
Em um de seus mais intrigantes casos, Hercule Poirot enfrentará um opositor que desafiará sua inteligência e sagacidade: o tempo. Procurado pela bela jovem Carla Lemarchant, Poirot é contratado para investigar um terrível crime que acontecera dezesseis anos antes, e que envolveu os pais da moça. Caroline Crale foi condenada à prisão perpétua e submetida a trabalhos forçados pelo assassinato do marido, o famoso pintor Amyas Crale. Mas, antes de morrer na prisão, enviara à filha, então criança, uma carta afirmando sua inocência. Tantos anos depois, não há mais evidências a serem colhidas. As pistas e provas deverão ser tomadas apenas na análise psicológica das testemunhas, e, para tanto, Poirot contará com sua capacidade de compreensão profunda do espírito humano para desvendar esse mistério. Nas entrevistas que Poirot faz com as cinco testemunhas do crime se revelam seus caracteres e intenções, e fortes sentimentos vêm à tona: angústia, inveja, amor, desejo, cobiça, ciúme. Quem, além de Caroline, teria motivos para assassinar Amyas? O que se esconde por trás dos relatos das testemunhas? O que de fato aconteceu na propriedade dos Crale naquele fatídico dia? Nada leva a crer que alguma daquelas pessoas possa ter assassinado Amyas Carle, impulsionando o leitor a prestar muita atenção aos detalhes dos relatos, a fim de acompanhar o aguçado raciocínio de Poirot nesta trama cheia de sutilezas, e que culmina em uma surpreendente revelação do assassino e dos curiosos motivos do assassinato.
Os Cinco Porquinhos é a primeira leitura do #ReadChristie2025, que tem como tema personagens e carreiras. O tema de janeiro foi artistas.
E começo mais um ano com uma história protagonizada por Poirot e, para mim, um dos seus maiores desafios.
É oferecida a ele a investigação de um crime ocorrido dezesseis anos antes. Amyas Crale, um pintor famoso, é envenenado e sua esposa Caroline condenada pelo assassinato. No dia da tragédia, além dos dois e alguns empregados, havia na casa mais cinco pessoas, que divertidamente Poirot apelida de "cinco porquinhos".
Carla Lemarchant é filha dos Crale e tem em mãos uma carta da mãe afirmando inocência. Ainda que Caroline já tenha partido desse mundo, Carla quer desvendar os segredos do passado da família e descobrir a verdade. Ela acredita na mãe.
Poirot aceita o desafio, e boa parte da narrativa é composta por ele entrevistando os "porquinhos".
Eu adorei essa viagem ao passado, não só por poder ver o cenário da tragédia sendo construído e ter a chance de formar uma opinião sobre as pessoas envolvidas, mas também pela astúcia com que o detetive conduziu os interrogatórios. Foi divertido e instigante ver sua sagacidade ao extrair pistas, fatos e, claro, a verdade. Os "porquinhos", habilmente guiados por ele, entregaram tudo sem perceber.
Diferente de outros casos, onde Poirot visita o local com pistas frescas e coleta indícios, nesta investigação ele se concentra no aspecto psicológico para compreender o que aconteceu. Assim como ele, temos as mesmas informações e podemos tentar descobrir a verdade. As pistas estavam lá, claramente visíveis, mas, apesar disso, errei completamente meu palpite sobre o culpado. Só quando Poirot, com seu costumeiro hábito de reunir todos os envolvidos para recontar a história e revelar o culpado, percebi o quanto Agatha deixou as peças do quebra-cabeça bem à vista e mesmo assim, não vi o óbvio.
É uma história incrível! Há um crime bem arquitetado, uma trama de emoções, com fortes paixões, arrependimentos e ressentimentos. Há ódio e há amor. Os personagens são complexos e cheios de camadas. Esta obra de Agatha é uma das mais bem escritas que li e envolvente. Amei!
#ReadChristie2025 - Lidos
Janeiro - Artistas - Os Cinco Porquinhos
Oi Cida, tudo bem? Acabei de ler 'Noite das Bruxas' e o livro segue no molde desse que você resenhou. Poirot chegando depois do crime, sem pistas frescas para analisar e precisando usar as entrevistas como recurso. Confesso que não me prendeu muito, sou mais da turma do CSI, mas gostei da forma diferente como a investigação foi conduzida e óbvio, adorei a parte onde o detetive expôs tudo. Também não consegui apontar culpados durante a leitura. Acho difícil analisar testemunhas. Se algum dia for ler 'Os Cinco Porquinhos', já terei em mente como a investigação é conduzida.
ResponderExcluirAté breve;
Helaina (Escritora || Blogueira)
https://hipercriativa.blogspot.com (Livros, filmes e séries)
https://universo-invisivel.blogspot.com (Contos, crônicas e afins)
Embora em ambos os livros o detetive investigue crimes já passados, este aqui traz uma história bem mais elaborada e personagens mais interessantes que Noite das Bruxas. Por isso, acredito que Os Cinco Porquinhos vá agradar você mais do que o outro. Digo isso por experiência própria.
ExcluirQue bom saber sobre sua experiência positiva com esse livro. Confesso que não amei o que li de Agatha Christie, ainda assim está nos meus planos ler pelo menos mais um livro dela este ano.
ResponderExcluirOi Cida, só de saber que é com o Poirot já sei que é muito bom. Esse ainda está na minha lista para ler. Que bom que vc amou, espero amar também ^^
ResponderExcluirBjos,
Kelen Vasconcelos
https://www.kelenvasconcelos.com.br/
Não conheço! Mas já coloquei na minha lista!
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Bjxxx,
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Oi!
ResponderExcluirQue legal que é uma história incrível, já vi ele muitas vezes por aí, mas mal sabia a premissa dele!
Beijão
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