Um Amor Perdido
Separados pela guerra, ligados pela memória: uma história envolvente e instigante no rastro da Segunda Guerra Mundial. Na Praga do pré-guerra, Lenka, uma jovem estudante de arte, apaixona-se por Josef, um médico recém-formado. Eles vivem cheios de ideais e de sonhos para o futuro, mas também são judeus e muito ligados à família. Casam-se, mas, pouco tempo depois, como tantas outras famílias, são separados pela guerra. As escolhas impostas pelo destino os afastam, mas deixam marcas permanentes: o caos e as informações truncadas dos tempos de guerra os levam a crer que o outro morre. Na América, Josef torna-se um obstetra bem-sucedido e constrói uma família, apesar de nunca esquecer a mulher que acredita ter morrido. No gueto de Terezín, Lenka sobrevive graças aos seus dotes artísticos e à memória de um marido que julgava nunca voltar a ver. Apesar de todas as provações e dos infortúnios, mantém a chama daquele primeiro amor acesa, guardada em seu coração. Da glamorosa vida em Praga antes da ocupação aos horrores da Europa nazista, Um Amor Perdido explora o poder do primeiro amor, a resiliência do espírito humano e a eterna capacidade de recordar.
Um Amor
Perdido, de Alyson
Richman, lançamento da Bertrand
Brasil, traz a história de dois jovens apaixonados que foram
separados injustamente pela guerra.
Lenka e Josef se apaixonaram em Praga algum tempo antes de
ver sua terra ser tomada pelos nazistas. Eles, mesmo que por poucos meses,
tiveram a chance de viver um amor inocente, cheio de paixão e livre de
preocupações. No entanto, com a ameaça constante da invasão alemã, a leveza foi
substituída pelo medo e os dois casaram-se as pressas de forma que assim ficasse
mais fácil conseguir uma fuga para os EUA.
O casal, infelizmente, não teve o final
feliz esperado. Uma série de infortúnios os leva a uma separação e temos então a
história de dois amantes que nos contam como foram suas vidas longe um do outro
e, ainda assim, nunca deixando de se amar.
O relato de Josef tem um tom saudosista e
melancólico. Ele nunca esqueceu sua Lenka, mas nos EUA se viu reconstruindo a
vida e tendo oportunidades de ser feliz. Ele teve muitas chances e as agarrou,
posso dizer que mesmo sem seu grande amor conseguiu ser feliz. Josef fala pouco
sobre a guerra, ele não a viveu como a esposa já que foi para outro país e permeia sua
narrativa com os detalhes de ser um imigrante, de recomeçar e de como, ao final,
foi gratificante ser um obstetra e trazer muitas vidas ao mundo. Ele procurou
Lenka, mas as notícias que recebeu não foram animadoras.
Na Europa temos Lenka. Seu relato é com
certeza o verdadeiro drama da história. Não estou diminuindo a dor de Josef que
perdeu todos, mas ao passo que ele teve uma fuga, ela teve que viver na pele os
horrores de ser judia. Lenka amava a família e ficou ao lado deles todo o tempo.
Viu a fortuna do pai se esvair e o homem orgulhoso que ele era ser diminuído a
um homem com medo e receio de ser assassinado.
As reprimendas e opressão aos judeus estão
vivas nos relatos de Lenka. Você sente uma dor imensa e muita compaixão ao ver o
grau de humilhação ao qual foram submetidos. Após perderem tudo, ela e a
família, foram escorraçados de casa e colocados num local de pura miséria e
imundície. Não apenas perderam a liberdade, mas foram privados de viver como
serem humanos e eram tratados como animais e escravizados.
Lenka e outros judeus encontravam conforto apenas entre si, mas não o conforto de uma cama macia e sim outro mais simples que para eles significava um mundo. Os meses no gueto de Terezín foram terríveis, mas nada comparados ao terror que a assolou em Auschwitz. Aí sim, a narrativa torna-se dura, cruel e somente suavizada quando intercalada com os capítulos de Josef. A autora foi engenhosa em apresentar a história assim, caso contrário longas pausas seriam necessárias para o leitor tomar fôlego e seguir com Lenka. É muito triste.
Lenka e outros judeus encontravam conforto apenas entre si, mas não o conforto de uma cama macia e sim outro mais simples que para eles significava um mundo. Os meses no gueto de Terezín foram terríveis, mas nada comparados ao terror que a assolou em Auschwitz. Aí sim, a narrativa torna-se dura, cruel e somente suavizada quando intercalada com os capítulos de Josef. A autora foi engenhosa em apresentar a história assim, caso contrário longas pausas seriam necessárias para o leitor tomar fôlego e seguir com Lenka. É muito triste.
Sem dúvidas histórias de guerra são
dolorosas e um romance protagonizado por dois jovens desta época torna-se mais
marcante que outros romances. Não é apenas pelo sacrifício, mas pela força de
manter o sentimento vivo em meio a tanta tragédia. É interessante ver como o
casal não permanece junto, mas você sente o laço que os une e acredita no que
sentem. Lemos esperando por um encontro, mesmo não sendo um encontro de contos
de fadas.
Um Amor Perdido é um romance maduro e
dramático que não apenas se passa na época da Segunda Guerra Mundial, mas que
sobrevive e serve como força para duas pessoas se manterem de pé quando o mundo
estava ruindo. É um relato realista e emocionante de duas pessoas que foram
vítimas e, ainda assim conseguiram de alguma forma vencer.
Oiii Cida
ResponderExcluirNão sou muito de romances ambientados nesse periodo, acho tão triste e como já li antigamente vários livros ambientados na Segunda Guerra acabei saturando do tema. Um amor perdido no entanto tem uma premissa que me chama mais a atencão, acho que a história parece ser daquelas que envolve o leitor. Não descarto conferir essa trama futuramente, essa capa linda merece...rsrs
Beijos
www.derepentenoultimolivro.com
Olá, Cida.
ResponderExcluirEu já tinha visto esse livro em outro blog e já coloquei na minha lista de desejados. Eu gosto muito de livros que se passam durante a Segunda Guerra. Sou dessas que gosta de romances sofridos assim hehe. Vou querer ler com certeza.
Prefácio
Essa capa... Essa premissa...
ResponderExcluirNão vejo a hora de ler, parece ter tudo aquilo que eu busco em um romance!
Uma ótima dica, Cida!
Beijos
https://estante-da-ale.blogspot.com.br/
Oi Cida,
ResponderExcluirRomances nessa época sempre mexem comigo também. Seja em livro ou filme-série...Estamos nós aqui, acompanhadinhas da caixa de Kleenex, lendo. haha
até mais,
Nana - Canto Cultzíneo
Oi,
ResponderExcluirEu gosto de livros com a temática da Segunda Guerra Mundial, mas confesso que sofro muito com eles e fico abalada por um longo tempo. Recentemente li um que se passava na mesma época e eu fiquei bem emocionada.
Estou bem interessada por esse livro, acho que vai ser mais um daqueles que vai me deixar caída de tanta emoção.
Adorei a resenha!
Beijos
http://espiraldelivros.blogspot.com/
Oi Cida, só pela sinopse deu pra perceber que é um romance mais sério mesmo e bem mais maduro, inclusive bem desenvolvido. Em breve pretendo conferir!
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Oi, Cida!
ResponderExcluirNossa, só de ler essa resenha meu coração se apertou e eu já me vi torcendo para que Lenka e Josef se reencontrassem.
Beijos
Balaio de Babados
nossa, com esse enredo eu preciso ler! eu preciso chorar com essa história!
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Oi Cida!
ResponderExcluirQue linda a capa desse livro. E a história promete ser emocionante!
Beijos,
Sora | Meu Jardim de Livros