O Beijo Traiçoeiro
Com sua língua afiada e seu temperamento rebelde, Sage Fowler está longe de ser considerada uma dama — e não dá a mínima para isso. Depois de ser julgada inapta para o casamento, Sage acaba se tornando aprendiz de casamenteira e logo recebe uma tarefa importante: acompanhar a comitiva de jovens damas da nobreza a caminho do Concordium, um evento na capital do reino, onde uniões entre grandes famílias são firmadas. Para formar bons pares, Sage anota em um livro tudo o que consegue descobrir sobre as garotas e seus pretendentes — inclusive os oficiais de alta patente encarregados de proteger o grupo durante essa longa jornada. Conforme a escolta militar percebe uma conspiração se formando, Sage é recrutada por um belo soldado para conseguir informações. Quanto mais descobre em sua espionagem, mais ela se envolve numa teia de disfarces, intrigas e identidades secretas. E, com o destino do reino em jogo, a última coisa que esperava era viver um romance de tirar o fôlego.O Beijo Traiçoeiro (The Traitor's Circle #1), de Erin Beaty, publicado no Brasil pela Editora Seguinte, traz uma história de muita ação e intrigas, passada entre nobres, soldados e uma aprendiz de casamenteira muito esperta.
Sage Fowler nasceu de
um casamento que não foi aprovado e com isso vivia com os pais em um mundo a parte,
rejeitados pela família. Quando ela ficou órfã, foi acolhida na casa de um tio e
ali cresceu sendo tutora dos primos mais novos e sonhando em um dia ter um
emprego e poder se manter sozinha. Quando o tio retorna de uma longa viagem, Sage acredita que ele arrumou uma boa colocação para ela. Ledo engano. O tio arrumou mesmo uma entrevista com Darnessa, a maior casamenteira do reino, para que
a sobrinha pudesse ter um marido.
De língua afiada e sonhos de independência, Sage até tentou se
conter e não decepcionar o tio, no entanto, seu gênio forte falou mais alto e ela
acabou deixando Darnessa irritada. Sem chance de um marido. Uma
moça tão voluntariosa jamais daria uma boa esposa submissa, mas no final ela
arrumou um emprego. Para Darnessa, a personalidade de Sage encaixava –se bem em
uma aprendiz e foi assim que ambas seguiram junto com um grupo de noivas para o
Concordium, um evento na capital do reino que visava firmar casamentos.
No entanto, a simples viagem ganha novos contornos quando um
grupo de soldados é destacado para escoltar as noivas e Sage descobre que eles
estão ali, de verdade, para impedir que o rei seja derrubado. Logo ela deixa de
ser apenas uma aprendiz e se torna uma espiã ajudando o exército real.
Eu demorei para ler este livro e desde seu lançamento vi muitas
e muitas resenhas de opiniões bem diversas. Eu fiquei na dúvida se ia gostar ou
não da história. As opiniões não me animaram muito, mas eu sempre gostei de
tramas com espionagem, intrigas políticas e moças de personalidade forte. Assim
resolvi apostar em O Beijo Traiçoeiro e afirmo que não me arrependi.
Desde as primeiras páginas a personalidade de Sage me cativou.
Uma jovem que mesmo tendo perdido os pais muito cedo e sendo vista como a
parente pobre e sem graça de um grande senhor, nunca perdeu a vontade de
realizar seus sonhos e lutar pelo seus ideais. Ela é muito viva e cheia de
energia, contagia a gente com toda esta corrente elétrica que a cerca dando um
clima alegre e vibrante para a história.
Quando ela começa a interagir com os soldados, mais
especificamente Ash Carter, percebe
que ele não a subestima por ser mulher. Ash acredita nela e até sugere que
trabalhe com o exército contra os conspiradores que desejam derrubar o Rei. Não
demora para que ele se torne um amigo e, mais ainda, desperte em Sage sentimentos
que ela acreditou que nunca iria sentir.
Sei que muitas pessoas podem julgar a protagonista neste ponto,
dizer que aqui ela foi contra toda a conversa que tinha sobre casamentos (ser
apenas esposa) e independência feminina quando deseja ficar com Ash, mas eu acho
que na verdade ela estava em processo de amadurecimento e aprendizado. Sage
nunca tinha gostado de alguém, não sabia como seria e acreditava que não era
algo para ela e até mesmo poderia limitar uma mulher.
Só que nem todos os relacionamentos são iguais. Sage poderia, sim, encontrar alguém que a aceitasse como era e respeitasse suas vontades. Entendo que Sage apenas viu relacionamentos nos moldes que a afugentavam, mas ao encontrar algo que servia para ela, tinha todo o direito de rever sua vida e seus desejos.
Só que nem todos os relacionamentos são iguais. Sage poderia, sim, encontrar alguém que a aceitasse como era e respeitasse suas vontades. Entendo que Sage apenas viu relacionamentos nos moldes que a afugentavam, mas ao encontrar algo que servia para ela, tinha todo o direito de rever sua vida e seus desejos.
No entanto, embora exista esse possível romance, que mesmo
gracioso não é tão simples assim, a história gira em torno de evitar que os
inimigos do rei saiam vitoriosos do golpe de estado e os soldados consigam
desmascarar os conspiradores e seus planos. Estes soldados são personagens de
extrema importância na trama, em especial o capitão
Quinn e seus segredos. Gostei bastante do grupo, são rapazes
honrados e muito divertidos, além de leais. Junto com Sage, formam um grupo
carismático e encantador.
A narrativa de Erin Beaty é muito fluida e sua história cheia
de ação, não dá para piscar que algo acontece. Virei as páginas sem nem perceber
e devorei o livro em praticamente um dia de tão empolgada que fiquei com a
leitura. A autora soube abrir espaço para o desenvolvimento de cada
personagem de forma que o leitor conheça-os bem e possa criar uma ligação. Conseguiu trabalhar com primor cada um dos assuntos abordados, seja o romance,
seja o destino de Sage ou mesmo o cenário político. Há segredos para serem
desvendados e eu fui totalmente surpreendida quando fiquei sabendo algo sobre o
Capitão Quinn. Sinceramente, nem desconfiei.
Os momentos finais da história são bem carregados de emoção,
acho que meu único parênteses vai ser por conta de uma escolha que a autora fez
no final. Não achei necessária a perda de determinado personagem, se ela queria
um apelo emocional maior poderia ter deixado entre a vida e a morte, mas não ser
tão definitiva. E eu não vi sentido nesta escolha, não mesmo. Ainda assim, não
afetou meu aproveitamento da obra e gostei bastante do livro. A continuação
chega em breve mas se trata de uma nova aventura de Sage e seus soldados, já
que este volume concluiu esta aventura. Amei!
Bom saber que este volume concluiu esta aventura, pois achava inicialmente que era uma livro "sem fim" e somente no outro volume é que continuava.
ResponderExcluirBjs
https://eternamente-princesa.blogspot.com/
o livro tem uma proposta bem diferente do que ando lendo e ao mesmo tempo isso aguça a minha curiosidade!
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com/
Oie, tudo bem?
ResponderExcluirJá vi vários comentarios positivos sobre esse livro, mas ainda não li, está na minha listinha infinita haha
Blog Entrelinhas
Oii Cida
ResponderExcluirEssa escolha do final não teve nem cabeça pra mim, achei desnecessário. Eu tb gostei da história, a narrativa da Erin é bem envolvente mesmo, mas custou simpatizar com a Sage, achei ela muito prepotente. Estou curiosa em ler o segundo volume, pra ver se a personagem evoluiu.
Beijo
www.derepentenoultimolivro.com
Oi Cida, eu ainda não li, mas a Ari lá no blog leu e teve impressões parecidas com a sua. Parece que a autora constrói um ótimo universo, quero conferir!
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante