Autor(a): Fábio M. Barreto
Editora: Fantasy Casa da Palavra Páginas: 288
Lançamento: 2013 ISBN: 9788577343126
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Na data marcada para o fim do mundo, todas as crianças nascidas nos últimos 12 meses morrem misteriosamente. Um repórter que cobria os preparativos para o “evento”, deixa sua esposa grávida em casa, partindo para uma perigosa missão investigativa, onde descobre que terá de enfrentar grandes desafios para proteger aqueles que ama. Em Filhos do Fim do Mundo, acompanhamos a saga de um repórter tentando se equilibrar entre sua função de pai e jornalista em meio ao apocalipse. As catástrofes externas se misturam com a tensão psicológica do personagem em um envolvente romance que vai encantar os amantes de ficção.
Caos, é assim que o livro começa. Quando soa meia - noite, bebês em toda as partes do mundo, morrem em circunstâncias inexplicáveis. As pessoas tentam entender o que está acontecendo e entre lágrimas, desespero e uma dor avassaladora, percebem que o fim do mundo começou.
Todos se mobilizam, políticos, autoridades, médicos, religiosos, a imprensa. Cada um dentro de seus limites tenta ajudar à encontrar uma solução para este grande problema. Um jovem jornalista, prestes a ser pai, dias antes, fez uma matéria sobre grupos que acreditavam piamente que a salvação de todos seria a fuga para abrigos, naquele momento, entrevistando aquelas pessoas, eles os achou loucos, pessoas de bom coração, mas sem um pingo de sanidade. Mas hoje, a situação é outra, talvez o que ele viu como loucura, possa ser a última chance de salvação da humanidade, e ele resolve voltar ao local onde estas pessoas se abrigaram, para descobrir se pode ajudar a evitar o fim do mundo. Escoltado pelos militares, ele parte em uma jornada, sem um final definido, somente a esperança o guia, nada além disso.
Narrado em terceira pessoa, este livro me prendeu desde o começo. Fábio Barreto conseguiu criar uma cenário para o final dos tempos muito diferente dos que já vi, pois todas as vezes que li um livro com esta ideia, encontrei fogo caindo do céu, anjos descendo à Terra, entre outros acontecimentos, que por serem tão distantes da nossa realidade, fizeram com que a leitura fosse boa, mas fantástica demais para ser crível. Já neste livro, o primeiro sinal é a morte de recém nascidos, que logo é seguida pela morte de seres de todas as espécies, plantas e animais, abaixo de doze meses, é um fato que está em nosso cotidiano, mas levado aos extremos neste livro por acontecer ao mesmo tempo em todo o mundo. O que quero dizer, é que ao usar coisas comuns para mostrar o fim do mundo, o autor consegue nos fazer acreditar que realmente isso vai acontecer, que pode demorar, mas também pode ser em pouco tempo, simplesmente quando o relógio bater meia-noite. Hoje.
Sua narrativa é detalhista, além de nos mostrar bem o cenário, ainda nos dá uma ótima visão do sentimento que envolve os personagens. Foi fácil ver a situação e sentir na pele a aflição e ansiedade de cada pessoa envolvida na trama, não há como não ficar na expectativa de uma solução, ou até mesmo esperar que o pior aconteça. Em momento nenhum eu consegui saber se uma solução seria encontrada. No entanto, nas cenas de ação, eu achei que faltou mais energia.
"Falhou em todas as tentativas. O medo minou a fé, implodiu a lógica e aprisionou a esperança."
Os personagens são diferentes também, logo no começo da leitura estranhei muito eles não terem nomes, são apenas O Repórter, O Governador, O Diretor, O Padre, A Mãe, A Esposa, O Blogueiro. Quando nomes são dados aos personagens, eles tornam -se alguém para nós, por exemplo, se ouço o nome Axel ou Jamil Coração de Crocodilo, eu logo lembro, respectivamente, do majestoso e intrépido príncipe e do cômico vilão, da saga Dragões de Éter, mesmo sendo parte de uma história de ficção, apenas fruto da imaginação do autor, eles ganham um identidade. Quem não sabe quem é Patch, Jace e tantos outros que ganharam vidas depois dos livros. Já em Filhos do Fim do Mundo, não existe uma identidade, e com o passar das páginas, eu deixei de achar o fato estranho, e passei a achar inteligente. Sim! Inteligente. Fábio Barreto ao deixar de dar um nome aos personagens, apenas os classificando pelo papel que ocupavam na sociedade, permitiu que cada um deles fosse o mundo. A Mãe pode ser qualquer mãe que perdeu um filho, O Repórter qualquer jornalista em busca da verdade, e até os blogueiros foram lembrados, mostrando como esta nossa rede ganha espaço a cada dia e forma opiniões.
No livro O Blogueiro é um arruaceiro, não possui uma postura que devemos ver como exemplo, no entanto sua figura representa a revolta da sociedade ao perder a internet, e o quanto isso é impactante entre aqueles que cresceram em um mundo dominado pela rede.
Outro assunto abordado durante o desenrolar da história foi a fé, O Repórter, sempre tão pragmático, vê-se em conflito com a sua ausência de fé e religião. Cercado por uma esposa e por uma mãe bem religiosas e por um amigo padre, percebe detalhes em sua vida, que antes não tinham tanta importância. Confesso que não gostei dele, uma pessoa muito egocêntrica, que achava que sua opinião era a única que deveria ser considerada. Ele complicou a vida de muita gente ao manter uma postura imutável, quando ele percebeu que estava agindo de maneira individualista, foi tarde. O que achei como sendo um ponto negativo do livro foi que muitas vezes tudo ficou muito preso nos devaneios dele, tornando certas partes cansativas. E afirmo que, em um mundo insano, prestes a explodir, ele foi o detonador.
"Teria tempo, não fosse a desnecessária discussão religiosa. Teria tempo, não fosse por Ele. Sempre Ele, cuja simples menção impedia as pessoas de realmente se amarem... Religião e amor não combinavam. Mas, pelo jeito, só ele acreditava nisso."
O livro não é muito grande, mas acabamos tendo esta impressão devido aos poucos capítulos, apenas seis, sendo que o primeiro tem quase cem páginas. Vi que muita gente sentiu-se incomodado, mas no meu caso não fez diferença. Como eu disse fiquei presa na história desde o começo, e quando vi o livro tinha acabado, eu li em um dia, então mesmo com capítulos longos e com a falta de afinidade que tive com O Repórter, fluiu bem.
Um livro que nos faz pensar, conforme as pessoas do livros fazem suas retrospectivas, lembrando de momentos que foram vistos como rotina, e que agora elas dariam tudo para passar por aquilo outra vez, olhamos nossas próprias atitudes. Será que estamos valorizando corretamente o que temos?
Pensei durante toda a história se tudo não passava de engano, se na verdade poderia ser algo causado pelo homem, se poderia ainda haver esperança. E sabem o que descobri no final? Bem, não posso dizer, assim vocês não vão querer ler o livro, mas foi algo satisfatório. Percebi que certas características e atitudes do ser humano, como o egoísmo, podem ser piores que o Apocalipse.
"Pelas razões erradas, o que os transforma em problemas esperando para explodir. Se eles não podem se governar por si, também são incapazes de ver além de sua individualidade e sucumbem ao desespero."
Sem dúvida uma das coisas que me chamou a atenção no livro foi aquilo que você ressaltou na resenha: o fato do autor não tratar de um personagem em específico. Não é a "Maria", nem a "Joana" é A mãe. Fazendo isso ele conseguiu tornar os sentimentos dos personagens muito mais universais.
ResponderExcluirAcho que uma narrativa detalhista pode ser boa ou ruim, isso depende muito. Se tudo se fechar dentro das perspectivas de uma pessoa só fica chato, mas creio que isso não acontece em boa parte do livro, apenas com a parte do repórter.
De qualquer forma eu gostei bastante desse clima de mistério, de apreensão. Estou super a fim de ler!
(desconstruindoaspalavras.blogspot.com.br)
Oie Cida
ResponderExcluireu li o livro e não gostei muito, justamente porque não consegui me sentir cnectada aos personagens, e também porque o livro acabou sem uma explicação plausível, ou melhor, sem nenhuma explicação para as mortes. O fato dos personagens não terem nome também me desagradou.
bjos
Oi Jacque! Minha sensação foi outra, eu pude imaginar os personagens se,do meus amigos, vizinhos, por não terem um identidade definida, acabaram tomando a forma de pessoas conhecidas, e desta forma a história ficou mais próxima. Super legal ver como as impressões são diferentes em cada um de nós.
ExcluirÉ uma ótima história, mas para mim faltou algo! tinha partes que me prendia e partes que me dava sono! As vezes me senti confusa com a narração, não consegui ver o livro só com bons olhos, infelizmente. Mas a premissa tinha tudo para ser uma história bem melhor ainda.
ResponderExcluirxoxo
http://amigadaleitora.blogspot.com.br/
Acho a capa desse livro show de bola, vi alguns comentários negativos a respeito dele, mas no momento não estou tão curioso para lê-lo, se surgir uma oportunidade não vou perde-la ^^
ResponderExcluirBeijos.
Guilherme.
http://umcompulsivoleitor.blogspot.com.br
Haáááááá o que vc descobriu??????????
ResponderExcluirhahahahahahahaa me deixou cheia de curiosidade!!!
Não sabia que esse livro era assim!!! Vou ver se compro ele esse mês!
Bjosss
Adoro ver suas críticas, cmo essa o homem em confusão com a fé e religião. Você sempre dá aquele tom crítico suave, percebemos que não quer ofender ninguém, portanto, dá um tom crítico firme e suave, ambiguamente.
ResponderExcluirBeijos.
clicandolivros.blogspot.com.br
Nossa, Cida! Parabéns pela resenha! Achei a sinopse muito boa também, e com o decorrer da leitura das suas impressões, fiquei muito interessada em adquirir o título. Parece muito impactante!
ResponderExcluirBeijo!
docesabordoslivros.blogspot.com
Oi Cida,
ResponderExcluirÉ a primeira resenha que leio desse livro e gostei. O livro me interessou por trazer um fim de mundo mais real e achei super interessante não ter nomes, nunca li um livro assim.
Fiquei curiosa sobre a história.
bjs
Entre Páginas e Sonhos
Engraçado que a primeira vista não daria a devida atenção a esse livro, mas sua resenha me fez querer muito lê-lo. Gostei dos pontos que você citou e parece ser uma história muito boa mesmo.
ResponderExcluirFiquei curiosa, com vontade de conhecer essa história logo. (:
Beeijão ^^
literarioecultural.blogspot.com.br
Oi Cida!
ResponderExcluirEu justamente pensei o contrário de você pelas resenhas que vi. Tipo, eu odeio personagem sem nome, isso fica impessoal pra quem lê.
E sem contar o primeiro capítulo de 90 páginas '-'
Acho que não quero ler, pelo menos agora.
Beijos
descobrindolivros.blogspot.com.br/
Oi Lucas! No meu caso foi algo que apreciei, mas isso é muito pessoal. No caso dos capítulos, a história te envolve muito e nem percebi as páginas passando.
ExcluirAdorei a indicação (:
ResponderExcluirA estória do livro parece ser muito legal e a sua resenha me deixou cheia de curiosidade!! Quero muito ler este livro agora! haha. Ótima resenha.
ResponderExcluirBeijos
http://palavrasdeumlivro.blogspot.com.br/
Oi Cida,
ResponderExcluirSua resenha me deixou muito curiosa por esse livro, mesmo não tendo aquela primeira simpatia por ele agora pretendo Lê-lo *-*
Beijos
Mari - Stories And Advice
Primeiramente, parabéns pela resenha que está maravilhosa. Esse livro chama a atenção tanto pela capa quanto pela sinopse. Sua resenha só veio reforçar a idéia que do autor. Quero muito ler.
ResponderExcluirEstou doidinha para ler esse livro,
ResponderExcluirA estória é diferente de tudo que já li, e o fato dos personagens não terem nome, é bem inovador. Estou muito curiosa.
http://soubibliofila.blogspot.com.br/
Ah.. Amo a blogosfera por isso: sempre me atualizando de livros, rs!
ResponderExcluirAdorei a dica! Assim como a Delmara comentou assim, o fato de não terem nome (os personagens) é bem diferente e me deixou bastante cuirosa!
Beijos e Feliz Páscoa!
Tem meme pra você AQUI (:
Oi Cida!
ResponderExcluirAchei interessantes esses personagens que o autor resolveu retratar, eu, por exemplo, provavelmente me identificaria com a mãe e o blogueiro... Ahh, e concordo que o egoísmo pode ser pior que o Apocalipse! Gostei muito da resenha ;)
Beijos e Feliz Páscoa =D
Elis Culceag. * Arquivo Passional *
Oi Cida, tenho visto muitas resenhas deste livro!
ResponderExcluirRealmente me chamou a atenção o tema abordado dessa maneira.
Não é um tema inédito, mas foi abordado de maneira inusitada.
Estranho também o fato de que os personagens não tem nome.
Isso tenho visto todos citarem, é algo que chama a atenção, já que é fora do comum, né!?
Fiquei com muita vontade de ler e ja coloquei na minha lista.
Beijokas
Meus livros, meu mundo.
Oi Jaque! Não é um tema novo não, mas como foi trabalhado de forma nova foi muito bom. Bjos!
ExcluirOi, Cida! Essa é a primeira resenha que leio do livro. Confesso que mesmo com sua resenha espetacular, não me interessei muito para lê-lo. Achei legal a ideia do autor de não dar nomes aos personagens, tornou a história diferente. Sobre os capítulos longos, não sei se seria um problema nesse livro, mas não curto. Acho muito ruim quando a gente quer concluir uma parte da história e ver que ainda tem um monte de páginas.
ResponderExcluirBeijos, Leitura da Vez.
Oi, Cida!
ResponderExcluirJá ouvi bastante gente falando sobre esse livro e estou bem curiosa a respeito dele, ainda mais depois de ter lido a sua resenha. Não sabia por que ele se chamava "Filhos do Fim do Mundo", mas agora já deu pra ter uma ideia, rs.
Beijos,
Natalia Leal
http://www.paginas-encantadas.blogspot.com
Oi Cida!!!
ResponderExcluirAdorei sua resenha a capa desse livro é bem bonita e a sinopse me deixou BEM instigado! Não curto capítulos grandes acham que deixam a leitura mais maçante a não ser se estes forem perfeitos! uraRAHRAHRAH
Gostei muito de sua resenha Cida e om certeza vou procurar esse livro! :)
Um Beijo minha flor*
Lucas F*
http://apanhadordelivros.blogspot.com.br/
Oiie, acabei de conhecer esse livro e achei bem interessante. Amei a resenha e fiquei bem curiosa para ler !!
ResponderExcluirAchei bem diferente por isso me interessei !
Beijos
Raíssa Lis
Flor de Lis - http://florderaissalis.blogspot.com.br/
Interessante ne? no inicio nao me chamou muita atençao mas só lendo pra saber, gosto de misterios e esse é um, só que diferente, espero poder le-lo!
ResponderExcluirSEGUIDORA: ANDRESSA NUNES
ResponderExcluirExcelente resenha, abordando pontos fortes do livro, despertando o interesse dos leitores, vale a pena conferir.
Olá Cida,
ResponderExcluirEsse é um livro bem diferente e gostaria de lê-lo...parabéns pela resenha...abçs.
http://devoradordeletras.blogspot.com.br
Gostei muito de sua resenha.Me parece ser um bom livro,com bastante emoção.Vou adorar lê-lo.
ResponderExcluirA resenha instiga a leitura, sem contar que é um livro de autor brasileiro. Ponto importante da resenha e que instiga a ler o livro é: "Um livro que nos faz pensar, conforme as pessoas do livros fazem suas retrospectivas, lembrando de momentos que foram vistos como rotina, e que agora elas dariam tudo para passar por aquilo outra vez, olhamos nossas próprias atitudes. Será que estamos valorizando corretamente o que temos?"
ResponderExcluirA quantidade de resenhas positivas que tenho lido em relação a esse livro é impressionante. Achei a história bem interessante, pois como você disse, essa abordagem de fim do mundo que o Fábio usou é mais palpável. Fora que tem erra "corrida contra o tempo", para conseguir encontrar respostas sobre os acontecimentos. Resumindo, quero ler, sim!
ResponderExcluir@_Dom_Dom
Não é muito meu tipo de livro, mas por incrível que pareça me deixou curiosa. Eu quase não leio livros do ponto de vista masculino, quem sabe eu goste desse.
ResponderExcluirEsse livro me chamou muito a atenção, principalmente pelo título e pela sinopse. Me interessou dês do começo e gostei muito da sua resenha. Amo livros de autores brasileiros e sei que esse não vou me arrepender.
ResponderExcluirEu nunca tinha escutado falar desse livro. Achei bem interessante a sinopse e muito mais sua resenha. Por ser escrito por um homem, estou mais que curiosa para experimentar a forma da escrita.
ResponderExcluirBjs
susanemd@blogspot.com.br