As Coisas Que Fazemos Por Amor
Título Original: The Things We Do for Love
Autor(a): Kristin Hannah
Editora: Arqueiro Páginas: 352
Lançamento: 2017 ISBN:9788580417692
Caçula de três irmãs, Angela DeSaria já tinha traçado sua vida desde pequena: escola, faculdade, casamento, maternidade. Porém, depois de anos tentando engravidar, o relacionamento com o marido não resistiu, soterrado pelo peso dos sonhos não realizados. Após o divórcio, Angie volta a morar na sua cidade natal e retorna ao seio da família carinhosa e meio doida. Em West End, onde a vida vai e vem ao sabor das marés, ela conhece a garota que mudará a sua vida para sempre. Lauren Ribido é uma adolescente estudiosa, bem-educada e trabalhadora. Apesar de morar em uma das áreas mais decadentes da cidade com a mãe alcoólatra e negligente, a menina sonha cursar uma boa faculdade e ter um futuro melhor. Desde o primeiro momento, Angie enxerga em Lauren algo especial e, rapidamente, uma forte conexão se forma: uma mulher que deseja um filho, uma menina que anseia pelo amor materno. Porém, nada poderia preparar as duas para a repercussão do relacionamento delas. Numa reviravolta dramática, Angie e Lauren serão testadas de forma extrema e, juntas, embarcarão em uma jornada tocante em busca do verdadeiro significado de família.
Kristin Hannah é
aquela autora que sabe chegar no coração dos leitores. Suas histórias sempre
trazem interessantes dramas no estilo vida real e nos envolvem de maneira que
sentimos na pele o que cada personagem está passando. Ficamos na expectativa por
cada novo dia na vida deles. Não são histórias fantasiosas, são relatos de vida
e de pessoas de carne e osso como você e eu. Seus sonhos, anseios, medos e
desejos podem ser os nossos, podem ser os de um amigo ou familiar… O fato é que
você lê um livro de Hannah e sente –se parte da história e acredita naquilo
que encontra em cada página. Fecha a obra e acha que foi apresentado a
novas pessoas e dividiu com elas um pedacinho de suas vidas.
Eu gosto muito do trabalho desta autora, geralmente choro
bastante com suas histórias e se isso não acontecer, sei que de alguma forma
ainda vou me emocionar. Em As Coisas Que Fazemos Por
Amor, não encontrei uma trama de lágrimas, mas sim uma de
esperança e vontade de amar mais, sorrir mais…
Angela DeSaria é a
caçula de três irmãs e sempre foi a “princesa” do pai. Enquanto as irmãs tinham
que mergulhar de cabeça no negócio da família, Angie pode seguir um caminho
diferente com o total apoio do pai. Sua vida foi mais protegida, de menos
cobranças e mesmo como todo o amor entre as três, havia um ressentimento nas
entrelinhas. No entanto, anos depois, quando o pai de Angie morreu e ela viu seu
casamento chegar ao fim, foi voltando para a cidade onde nasceu e ao lado da mãe
e das irmãs que ela teve seu novo começo.
Angie queria ser mãe e não conseguia. Nada deu certo, nem
concepção e nem adoção. A obsessão dela por isso foi destruindo seu casamento
com Conlan. Ela se fechou numa
concha e nem percebeu que o marido também sofria. Logo ambos eram dois estranhos
sob o mesmo teto e fim de jogo. Assim, ajudar a mãe a reerguer o restaurante da
família parecia um bom projeto e, trabalhando ali, ela conheceu Lauren.
Lauren era uma adolescente esforçada, que queria ser alguém na
vida e ter o amor de uma mãe. Não era órfã, mas a mulher que a colocou no mundo
se preocupava mais em beber e ter um homem na cama do que com a filha. Enquanto
Angie queria um filho para amar, Lauren queria desesperadamente o amor de uma
mãe e o encontro das duas foi providencial.
Os primeiros capítulos da trama são focados mais em Angie e
neles a autora nos explica como foi toda a jornada da protagonista em busca de
ser mãe e ver seu sonho desfeito. Hannah mostra uma mulher que tinha tudo para
ser feliz, mas se viu quebrada e em busca de uma cola para refazer sua vida. A
relação de Angie com as irmãs é bem abordada nesta fase inicial e com bastante
farpas, mas é inegável que o amor é maior e logo todas estão ao redor da caçula
para ajudar a encontrar um rumo. É um clima familiar forte, sólido e que toma
conta de toda a história, contrastando fortemente com a realidade da outra
protagonista.
Lauren chega alguns capítulos após Angela e ganha nossa
admiração por toda sua resiliência. É uma menina batalhadora, forte e que teve
que amadurecer cedo demais para lidar com a mãe problemática. Não é uma
“adulta”, é ainda uma jovem que precisa de orientação e muita atenção, mas
carrega nas costas a responsabilidade por manter uma casa, sustentar a família e
ter boas notas para preservar a bolsa de estudos e conseguir ingressar numa boa
universidade.
Angie e Lauren, quando passam a interagir, vão construindo uma
relação que mistura amizade com algo maternal. Vão ser essenciais uma para a
outra em diversos aspectos. A mulher mais velha vai se vendo saindo de uma longa
depressão, a mais jovem encontrando apoio no momento mais difícil de sua vida.
Hannah permite que suas garotas curem-se reciprocamente e, nós leitores, vamos
ali vivendo cada dia com elas e torcendo para que todo e qualquer obstáculo seja
derrubado.
Eu queria que Angie se desprendesse da obsessão por ser mãe e
percebesse que havia muitas pessoas ao seu redor para dar amor e receber amor. Desejei do fundo do coração que
se reconciliasse com o marido e salvasse o restaurante da família.
Para Lauren, eu queria muito que se desprendesse da mãe
problema, mas sei que não era algo tão fácil. Também desejei que nossa garota
conseguisse vencer um certo desafio (não vou revelar o que por conta de
spoiler) e entrasse numa boa universidade que lhe garantisse um futuro
brilhante.
Minhas expetativas em relação a cada uma não foram atendidas
totalmente, assim como na vida real, a história de Hannah segue por caminhos
imprevisíveis e surpreendentes. Nem sempre as coisas saem perfeitas como
esperado, mas acabam saindo de uma maneira que no final foi perfeita para
determinada pessoa. E com isso, ao final, eu me vi contente com o desfecho e de
coração quentinho por ter seguido com essas garotas por uma jornada cheia de
amor, amizade, bondade, solidariedade e força.
As Coisas Que Fazemos Por
Amor é uma história sensível e delicada, que nos leva a pensar
sobre nossas próprias escolhas e atitudes, que nos faz pensar em julgar menos e
ajudar mais. É sobre empatia e amor com seu incrível poder de cura.
Oi Cida,
ResponderExcluirNunca li nada da autora, mas tenho uma amiga que adora os livros dela.
preciso conhecer melhor sua escrita.
Bjs
http://diarioelivros.blogspot.com.br
livro da Kristin é pedir pra ler e chorar, não tem como ser diferente! é muita emoção envolvida nos enredos dela, esse em especial me destruiu, desidratei
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Oiii Cida
ResponderExcluirEu tenho um livro dessa amesma autora qui pendente pra ler (O Rouxinol) e espero gostar dele. Acho que se me agradar, pretendo investir mais nos livros dela, pois sempre vejo bastante elogios sobre suas tramas, que são delicadas e sempre bem tocantes pelo que notei em resenhas. Levo esse livro anotado para futuramente.
Beijos
www.derepentenoultimolivro.com
Oi Cida!
ResponderExcluirEssa é a minha leitura atual e estou totalmente envolvida na história de Angie e Lauren. Estou adorando acompanhar a história das duas, são personagens cativantes e admiráveis.
Estou achando a história tocante e cada capítulo traz um misto de emoções me deixando ansiosa pelo desfecho.
Espero não me frustrar até o final.
Beijos
http://espiraldelivros.blogspot.com/
Olá, Cida.
ResponderExcluirEu só li um livro dela até agora, mas já tenho outros dois aqui para ler. Só me resta tempo hehe. Eu considero a autora igual uma Nicholas Sparks feminina. Por isso quando quero me emocionar com uma história já vou neles hehe. Esse está anotado aqui para uma futura compra.
Prefácio
Oie Cida =)
ResponderExcluirEu nunca li nada da autora, mas até hoje não li nenhuma resenha negativa dela, ao contrário só boas indicações.
Gosto bastante dessa linha mais emocional das histórias que ela escreve. Afinal, se é para ler um drama e não chorar nem leio rs...
Espero ter a oportunidade de ler uma obra dela em breve e me encantar também.
Beijos;***
Ane Reis | Blog My Dear Library.