Stalker
Título Original: I Can Be A Better You
Autor(a): Tarryn Fisher  
Editora: Faro                        Páginas: 256
Lançamento: 2018               ISBN: 9788595810471
Ela não quer ser igual a você. Ela quer a sua vida. Quando Fig Coxbury compra uma casa na West Barrett Street, sua maior motivação não é o amor pelo bairro, ou ter se apaixonado pelo imóvel. É para ficar mais próxima de tudo o que ela deseja: o marido, a criança e a vida que pertence a outra pessoa. Com os olhos fixos na família Avery, Fig se insere gradualmente na rotina de Jolene, Darius e sua filha, Mercy. E não para por aí… Fig invade a privacidade familiar, e logo acredita que pode assumir, definitivamente, o lugar de Jolene. Ela persegue. Copia. Manipula. Cobiça. Usa táticas e cenas a cada momento. Toda stalker tem um objetivo. Para Fig, nada deve ficar em seu caminho. E SE VOCÊ DESCOBRISSE QUE ESTE LIVRO É BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL?
Tarryn 
Fisher é uma autora que sempre consegue me deixar impressionada 
com suas histórias imprevisíveis. Eu gosto da forma como ela não se preocupa em 
apresentar aos leitores personagens bonzinhos e adoráveis. Na verdade, ela cria 
personagens realistas, onde cada um é um pouco bom e um pouco ruim. Na maioria 
das vezes possuem mais defeitos do que qualidades que os enalteçam. Eu sempre os 
acho muito convincentes e genuínos, são retratos de pessoas comuns, que podemos 
ter por perto e conviver diariamente. Quem sabe, até possa haver um pouco de nós 
em um deles. 
Imaginem então quando vi que 
Stalker é baseado em algo que a 
própria autora passou? Se sempre achei as suas histórias tão próximas da 
realidade, fiquei mais do que curiosa para ler esta que de fato traz algo que 
ela viveu. Então, o que temos aqui? 
Fig 
Coxbury é uma mulher com sérios problemas psicológicos e este 
aspecto a torna uma pessoa obsessiva, instável, extremante desconfiada e que 
acha que é sempre a vítima, a única dona da verdade. Segundo médicos, ela tem a 
personalidade de um psicopata. 
Fig perdeu um bebê e isso a deixou ainda mais perturbada. Quando vê na cidade uma jovem mãe e sua filhinha, coloca na cabeça que aquela criança é uma reencarnação da filha perdida e passa a seguir as duas e ficar de tocaia na frente da casa da família.
Fig perdeu um bebê e isso a deixou ainda mais perturbada. Quando vê na cidade uma jovem mãe e sua filhinha, coloca na cabeça que aquela criança é uma reencarnação da filha perdida e passa a seguir as duas e ficar de tocaia na frente da casa da família.
Jolene, Darius e a filha Mercy, nem imaginam que estão sendo observados, 
que são o objeto de desejo de uma mulher fora da razão. Fig chega ao ponto de 
comprar a casa ao lado da do casal e com isso consegue se aproximar deles 
fingindo ser a boa vizinha. Só que seu comportamento é estranho, ela gosta de 
causar intrigas e tentar de tudo para ser Jolene, ter tudo que a moça possui, 
especialmente sua filha e o marido. Até onde Fig estaria disposta  para 
conseguir o que desejava?
A narrativa é dividida em três partes, 
a psicopata, o sociopata e a escritora, cada uma narrada por um 
personagem, o que permite ao leitor não apenas entendê-los melhor, mas também 
ter diferentes perspectivas da  situação. 
A primeira parte, A Psicopata,  é 
pela voz de Fig e foi simplesmente angustiante seguir aquela pessoa 
transtornada. Por mais que saibamos que ela tem problemas, Fig não consegue nos 
comover ou fazer comprar sua causa. É uma personagem bem construída, profunda e 
nada confiável e, para mim, muito detestável. Cada acontecimento que narra, cada 
momento que vive, parece que não é de todo verdade, que ela está mascarando algo 
ou mesmo vendo de maneira errada. 
Nesta parte da narrativa, que detalha bem 
cada segundo da perseguição dela a Jolene (roupas iguais, fotos iguais, ir nos 
mesmo lugares, decorar a casa da mesma forma, assumir os sonhos da outra como 
sendo seus e muito mais neste sentido) e as maquinações para ter seus desejos atendidos, o que mais 
me deixou desconfiada é que eu não me convencia que as pessoas eram como Fig as 
via. Eu tinha a impressão que aquelas imagens estavam distorcidas e, talvez, ela 
não fosse a única ali assustadora e capaz de fazer mal.    
Na segunda parte, O Sociopata, a 
narrativa é pela voz de Darius e consegui tirar muitas dúvidas em relação aos 
personagens e se de fato as atitudes de Fig passavam despercebidas e conseguiam 
enganar os outros. Darius foi uma surpresa, conseguiu ir além do que eu esperava 
e não pensem que de um jeito bom. Que sujeito! 
E a terceira parte, A Escritora,  
é narrada por Jolene e foi a minha preferida. A parte de Fig é muito boa e 
envolvente, com certeza a mais intrigante, mas Jolene foi a personagem que eu 
gostei e fiquei bem contente de ver a história por seu lado. Nesta parte, não 
achei que haviam mais tantos disfarces, as coisas de fato estavam mais claras. 
Ainda assim, temos situações que causam angústia e ansiedade, pois não 
imaginamos como será o desfecho. 
Stalker me proporcionou uma leitura intensa 
e de sentimentos conflitantes. A obra traz uma história perturbadora,  de muitos 
sentimentos  e nos deixa apreensivos a cada página. É um suspense psicológico 
intenso, que mostra um lado obscuro da mente humana e como as pessoas podem ser 
perigosas e assustadoras mesmo quando estão com um grande sorriso no rosto. A 
obra mostra que não conhecemos ninguém de verdade, que ninguém é quem parece 
ser. Não nego que terminei de ler assustada, revendo com profundidade o conceito 
de confiança. 
O desfecho não foi de todo conclusivo na 
minha opinião, mas por tratar-se de algo que a autora viveu, eu quero acreditar 
que mesmo após tantas reviravoltas terríveis, as coisas tenham se ajeitado no 
final.  Eu gostei bastante, um filme baseado na obra seria excelente.  

















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Oi Cida! Quando li a primeira resenha desse livro me senti impulsionada a ler, afinal de contas são tantos segredos e dúvidas que só resta ficar curiosa, mas o meu lado mais medroso falou mais alto e me disse pra não embarcar na história, porque eu iria ficar apavorada, olhando para todos os lados, desconfiando de tudo e todos, mas te digo que agora que sei que foi algo pelo qual a autora passou fiquei ainda mais curiosa. Será que leio?!
ResponderExcluirBeijos, Adri
Espiral de Livros
Oie Cida =)
ResponderExcluirNossa! Lendo a sua resenha deu para sentir toda a tensão presente na narrativa. Eu confesso que tenho um pouco de medo desse tipo de coisa, até porque já vi uma pessoa próxima a mim passar por uma situação parecida e foi bem complicado.
Parece ser uma livros bem interessante que prende a nossa atenção do começou ao fim. Fiquei com um pouco de receio, por não ser um gênero que eu leio, mas não nego que também fiquei curiosa.
Beijos;***
Ariane Reis | Blog My Dear Library.
Oi Cida! Vi muitas resenhas positivas da obra e acho que ficarei paranoica depois da leitra, mas tudo bem kkkkkkkkkk
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Oi Cida, gosto de livros imprevisiveis, são ótimos, porém este é um livro que não leria, a carga emocional proporcionada ao leitor é muito grande.
ResponderExcluirParabéns pela resenha!
Beijos Mila
Daily of Books Mila
Oiii Cida
ResponderExcluirQue loucura a autora ter passado por isso tudo, eu sou mega curiosa com esse livro em parte por causa disso. Apesar do final, acho que é uma leitura que vou fazer, tem vários elementos que me chamam a atenção e creio que posso gostar.
Beijos, Ivy
www.derepentenoultimolivro.com
Oi, Cida!
ResponderExcluirChocada com esse lance da autora ter passado por algo parecido. Eu não tinha muita vontade de conferir mas agora com certeza vou ler
Beijos
Balaio de Babados
Olá, Cida.
ResponderExcluirEu já achei que ela não vai se livrar nunca da perseguidora hehe. Gostei bastante do livro principalmente por ter 3 narradores não confiáveis. Não sei qual dos três era pior.
Prefácio
Oi Cida,
ResponderExcluirEsse livro já entrou no carrinho da Amazon e saiu umas 3 vezes, rs.
Eu gosto da Tarryn, já li uma obra dela e foi bem legal, então ainda não desisti dela.
Quero ler em breve!
beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/