[Resenha] Os Jogos dos Deuses

Os Jogos dos Deuses
Título Original: The Games Gods Play (The Crucible #1)
Autor(a): Abigail Owen
Editora: Paralela                  Páginas: 512 
Lançamento: 2025               Romance, Mitologia, Fantasia
Tradução: Jana Bianchi
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Treze deuses. Treze campeões. E infinitas chances de morrer. Lyra Keres é a mulher mais solitária de San Francisco. Quando a bolsa de sua mãe estourou bem no templo de Zeus, vinte e três anos atrás, o deus jogou uma maldição sobre a recém-nascida: ela nunca seria amada. Entregue pelos pais à Ordem dos Ladrões ainda criança, Lyra cresceu sem família, sem amigos e sem sequer saber seu verdadeiro nome. Mas ela está de saco cheio dessa maldição, farta da ira de Zeus. É por isso que, na noite de abertura da Provação, a competição que os deuses promovem a cada cem anos para decidir quem será o rei do Olimpo, ela se dirige ao templo de Zeus, determinada a causar algum estrago. Quando chega lá, porém, ela acaba encontrando… Hades. O Rei do Submundo não é nada como ela esperava: em vez de roupas pretas da cabeça aos pés, usa botas e jeans; em vez de envolto em sombras, é luminoso, bonito, com olhos prateados; e em vez de enxofre, cheira a chocolate amargo. Lyra definitivamente não esperava que, pela primeira vez em milênios, Hades decidisse participar da Provação. E muito menos que, entre os bilhões de mortais no mundo, ela fosse a escolhida para ser sua campeã. Mas Hades tem uma proposta sedutora, irrecusável até: além das bênçãos que o vencedor da Provação normalmente recebe, se ela ganhar, ele vai acabar com sua maldição. Agora, Lyra precisará enfrentar doze campeões, doze deuses do Olimpo ― e uma inconveniente atração cada vez maior pelo deus mais sombrio de todos ― para ganhar a competição e, quem sabe, finalmente ser amada por alguém. Mas Hades tem seus próprios motivos para entrar na Provação, e seus segredos são mais numerosos que as estrelas no céu. Em meio a desafios mortais, alianças inesperadas e inimigos poderosos, Lyra vai precisar descobrir em quem confiar e no que acreditar se quiser ser a vencedora ― ou ao menos sobreviver à batalha do século. O mundo está em polvorosa. Os deuses estão em guerra. Que comecem os jogos.

A cada cem anos, um novo deus do Olimpo é escolhido para reinar e são os mortais que o colocam no trono. A Provação consiste em uma série de provas mortais, disputadas por humanos escolhidos pelos deuses. Quem vencer garante o trono a uma das divindades. Porém, as provas são perigosas, e além de perder a disputa, é provável que se perca a vida.

Embora sejam treze deuses, sempre foram apenas doze na disputa. Mas, nesta Provação, algo muda: aquele que nunca se importou com a Provação manifesta sua vontade de conquistar outra coroa. Outra?

Sim! Hades, que já é o Rei do Submundo, quer também ser o Rei dos Deuses — e o motivo dessa decisão será um grande mistério até o final. A escolhida de Hades será Lyra Keres, uma mulher criada por ladrões e amaldiçoada por Zeus desde o nascimento a nunca ser amada. Uma jovem solitária e corajosa, que não tem medo de enfrentar Hades e dizer poucas e boas para ele — assim como para qualquer um dos outros deuses.

Desde já, adianto: se uma história tem Hades em cena, eu quero ler. Já estou acompanhando Lore Olympus (Suma) e Hades e Perséfone (Bloom), e agora incluo essa trilogia na lista. O Rei do Submundo é tão fascinante e sedutor nessas obras que fica difícil resistir.

Esse personagem, sempre julgado e condenado por mortais e deuses, tem para mim um charme único com sua existência marcada de tragédias. Felizmente, até agora, nessas obras, ele se revela um magnífico anti-herói — e aqui não foi diferente.

Este primeiro volume da série aborda toda a Provação, e preparem-se para ver o pior e o melhor dos humanos e dos deuses. Tem horas que nem sabemos quem é mais sacana. Mas há exceções. Lyra não é uma pessoa ruim; ela é boa até demais, e não foram poucas as vezes em que perdi a paciência ao vê-la colocar os outros acima de si mesma. Caramba! Era uma disputa, e ela ajudava os rivais.

Hades, por sua vez, preocupa-se bastante com sua campeã, ao ponto de quase deixar de lado seus próprios objetivos para participar da Provação. Ela o desafia, e ele acende nela uma chama difícil de conter. E, aos poucos, algo vai surgindo entre eles.

É uma história ágil e cheia de ação. O que mais gostei, além de Hades, é claro, foi ver as intrigas dos deuses e a criatividade deles em criar problemas para os humanos. Zeus, Atena e Poseidon são os piores; já Afrodite é uma querida.

A Provação é, de fato, uma verdadeira provação, e foi interessante ver vários elementos da mitologia sendo usados nas provas.

E antes que perguntem como há um Hades sem Perséfone, a verdade é que não há. Mas, nesta história, a relação deles não é de amantes. Ele a vê como uma irmã caçula, ou mesmo como uma filha. Então, o romance com Lyra não é uma traição.

Eu curti bastante a leitura, e os momentos finais, além de terem um ritmo frenético, me enganaram direitinho. Quando tudo parecia estar se encaixando, rumo à paz e felicidade, veio o golpe. O mundo dos deuses terá que enfrentar um velho inimigo. Só sei que já preciso do próximo livro.

Se você gosta de histórias com mitologia, intrigas, uma pitadinha de romance, mistério e alianças improváveis, pode gostar de Os Jogos dos Deuses.

Ah, e essa edição de capa dura com pintura trilateral é linda!



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