[Resenha] O Menino do Pijama Listrado

O Menino do Pijama Listrado
Título Original: The Boy in the Striped Pajamas
Autor(a): John Boyne
Editora: Seguinte                 Páginas: 192
Lançamento: 2007             ISBN: 9788535911121
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Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz idéia que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e para além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.
Oi! Aqui é a Jô! Vem ler esse drama comigo.

O Menino do Pijama Listrado é um drama ambientado durante a Segunda Guarra Mundial, escrito pelo autor John Boyne.

Este livro ficou um bom tempo na minha lista de leituras desejadas, mas eu protelei a leitura por anos desde que uma pessoa muito falante me deu o spoiler sobre o final da história. Eu abomino spoilers e fui agraciada com este prêmio. Ainda assim, mesmo com esta bomba, a vontade de conferir a história permaneceu e eu resolvi ler este ano.

A narrativa é toda pelo ponto de vista de uma criança, de um garoto com pouco menos de dez anos que se vê obrigado a deixar Berlim e se mudar com a família para um lugar ermo e estranho.

Bruno não se conforma que o trabalho do pai obrigue toda a família a largar a cidade grande, os amigos e o conforto para viver em um local onde estão apenas eles, soldados do exército e pessoas diferentes, pessoas atrás de uma cerca vestindo pijamas listrados.

O pai de Bruno é um alto comandante do exercito do “Fúria” e recebeu do mesmo a ordem de “cuidar” daquelas pessoas de pijamas atrás das cercas, nos campos localizados em  “ Haja Vista”.

As referencias e nomes podem soar estranhas, mas são assim que nos são apresentadas pelo garoto Bruno, que não entende corretamente a pronúncia, a realidade que o cerca e o que o trabalho do pai significa. O pequeno nem ao menos entende quem são as pessoas de pijama listrado.

Bruno de começo não é uma criança agradável. É mimado. Suas atitudes meio  birrentas incomodam, pois parecem fúteis num cenário como aquele. No entanto, passando um tempinho com ele, reconhecemos um garoto que ainda é muito ingênuo e inocente, que não fala e faz o que faz por maldade.

A linguagem da obra é de acordo com a idade de seu narrador, não esperem algo detalhado e maduro. É uma narrativa simples, mas objetiva. E não simples no sentido de pobre, mas de ser direta e sem as máscaras que um narrador adulto colocaria. 

Ainda assim, apesar de a criança não ver a gravidade do que o cerca e não nos apresentar o que de pior aquele lugar foi para a humanidade, a história impacta e choca. Dá uma agonia gigante saber quem são as pessoas de pijama e o que as espera.

Neste cenário, Bruno se aventura ao longo da cerca que priva aquelas pessoas de pijama da liberdade e faz amizade com um garoto de sua idade que usa o tal pijama. Os dois apenas conversam, cheios de inocência e  ignorância, nem imaginando o que está acontecendo.

Isso leva ao desfecho que achei totalmente horrível e doloroso, ainda mais por saber que poderia ter sido evitado em partes, pois Bruno foi mantido às cegas. Acredito que por mais que fosse jovem ele deveria ter sido esclarecido sobre o real trabalho do seu pai, sobre o que era aquele lugar que vivia e quem eram as pessoas do pijama listrado. Foi um absurdo o garoto ser mantido na escuridão, ao ponto de ele não saber avaliar a vida que vivia.

Eu sabia o final, me deram o spoiler, mas fui surpreendida. Em primeiro lugar, pela forma como o final se deu e em segundo por não ter sido avisada do desfecho completo. Eu senti muita pena, fiquei frustrada e de coração na mão. Boyne é um autor que sabe escrever com delicadeza e sensibilidade, mas ainda assim marca seu leitor com uma tragédia que mancha a história da humanidade, que fez um dia o mundo saber que o ser humano pode ser muito bom, mas se quiser pode ser também cruel e perder sua humanidade. Não deixem de ler.








10 comentários:

  1. eu só vi o filme e desde entao fiquei super curiosa pra ler o livro tbm que tem uma história bem emocionante

    www.tofucolorido.com.br
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  2. Oi Cida!
    Eu assisti apenas ao filme e gostei bastante, mas a obra em si não me atrai. A escrita desse autor sempre me trava. Tentei a experiencia com ele em outros dois livros e ambos abandonei, infelizmente. Mas de fato que deve ser emocionante. O filme em si ja é.

    Abraços
    Emerson
    http://territoriogeeknerd.blogspot.com/

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  3. Oi Cida,
    Ainda tenho muita vontade de conhecer a história do Bruno. E também assistir o filme.
    Uma pena sobre spoiler. Aconteceu o mesmo comigo com A Culpa é das Estrelas.

    até mais,
    Canto Cultzíneo

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  4. Oi Cida, tudo bem? Sabe que até hoje não tive coragem de ler esse livro? Preciso criar coragem e enfrentar essa história mega sensível!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  5. Oi Jô e Cida,
    Eu sou um ET, mas nunca li e nem assisti ao filme dessa história.
    Eu sei, deveria arriscar por ser uma obra icônica, quase um clássico, mas sei que vou ficar mal, então sempre vou adiando, sabe? Preciso conferir no momento certo.
    Beijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

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  6. Olá, Jô.
    Esse é um dos meus livros favoritos da vida. Eu amo como a inocência transborda pelas páginas, em um cenário tão cruel como o da Segunda Guerra. Me encantei com os personagens e o final apesar de doloroso infelizmente é a realidade de muitos que viveram durante esse período.

    Prefácio

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  7. Oi Cida,

    Lembro que fiquei impactada com esse livro quando li.
    É uma história muito triste e infelizmente realista naquela época.

    Bjs e uma boa semana!
    Diário dos Livros
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  8. Eu nunca li o livro mas vi o filme. Em todo desenvolver da história o meu coração doía, parecia que eu já sabia o fim, foi incrível assistir e horrível ao mesmo tempo. Ainda não superei.

    Um minuto para o cosmo

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  9. Oi Jô, tudo bem?
    Eu assisti ao filme anos atrás e achei tão triste que nem quis ler o livro.
    Mas, comparando o filme com sua resenha do livro, concordo com tudo! É doce ver a amizade das crianças, mas o gosto do final é totalmente amargo e cruel.
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

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  10. Oiieee Cida

    Esse é um dos meus eternos pendentes, todo mundo elogia muito, e eu morro de medo de pegar spoiler do final porque quero ler esse livro à cegas, sem saber nada pra me surpreender mesmo.

    Beijos

    www.derepentenoultimolivro.com

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