Moxie
Título Original: Moxie
Autor(a): Jennifer Mathieu
Editora: Verus Páginas: 288
Lançamento: 2018 ISBN: 9788576866824
Vivian Carter está cansada. Cansada da direção da escola, que nunca acha que os jogadores do time de futebol estão errados. Cansada das regras de vestuário machistas, do assédio nos corredores e dos comentários babacas dos caras durante a aula. Mas, acima de tudo, Viv está cansada de sempre seguir as regras. A mãe de Viv era dura na queda, integrante das Riot Grrrls nos anos 90. Inspirada por essas histórias, Viv pega uma página do passado da mãe e cria um fanzine feminista que distribui anonimamente para as colegas da escola. É só um jeito de desabafar, mas as garotas reagem. Logo Viv está fazendo amizade com meninas com quem nunca imaginou se relacionar. E então ela percebe que o que começou não é nada menos que uma revolução feminista no colégio.
Moxie, Quando as garotas vão à
luta, de Jennifer
Mathieu, foi um dos lançamentos de Verus do final de 2018 e posso dizer que foi um
livro que me surpreendeu totalmente.
Eu amo histórias passadas em ambiente estudantil e este foi o
primeiro motivo que me levou a me interessar pela obra e o outro foi vê-lo sendo
considerado um grito de guerra das garotas contra as restrições que tentam impor
ao sexo feminino.
Vivian Carter era
uma menina que preferia ser discreta na escola e não chamar a atenção, bem
diferente de sua mãe que na juventude foi considerada radical e feminista, uma
Riot Grrrl. Viv gosta de olhar as lembranças da mãe dessa época,
materiais guardados em uma caixa intitulada “minha juventude perdida” e que
alimentam uma possível Vivian rebelde, embora ninguém acredite que ela possa
existir.
Quando um grupo de garotos humilha uma colega na classe e Viv
se dá conta que eles sempre se safam, sejam por serem garotos ou mesmo por serem membros
do time esportivo da escola e um deles filho do diretor. O fato é que a direção
da escola sempre protege os meninos e persegue as garotas. É uma organização
extremamente machista e injusta e isso faz a garota desejar tomar uma
atitude. Então ela cria a Moxie.
Moxie é uma zine (como um jornalzinho) que Vivian confecciona
e distribui secretamente na escola. Ali, naquelas páginas, ela critica as mais
recentes injustiças praticadas contra garotas em sua escola e aponta logo os
culpados e a falta de atitude das pessoas em relação a isso.
No começo a
publicação não chama muita atenção, mas consegue alguns fãs. No entanto, não
demora a reunir mais e mais meninas, ao mesmo tempo que a escola as agride mais
e mais psicologicamente e os meninos, em alguns casos, fisicamente. Moxie se
torna um movimento, um grito de guerra.
Vivian vive em uma cidade do Texas muito conservadora e para
algumas meninas é dificil agir contra um sistema onde elas não têm voz e espaço,
onde devem ser apenas dóceis e submissas. Assim, Moxie vai entrando nestas
mentes aos poucos e Viv, mesmo secretamente, se vê dividindo sua ideia de
maneira lenta, mas eficaz. A zine passa a ser de todas , não apenas dela.
A obra é inspiradora do começo ao fim. Abre os olhos para
relacionamentos e comportamentos abusivos e mostra que a união faz a força e que
todos somos seres humanos com direitos iguais, independente de raça ou sexo. É
uma obra sobre igualdade e até mesmo desmistifica alguns aspectos de ser
feminista, como exemplo de que uma mulher assim é meio avessa aos homens. A
autora equilibra a luta de Vivian com um romance, um garoto legal que a entende
e não acha que mulheres devem ser dominadas. Na verdade, defender seus direitos
não é um gesto de ódio. É uma busca por respeito.
Uma leitura muito envolvente e empolgante. Eu me sentia parte
da história, dividindo com aquelas garotas sua luta e torcendo muito para que
conseguissem ter seus direitos respeitados. Eu tinha vontade de dar um chute no
traseiro daquele diretor e do filho babaca dele, de brigar por cada menina
daquela escola.
A obra é inteligente, de fácil leitura e com um conteúdo
muito atual. Acredito que seja uma leitura indicada para todas as idades, mas em
especial para os adolescentes. Eu adoraria ter tido esta obra em minha juventude
para me ajudar a abrir os olhos para coisas que pareciam inofensivas, mas que
hoje vejo como sendo nocivas e disfarçadas com brincadeiras e meias palavras.
Nós acabamos por aprender, cedo ou tarde, mas quanto antes melhor.
Moxie sabe passar sua mensagem, conversa com o leitor e nos
prende do começo ao fim com seu carisma. A Vivian é uma personagem cativante,
assim como boa parte de seus amigos e a família. É uma garota real, assim como
toda a história, que é bem convincente e autêntica. Recomendo!
É muito bom quando o livro nos trás reflexão. Sinceramente eu era igual a personagem não gostava de chamar atenção, mas com o tempo eu percebi que me expressar seria o melhor caminho a seguir. Como é um livro focado para adolescentes eu não vou ler no momento, mas irei recomendar pra gente gosta do gênero. ❤
ResponderExcluirwww.depoisdaleitura.com.br
Oi Cida, tudo bem?
ResponderExcluirAmei a dica e amei a proposta, de ser um livro curto e voltado ao público mais jovem com temas tão importante. Isso me faz botar fé nas futuras gerações, sério!
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Oi, Cida! Tudo bom?
ResponderExcluirEu queria ter lido essa história quando era adolescente. É o tanto que amei esse livro e considerei ele importante; é o tipo de trama que deveria estar nas estantes de todo mundo porque é tão rápido, fácil e IMPORTANTE <3
E agora vai ter filme aaaaaaaaaaaa
Beijos,
Denise Flaibam.
www.queriaestarlendo.com.br
Oi Cida, eu não conhecia a obra, mas agora que vc me apresentou confesso que estou morta de curiosidade! Quero conferir sim!
ResponderExcluirBjs, mi
O que tem na nossa estante
Oi, Cida!
ResponderExcluirEu estava com pé atrás com o livro, mas depois da sua resenha acho que seria uma ótima experiência. E eu sou apaixonada por essa capa.
Beijos
Balaio de Babados
Oi Cida,
ResponderExcluirEu estou bem curiosa pra ler esse livro, ainda mais agora depois de conhecê-lo melhor pela sua resenha. Adorei toda ideia da Vivian e fiquei curiosa pelos caminhos que se dá. E tb estou ansiosa pela adaptação da Netflix.
até mais,
Canto Cultzíneo
Olá, Cida.
ResponderExcluirEstou doida para ler esse livro. Acredito que eu também teria amado ler um livro assim nessa idade. Mas sempre é tempo. As pessoas não entendem que o que queremos é apenas respeito e igualdade. Nada mais que isso.
Prefácio