[Resenha] Alguém Para Abraçar

Alguém Para Abraçar
Título Original: Someone to Hold (Westcott #2)
Autor(a): Mary Balogh   
Editora: Charme                    Páginas: 384 
Lançamento: 2021                Romance de Época
Tradução: Monique D'Orazio 
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Humphrey Westcott, o conde de Riverdale, morreu, deixando uma fortuna e um segredo escandaloso que vão alterar para sempre a vida de sua família ― e mandar uma de suas filhas para uma jornada de autodescoberta... Com o casamento de seus pais declarado bígamo, Camille Westcott agora é filha ilegítima e não tem mais título. Procurando evitar as armadilhas de sua antiga vida, ela deixa Londres para lecionar no orfanato de Bath, onde vivia sua meia-irmã recém-descoberta. Porém, enquanto ainda está se ambientando, ela deve posar para um retrato encomendado por sua avó e suportar um artista que a irrita e a deixa com os nervos à flor da pele. Um professor de arte no orfanato que um dia foi seu lar, Joel Cunningham foi contratado para pintar o retrato da nova professora esnobe. Mas, quando Camille posa para Joel, o desprezo mútuo logo se transforma em desejo. E é apenas o vínculo que existe entre eles que lhes permitirá resistir à forte tempestade que se avizinha...  

Alguém Para Abraçar é o segundo volume da série Westcott e traz a história de Camille, meia irmã da protagonista do livro anterior. 

Camille foi criada como filha de um conde, para na idade adulta e prestes a casar, descobrir que o casamento dos pais não era válido e ela e os irmãos eram tidos como bastardos. 

Para completar, foi descoberto que ela tinha uma irmã mais velha que era a verdadeira herdeira do pai. Assim Camille, a mãe e os irmãos ficaram pobres e sem título do dia para noite. Ah! O noivo também desmanchou o compromisso depois deste escândalo. 

No livro anterior não tivemos muito contato com ela, mas ficou claro que Camille não conseguia aceitar a nova irmã e nem encontrar um caminho para seguir. 

Neste volume, sua busca por um lugar para pertencer e saber quem é de verdade fica mais evidente e a jovem resolve promover uma revolução na própria vida. 

Camille assume o lugar de professora em um orfanato e vai viver em um humilde quartinho, postos antes ocupados por sua meia irmã Anna. Achamos de começo que isso não vai dar certo, pois uma jovem esnobe não vai se encaixar naquele mundo e então vem a grande surpresa. 

Apesar de muito séria e meio sombria, Camille mostra que nasceu para ser professora e leva muito jeito com as crianças. Ela sabe lhes dar o carinho e atenção necessários e ensinar de maneira criativa e atraente para os pequenos. Embora não perceba, ela tem talento e um grande coração. 

O professor de artes da escola, Joel, é amigo de Anna e estava preparado para não gostar da jovem que não aceitou sua amiga como irmã. No entanto, ambos se impressionam mutuamente quando se conhecem e uma amizade improvável surge. 

É claro que não é só amizade, é também uma forte atração. Mas é só quando Joel até então órfão, descobre sobre seu passado e origens, que ele e Camille forjam algo mais forte e o relacionamento muda de amizade para algo mais intimo. 

Eu gostei de ambos os livros, mas diferente do anterior que o romance me fascinou, este aqui para mim foi mais interessante na jornada individual dos personagens do que no romance entre os dois. 

Camille e Joel no livro anterior pareciam duas pessoas sem atrativos para mim, mas neste livro ambos ganharam minha admiração e respeito. Em especial ela, pela forma como não caiu em um poço de depressão após as reviravoltas de sua vida e foi em busca de um novo começo e de ser alguém forte e independente. 

Ela trilha uma estrada cheia de pedras, mas tira cada uma da frente e consegue se reconciliar consigo mesma e até com a família que por um tempo passou a ser uma lembrança incômoda do que perdeu. Quando Camille entende quem é de verdade, acaba aceitando todas as partes de sua vida e as juntando em perfeita harmonia. Ainda consegue ser o apoio de Joel quando ele tenta entender sua origem. 

O que não me animou no romance foi que não vi romantismo entre os dois. A primeira vez que ambos fazem amor é muito sem graça e sem sentimentos, isso acabou por minar minhas expectativas no casal, que apesar de tudo que passaram juntos, não chegou a me convencer de uma grande amor. 

A relação de Camille com as crianças do orfanato, para mim, teve mais sentimentos do que a dela com Joel. Ainda assim, mesmo não sendo o romance de suspirar que eu ansiava, a jornada de Camille é impressionante e tornou a história empolgante para mim neste aspecto. 

Eu gostei demais da protagonista e suas atitudes, torço por mais moças de fibra em romances de época como ela. A família Westcott marcou presença novamente e a irmã de Camille e seu primo Alexander são os personagens que mais despertam meu interesse para ver suas histórias. Que venha logo um terceiro volume. 


2 comentários:

  1. Oi Cida, tudo bem?
    Que bom que mesmo com a falta de um casal apaixonante, a jornada de crescimento da protagonista, compensa a leitura. Eu gosto da escrita da autora, então quem sabe no futuro eu confira essa série.

    *bye*
    Marla
    https://loucaporromances.blogspot.com/

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  2. Oi Cida, tudo bom?
    A Mary Balogh é uma das autoras de época que menos me agradaram até hoje, por isso não me animei a ler mais dela... Não sei, acho que ela fica sempre na zoninha de conforto dos romances mais rasos.
    beeeeijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

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