[Resenha] Verão Cruel

Verão Cruel
Título Original: Cruel Summer
Autor(a): Alyson Noël
Editora: Novo Século           Páginas: 184
Lançamento: 2014               ISBN: 9788542801729
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Colby Cavendish, uma ex-nerd, decide mudar radicalmente sua própria imagem. Está ansiosa por participar de festas descoladas com a turma da praia e, se tudo der certo, ficar com o cara mais gostoso da escola, Levi Bonham. Mas seus planos vão por água abaixo quando seus pais a mandam passar férias forçadas na Grécia com sua tia. Presa em uma ilha sem shoppings e sem sinal de celular, ela teme ser rapidamente esquecida por seus amigos. Mas eis que conhece Yanni, um deus grego, e tudo muda. Colby acaba confusa e tudo indica que aquele sentimento será mais que uma simples paixonite de verão..
Já li alguns livros de Alyson Noël, mas todos do gênero sobrenatural, Verão Cruel foi minha primeira experiência com uma história sua em um mundo só de humanos, embora voltado também ao público juvenil, foi uma leitura bem diferente e posso dizer que a autora é bem versátil.

A vida de Colby Cavendish não está na melhor fase, quando ela conseguiu entra no seleto grupo de populares de sua escola e planejou férias recheadas de festas e muita badalação, seus pais entraram em um processo de divórcio nada amigável e despacharam a garota para casa de sua tia “maluca” Tally, que vivia na ilha de Tinos na Grécia, um lugar tranquilo, visitado por peregrinos religiosos e uma população bem pequena. Colby não queria ir, a última coisa que desejava era ficar isolada do mundo, pois descobriu logo que a tia não tinha internet nem TV, preferia tardes na praia e conversar com sua plantinhas, ou seja, para Colby este seria um verão cruel.

O livro é narrado em primeira pessoa por Colby, embora seja dinâmico e com linguagem fluida, não nos permite ver a história amplamente, tudo é o que Colby apresenta e sente, eu até mesmo estranhei as passagens com e-mails e cartas, onde só temos a resposta da protagonista, nunca o que o outro lado disse. Por falar em e-mails e cartas, Colby consegui achar um cybercafe em Tinos e passou muito tempo lá, seus e-mails espalharam-se, buscando contato com o mundo que deixou para trás, além disso ela criou o blog “Verão Cruel”, com postagens e fotos de suas “terríveis férias” e seus ânimos. Nas cartas enviadas e e-mails ela ressalta seu desespero e implora aos pais para ser resgatada, aos amigos, tenta não deixá-los esquecer de sua existência. No blog, eu vi uma menina que tentava manter as aparências e nas correspondências alguém que fingia ser o que não era, mas foi mesmo em seu diário que abriu o coração e foi verdadeira, ali podemos conhecer a verdadeira Colby e testemunhar a unificação desta com as outras duas.

Colby tem apenas dezesseis anos e tudo para ela é um drama, o fim do mundo, confesso que até entendo isso nesta fase da vida, mas no caso de Colby era um exagero, ela era dramática demais, o que a tornou uma pessoa chata, além disso, o que ela via como essencial, marca o lado superficial e fútil de sua personalidade, algumas vezes até demonstrou um pouco de humanidade, mas na maior parte do tempo era a típica garota que acreditava que o mundo girava ao seu redor e o pior é que ninguém lhe levava em consideração.

Chegando em Tinos com o pior dos humores, foi logo surpreendida ao descobrir que sua tia de maluca não tinha nada, era apenas uma pessoa que escolheu uma vida pacata e longe de modernidades, Tally era uma pessoa adorável e cheia de paciência, pois para lidar com a garota precisava muito disso.

Foi a paciência de Tally e seu namorado Tassos, aliada ao encanto de um jovem grego,  os conselhos de Petrus, o rabugento dono do Cybercafe, que aos poucos foram transformando Colby. Ela demorou, mas acabou se deixando envolver pelo local e esquecendo sua antiga vida, ali ela percebeu o quanto estava sendo infantil. Não digo que foi do dia para a noite, demorou um bocado e ela fez muitas besteiras, mas como vejo os verões e as férias como ritos de passagem, eu acreditava na salvação desta menina.

É uma história leve, com um cenário incrível e com vários clichês, o diferencial vem em como é contada, pelas cartas, e-mails, diário e blog de Colby, apresentados com fontes diferentes para que possamos nos situar melhor e sentir as emoções da garota. Colby é mimada e vai tirar você do sério, com seus discursos DRAMÁTICOS (ela usa muito letras maiúsculas em seus apelos) e seus rompantes, mas no fundo é uma garota perdida, largada pelos pais em um momento que precisava de explicações e orientações, acredito que não seja a única no mundo deixada de lado em um momento essencial de sua formação, mas ainda bem que existia Tinos e aquelas pessoas maravilhosas para ajudar nesta fase de sua vida.

A autora aproveita a personalidade de sua protagonista para nos mostrar como certos preconceitos nos impedem de desfrutar melhor a vida e também podem ferir as pessoas, é preciso vencer o medo do que é diferente e aceitar que nem tudo é como queremos ou conhecemos, há versatilidade no mundo e precisamos nos adaptar.







15 comentários:

  1. Eu quase sempre me decepciono com essa autora, mas esse livro me deixou com uma vontade insuportável de realizar a leitura, rsrs.
    Adoro livros com conteúdo leve, voltado para jovens e a sinopse dessa obra me ganhou! Quero muito ler e achei a capa linda!

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  2. Vou contar: Não entendo esses personagens (seja de filmes ou livros) que fazem da adolescência um eterno dramalhão cheio de rompantes de ações impensadas u.u Não sei se a causa do disso foi minha adolescência tranquila e tal haha costumo detestar personagens cheios de mimimi's. Não sei se leria Verão Cruel por esses tempos, mas não descartaria a leitura dele no futuro.

    Beijos
    Passaporte Literário

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  3. Adorei seu blog e quero ler esse livro ♥
    http://adolescentesescritora.blogspot.com.br/

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  4. Então amiga, também nunca li nada da autora, mas confesso que nunca me interessei. Depois de ler umas resenhas pouco favoráveis, principalmente, tirei os livros dela da minha lista. Têm tantos já para eu ler, vou me focar em outros.. kkk mas adorei saber a sua opinião. Beijos, Mi

    www.recantodami.com

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  5. não seria uma história que eu leria, mas conheço muita gente que ficaria encantada com a possibilidade de ler! é mais uma falta de afinidade
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  6. Oie Cida =)

    Tenho apenas um livro da Alyson, "Sonhos" mas admito que não me animo muito em ler ele.
    Não sabia que a autora tinha essa série, e deve ser uma mudança interessante ler um livro dela que a narrativa não aborde um tema sobrenatural.
    Gostei de saber a sua opinião, mas estou fugindo de personagens dramaticas rs...
    Ótima resenha!

    Beijos e um ótimo final de semana;***

    Ane Reis.
    mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
    @mydearlibrary



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  7. Oi Cida!
    Eu até tenho uma certa curiosidade de ler esse livro, mas meu trauma com a autora é tão grande que prefiro não arriscar. Sei que ela tem muitos fãs, recebe mil elogios...mas eu não consigo me envolver com suas histórias.
    Achei a personagem meio chatinha, tenho paciência com draminhas não. Dá logo vontade de dar uns bofetões. rsrs
    Beijos
    Coisas de Meninas

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  8. Oi, Cida!
    Já li algo da Alyson e gostei bastante da linguagem mais juvenil dela; acho que ela consegue nos passar os "dramas" muito bem. A princípio a capa não me traria muita curiosidade na obra, mas conhecendo o enredo, fiquei interessada até. Leituras do tipo as vezes são excelentes.

    Beijão!

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  9. Isso que dá não ler sinopse.
    Droga.
    Quando vi esse livro achei que fosse uma continuação de alguma outra série sobrenatural, nem dei bola pra ele.
    Agora que descobri que não é nada disso :/

    E é tão curtinho... mimizento... às vezes eu gosto de livros assim que dão uma certa vontade de esbofetear a personagem, rs.

    Adorei a resenha.

    Bjkssss

    Lelê

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  10. O livro parece ser bom, fiquei interessada em conferi essa história.

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  11. Eu simplesmente não entendo o que as pessoas de outros países veem nas benditas ferias de verão, é certo que por lá as férias durem mais tempo que aqui, mas mesmo assim não entendo como tantas transformações ocorrem com esses adolescentes dos livros, filmes e seriados, ao voltar você se depara com outra pessoa, como se anos e anos tivessem passado, sendo que na verdade no máximo foram três meses, sério, não costumo ver isso acontecendo por aqui, e, talvez seja por essa razão que eu deteste livros com essa temática.

    Julielton Souza - Dialética Proposital

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  12. Oii Cida..
    Tinha vontade de ler este livro pela sinopse. Mas não tinha visto uma resenha ainda tão completinha.
    Gostei da história, mas leria mais para a frente.

    livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br

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  13. Achei bem interessante esse livro apesar que nao gostava mto da autora... mais vou procurar esse livro pra ler me pareceu bom e a resenha esta ótima

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  14. Não sou muito fã da Alyson Noël e esse livro não me chamou a atenção, a personagem parece ser MUITO mimada, muito dramática. Sei que é por causa da idade, da fase onde ela sente necessidade de ser vista com o amigos mas isso com certeza ia me irritar muito, fazendo com que eu desgostasse do livro.

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  15. Eu também já li alguns livros da autora, mas nenhum "real" e gostei do que você escreveu sobre o livro e vou dar uma chance a ele. Muita gente critica essa autora por umas séries que não deram certo, mas eu gosto :)

    Beijos.

    http://livrosleituraseafins.blogspot.com.br/

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