[Resenha] Crash - Quando a Paixão Explode

Crash - Quando a Paixão Explode
Título Original: Crash (Crash #1)
Autor(a): Nicole Williams 
Editora: Planeta (selo Essência)       Páginas: 208                          
Lançamento: 2017                           ISBN: 9788542210507
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Para a adolescente Lucy, nada é mais importante que o balé. A dança a transporta para um mundo onde a dor, as lembranças ruins e a violência não existem. Um mundo só dela. Um dia, porém, aquela garota certinha é obrigada a mudar de escola. E é nesse novo ambiente, repleto de descobertas e inseguranças, que conhece um garoto que só usa cinza e vive com uma toca de lã na cabeça. Jude, o maior bad boy da escola, é lindo e seria o sonho de toda garota, e talvez até o genro que todo pai pediu a Deus... se não tivesse sido preso várias vezes e não morasse num abrigo para garotos desajustados. Lucy não liga para a opinião dos outros: o mais importante é o que Jude sente por ela. E o rapaz parece disposto a abrir seu coração, ainda que um segredo que assombra o passado e o presente dos dois esteja prestes a estraçalhar essa paixão. “Jude era a doença para a qual eu não via cura. A droga da qual eu não queria me livrar nunca. ” LUCY
Crash - Quando a Paixão Explode é o primeiro livro da série Crash, de Nicole Williams, publicada no Brasil pelo Editora Planeta (selo Essência).

Este young adult nos apresenta Lucy, uma garota que costumava fazer das aulas de balé um mundo só seu e livre de problemas. Ela é apenas uma adolescente prestes a sair do ensino médio, mas sua bagagem de drama é bem pesada e sua família está em cacos.

Dispostos a tentar um novo começo, ela e os pais vão para uma casa nova e Lucy começa a estudar em outro colégio. Num belo dia que vai passear, bate os olhos em um garoto muito atraente e com aquele jeito de bad boy. Jude transpira confusão, avisa Lucy que ela não devia se aproximar dele e que ele não é o tipo de cara que os pais querem para suas filhas certinhas e parece que isso apenas a atraiu mais e logo estão bem envolvidos.

O relacionamento de Lucy e Jude é conturbado, cheio de idas e vindas, ciúme e muitos hormônios em ebulição. Ele nunca namorou, mas é aquele tipo que ficou com todas. No entanto, vê em Lucy uma aceitação que não encontrava em outras pessoas e isso faz com queira tentar ser uma pessoa melhor.

Ela é aquela menina toda certinha que cansou de seguir as regras e quer correr riscos se for para ser feliz. Segue de maneira previsível tentando recuperar o bad boy e mostrando sem limites que está apaixonadíssima. Não é algo inédito em livros do gênero, mas Lucy conseguiu ser mais exagerada do que outras mocinhas que vi por aí. Além disso, na minha opinião, ela é egoísta e acha que o mundo gira ao seu redor. Quando cismava que estava certa não dava oportunidade dos outros falarem, não ouvia ninguém, tomava decisões precipitadas e logo em seguida ficava toda arrependida e querendo desfazer o que tinha feito.  Tem uma cabeça dura e uma língua afiada que sempre a coloca em confusão. Eu achei que em certos momentos ela poderia ter sido menos desafiadora e comprado as brigas certas. Em suma, é uma garota imatura.

Jude é um rapaz que por trás da rebeldia esconde sua fragilidade e foi ele o meu personagem preferido, sinceramente não acho que ela o merecesse, mesmo o incentivando em diversos aspectos. Eu gostei da forma como ele foi apresentado, envolto em mistérios que aos poucos foram sendo revelados. Havia tanto naquele garoto para conhecermos e cada novo segredo dele me deixava mais apaixonada e com o coração apertado por ver um jovem tão bom sendo maltratado e negligenciado. Ele é um típico exemplo de pessoa com um futuro brilhante que teve o azar de não ter o apoio necessário desde jovem e precisou se virar sozinho no meio da dor. É impossível não torcer para que vença um dia.

E, embora haja muito drama adolescente cercando o casal, há um aspecto na trama que desde a primeira página me intrigou, que foi o que havia desestabilizado a família de Lucy. Fui lendo, juntando um pedacinho aqui e ali e nem de longe imaginei a reviravolta tramada pela autora na hora de revelar a verdade. Foi algo bem chocante. 

Ainda que exista tal virada de jogo, Crash não traz uma trama inovadora dentro do gênero e tem vários clichês, mas é uma história que prende fácil e comove ao abordar temas importantes como estupro, assassinato, violência contra menores, depressão, luto, drogas (tráfico e consumo), gravidez na adolescência, marginalidade, amor, confiança, amadurecimento e segundas chances. É uma história triste e bonita, que faz você acreditar que sempre é possível recomeçar. O final é conclusivo e se não houvesse continuação não haveria problemas. Agora é esperar para ver o que Nicole Williams nos reservou nos próximos volumes. 






11 comentários:

  1. Oi Cida!
    A história do livro realmente é bem clichê e por isso não sei se leria. Mas achei legal que, apesar disso, a autora conseguiu tratar de vários temas importantes no decorrer da história.

    Beijos,
    Sora | Meu Jardim de Livros

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  2. Oi, Cida!
    EU já muito esse livro no goodreads, mas nunca me interessei a ler sabe? Essa de mocinha certinha e bad boy já.
    Beijos
    Balaio de Babados
    Concorra ao livro Depois do Fim autografado

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  3. Eu achei a capa interessante, mas para mim, parece que a capa não captou a essência do livro, pq você disse que é de romance, certo? a capa parece ser algo tipo voltado para suspense, assassinato..algo assim.
    Eu não sou muito chegada em livros assim, onde o autor aborda vários temas em uma única história. Já tive essa experiência e não funcionou bem comigo...
    Que pena, a capa é bem legal! haha
    beijos!
    5 O'clock Tea

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  4. Olá, Cida.
    Eu até fiquei com vontade de ler esse livro quando vi o lançamento. Mas agora lendo sua resenha e sabendo como é a protagonista, acho que não vou ler. Odeio protagonistas assim. Sei que vou ficar com tanta raiva que vou odiar a história.

    Prefácio

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  5. Eu gosto de livros sobre bad boys, por mais que seja um assunto já batido, mas não sei se aturaria a Lucy sendo egoísta, não. Se falar sobre bad boy já é clichê, protagonistas dramáticas é mais ainda, então a autora deveria ter bolado melhor seus personagens pra conseguir construir uma história que fugisse do básico. Adorei a sinceridade!

    xx Carol
    http://caverna-literaria.blogspot.com

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  6. é uma proposta interessante apesar dos clichês, eu leria
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  7. Oie Cida =)

    Não conhecia o livro, mas pela sua resenha percebi que a autora usou a mesma formula clichê que já conhecemos.

    Ando em uma fase meio ruim de leitura, em que ando achando todos os livros muito iguais, ou seja estou com uma bela ressaca literária rs..., por esse motivo não leria esse livros agora, mas que sabe um dia eu não dê uma chance ^^

    Beijos;***
    Ane Reis | Blog My Dear Library.

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  8. Olá!
    Achei a premissa do livro interessante, mas pela sua resenha acho que não leria o livro agora. Parece clichê demais, sei lá, pra mim meio que "falta algo".
    Beijos,
    Meise Renata.
    viciadas-em-livros.blogspot.com.br

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  9. Oi Cida! nem sempre eu curto um YA, mas a parte de juntar os pedacinhos me deixou bem curiosa hehehehe, adoro quando isso acontece nas tramas, já quero ler! <3

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  10. Oi, Cida

    Eu não ligo para clichês, sabe? O que me interessa mesmo é o desenvolvimento. A trama realmente aparenta não trazer nada de novo, mas esse drama da família me deixou curiosa e eu leria só por isso! Hahahaha

    Beijo
    - Tami
    http://www.meuepilogo.com

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  11. Cida!!!
    Eu quase comprei esse livro na promoção da Amazon!
    QUASE!
    O clichê não me incomoda, na verdade, eu acho que compraria por isso mesmo HAHAHAH
    Fiquei encantada pela capa!
    Beijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com.br/

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