[Resenha] Um Acordo e Nada Mais

Um Acordo e Nada Mais
Título Original: The Arrangement (The Survivors' Club #2) 
Autor(a): Mary Balogh
Editora: Arqueiro                 Páginas: 304
Lançamento: 2018               ISBN: 9788580418798
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Embora Vincent, o visconde Darleigh, tenha ficado cego no campo de batalha, está farto da interferência da mãe e das irmãs em sua vida. Por isso, quando elas o pressionam a se casar e, sem consultá-lo, lhe arranjam uma candidata a noiva, ele se sente vítima de uma emboscada e foge para o campo com a ajuda de seu criado. No entanto, logo se vê vítima de outra armadilha conjugal. Por sorte, é salvo por uma jovem desconhecida. Quando a Srta. Sophia Fry intervém em nome dele e é expulsa de casa pelos tios sem um tostão para viver, Vincent é obrigado a agir. Ele pode estar cego, mas consegue ver uma solução para os dois problemas: casamento. Aos poucos, a amizade e o companheirismo dos dois dão lugar a uma doce sedução, e o que era apenas um acordo frio se transforma em um fogo capaz de consumi-los. No segundo volume da série Clube dos Sobreviventes, você vai descobrir se um casamento nascido do desespero pode levar duas pessoas a encontrarem o amor de sua vida.
A guerra os marcou profundamente. Alguns deles estiveram lá lutando com suas próprias mãos, outros perderam pessoas queridas. De uma forma ou de outra, eles carregam cicatrizes. Eles são os membros do Clube dos Sobreviventes. Em Um Acordo e Nada Mais vamos conhecer mais profundamente Vincent Hunt, o visconde Darleigh.

Vincent, com pouco menos de 25 anos, já é um visconde. Ele herdou o título de um parente distante e não sabe bem como ser o senhor de sua fortuna ainda tão jovem. No entanto, não é apenas a idade que o intimida, sua condição física também é um obstáculo. Vincent ficou cego na guerra.

Na verdade não é bem a cegueira que o impede de fazer as coisas, mas sim a forma como sua mãe, avó e irmãs o tratam. Para elas, o jovem precisa de cuidados e limites, não o deixam dar um passo sem orientação. Mas Vincent sabe se virar muito bem, apenas lhe falta coragem para falar que elas não precisam se preocupar tanto. Ele teme ferir as pessoas que o amam. Assim, o rapaz segue sendo conduzido pela mulherada  da família até o dia que elas arrumam uma noiva para ele e a situação chega no limite.

Vincent foge. Ele precisa de espaço para pensar na melhor maneira de ser o senhor de si mesmo e acaba voltando para a pequena cidade onde nasceu e nem imaginava ser um visconde um dia. Ali ele foi apenas um garoto travesso e acredita que de volta as raízes pode encontrar o rumo. No entanto, acaba encontrando uma esposa.

Sophia Fry nasceu uma dama, mas sempre será a dama pobre de uma família de posses. Órfã, vive na casa de tios de maneira invisível, observando como uma ratinha e se surpreende quando Vincent a pede em casamento. Não é uma proposta de amor, ele quer ajudar a pobre moça e vê nela a pessoa ideal para ajudar a escapar das garras da família. Um acordo, nada mais, só que não…

Nós que lemos muitos romances, bem sabemos que estes casamentos por acordos acabam não sendo um acordo até o final. Cedo ou tarde o casal acaba se apaixonando e o negócio é desfeito com beijos e o sonho de um final feliz. É um desfecho certo, mas o caminho até lá nem sempre é fácil.

Sophia e Vincent, desde o começo, sentem um pelo outro uma grande afeição, admiração e respeito. A relação deles é fácil e o casamento de muito companheirismo, mesmo sendo de conveniência. No entanto, ambos acabam se admirando tanto um com o outro, apreciando tanto os momentos juntos, que logo pensam que o casamento com prazo de um ano de duração possa se estender. Só que pensam isso com eles mesmos, não conversando sobre esta expectativa e com isso sofrendo por antecipação pelo final planejado.

É gostosa a relação de ambos, muito amistosa e de descobertas. Os dois sendo muito jovens são sonhadores, possuem muita inocência, não são calejados pela vida. O que realmente impede que sejam totalmente realizados são as inseguranças pessoais. Ela, com sua baixa auto estima e ele com os ataques de pânico por ser cego e o medo de nunca ser independente. São estes aspectos de suas vidas que impedem uma felicidade genuína, mas ajudando-se vão conseguindo se firmar e superar pouco a pouco as dificuldades.

Mary Balogh não é uma autora que busca nos apresentar romances fofos e divertidos, suas histórias são sempre pontuadas por certo drama e os personagens são sérios e muitas vezes traumatizados. Neste segundo volume da série O Clube dos Sobreviventes ela manteve-se fiel a este princípio, mostrando uma dupla de protagonistas que sofreu e precisa recomeçar, que precisa recuperar a fé em si mesmos. Não é uma história triste, é na verdade de esperança e motivação. Comparando com o livro anterior – Uma Proposta e Nada Mais-, achei este menos romântico, já que dá mais destaque para a jornada individual dos personagens, mas ainda assim o romance sutil é reconfortante.

O casal é adorável. Vincent e Sophia são pessoas encantadoras e que juntos parecem duas crianças descobrindo o mundo. É tão gostoso vê-los se encontrando e encontrando prazer nas pequenas coisas, acho que mesmo na conveniência, acabaram sendo feitos um para o outro.

Os outros membros do clube apareceram bastante neste volume e eu fiquei mais curiosa ainda para saber como serão seus livros, em especial o de Flavian e Ben. A participação deles na história de Vincent foi bem positiva e cheia de ternura.

Em suma, Um Acordo e Nada Mais, foi uma leitura que gostei muito de fazer. Eu estava com saudades da escrita de Balogh, de seus dramas e suas histórias tocantes. Eu torci do começo ao fim por Vincent e Sophia e, mesmo que o romance não seja daqueles de tirar o fôlego, a história não é apenas de amor, é de superação e foi exatamente por este aspecto que amei. 


13 comentários:

  1. Oi Cida,

    Não li nada da autora até agora acredita? Mas tenho alguns livros já na lista para esse ano.
    Espero gostar da escrita da autora.
    Bjs e uma boa semana!
    Diário dos Livros
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  2. Oi Cida, tudo bem? Romance de época é meu gênero favorito, mas ainda não li os livros da Mary e saber que essa série tem esse caráter mais dramático inserido às histórias me interessa muito, acho que foge do comum em relação aos livros do gênero e isso é um bônus maravilhoso, conhecer um pouco mais sobre personagens que poderiam ser mais reais à época. Eu admito que gosto quando o romance se faz mais presente, apesar disso pretendo ler o livro.
    Beijos, Adri
    Espiral de Livros

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  3. Olá, Cida.
    Eu pretendo ler esse e o livro anterior esse ano. Na verdade estou com uma pulha de romances de época para ler aqui na estante hehe. Eu gosto desse clichê de fazer um acordo para se casar. Porque no fim eles acabam se apaixonado e percebendo que o outro seria a unica escolha mesmo hehe. E gosto desse tom mais maduro nos livros da autora. Assim que der vou ler eles.

    Prefácio

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  4. Amei sua resenha, esse livro sempre atrai comentários positivos, ainda não conheço, mas espero poder ler em breve!

    www.kailagarcia.com

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  5. Oi, Cida!
    Desse ano não passa as séries da Mary.
    Apesar da história, eu não curto muito as capas desses livros ><
    Beijos
    Balaio de Babados
    Concorra a quatro livros e mais um kit de marcadores no instagram

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  6. Oi Cida, tudo bem?
    Adorei a resenha, já coloquei na listinha pra esse ano!
    Blog Entrelinhas

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  7. Oi Cida!
    Eu acho as capas dessa série super lindas. Conhecia ela no evento de época da Arqueiro. Por não ser muito a minha praia, passou batido, mas ultimamente comecei a ler alguns romances de época e ta meta depois conhecer esse. Parece ser muito engraçado KKKK.

    Abraços
    David
    http://territoriogeeknerd.blogspot.com/

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  8. Oiii Cida

    A premissa já dá pra notar que trata de personagens mais sofridos e maduros mesmo, o protagonista cego me pareceu inovador, acho que nunca li nenhum romance de época com um mocinho nesse perfil. Achei bacana apesar de provavelmente conter uma boa carga dramática. Não sei se leria agora, ams acho que leria sim futuramente quando estivesse "no momento" para romances de época.

    Beijo

    www.derepentenoultimolivro.com

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  9. Oi Cida!

    Eu ouvi falar que a cor da capas dessa série combina com alguma coisa que acontece no livro. Eu tenho muito interesse em ler essa série, eu gosto quando os personagens são inocentes, mas não pode ser demais, rsrs.

    Até mais!

    www.depoisdaleitura.com.br

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  10. Oie Cida =)

    Eu gosto muito da escrita da Mary, por que acho ela mais madura no sentido sério quando comparada com os outros livros do gênero.

    Infelizmente ainda não tive a oportunidade de ler os livros dessa nova série lançada da autora pela Arqueiro, mas está na lista e espero ter oportunidade de ler em breve.

    Beijos;***
    Ane Reis | Blog My Dear Library.

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  11. Oi Cida,
    Ainda não conheço a escrita dessa autora, mas que ótimo que sua narrativa se diferencia das mais divertidas, pois seria bem chato se todos romances de época fossem iguais. Espero ler algo dela em breve.

    P.S.: Agradeço e muito pelas suas palavras lá no blog. Que 2019 seja um ano maravilhoso pra nós!

    até mais,
    Canto Cultzíneo

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  12. Oi, Cida

    Realmente esse tem menos romance, mas acho que combinou muito com o tom da história.
    Eu adorei o livro e também estou ansiosa pelos próximos, tomara que o terceiro fique pra mês que vem, pq teoricamente seria esse mês.

    Beijos
    - Tami
    https://www.meuepilogo.com

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  13. Oi, Cida

    Realmente esse tem menos romance, mas acho que combinou muito com o tom da história.
    Eu adorei o livro e também estou ansiosa pelos próximos, tomara que o terceiro fique pra mês que vem, pq teoricamente seria esse mês.

    Beijos
    - Tami
    https://www.meuepilogo.com

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