[Resenha] Todas as Boas Pessoas Daqui

Todas as Boas Pessoas Daqui
Título Original: All Good People Here
Autor(a): Ashley Flowers
Editora: Faro                                   Páginas: 256
Lançamento: 2023                          Crime, Suspense
Tradução: Fernando Silva
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Todos naquela cidade se lembram do infame caso de January, a menininha que foi encontrada morta horas depois ao seu desaparecimento. Margot tinha seis anos na época, a mesma idade de January – elas eram amigas e vizinhas. Vinte anos depois, Margot amadureceu, formou-se em jornalismo, mudou-se para outro estado, mas sempre viveu assombrada por aquele crime, e com a ideia de que poderia ter sido ela a escolhida pelo assassino... que nunca foi encontrado. Quando retorna à cidade para cuidar de seu tio, Margot sente como se tivesse entrado em uma cápsula do tempo: tudo se parece exatamente como se lembrava - um lugar habitado por pessoas reprimidas e reservadas. Até que outro caso acontece. Natalie Clark, de cinco anos, desaparece em circunstâncias quase idênticas às da menina da sua infância. Com todos os sentimentos de pavor voltando, Margot se vê sem saída. Ou surta ou age. Ela decide, então, investigar o que aconteceu com Natalie e também com sua amiga na infância. Mas a polícia, as famílias e os habitantes da cidade não parecem muito dispostos a ver alguém revirar o passado. À medida que Margot se aprofunda no desaparecimento de Natalie, ela começa a suspeitar de que há algo verdadeiramente sinistro naquela comunidade: uma espécie de pacto de segredos que pode destruir a vida de muita gente. O assassino de January pode ser a mesma pessoa que levou Natalie? E qual será o risco que ela corre ao tentar descobrir o que realmente aconteceu naquela noite vinte anos atrás? Arrepiante e intenso, Todas as boas pessoas daqui é uma história intrigante, que propõe aos leitores a seguinte pergunta: do que seus vizinhos são capazes de fazer atrás de portas fechadas?

Uma criança desparecida no passado e uma criança desaparecida no presente, ambas em pequenas cidades bem próximas uma da outra. Parecem dois crimes distintos, mas para a jornalista Margot Davies, há uma ligação. A primeira delas, January Jacobs, era amiga de Margot.

Margot retorna para sua cidade natal quando o tio começa a sofrer os primeiros estágios de Alzheimer e acaba se deparando com um crime muito semelhante ao que marcou sua infância, o desaparecimento de uma garotinha. 

Ela escreve uma matéria sobre o assunto para o jornal que trabalha, mas sua obsessão pelo crime do passado é muito grande e seus empregadores acreditam que devido a isso ela perdeu o objetivo e o foco. Resultado, Margot perde o emprego. 

No entanto, isso não a desmotiva e ela resolve investigar por conta própria. Não apenas por justiça, mas para também recuperar seu emprego. 

Ninguém acredita na jornalista, mas certos avisos que ela passa a receber para deixar o assunto de lado, para sair daquela cidade que é perigoso para ela, acabam por levantar ainda mais suspeitas. Tanto ela, quanto o leitor, acabam acreditando que há, sim, uma ligação entre os crimes. 

Ashley Flowers nesta obra nos traz uma história de crime e mistério ambientada em cidade pequena e com pessoas cheias de segredos.  É uma receita conhecida por fãs do gênero e que mesmo clichê, sempre funciona. 

A autora se alterna entre passado e presente para construir a narrativa e com isso vamos vendo no passado os dias posteriores ao desaparecimento de January e também os paralelos que Margot vai traçando no presente entre ambos os sequestros. 

A investigação de Margot a leva até mesmo a descobrir segredos dentro de casa e coisas que vão além dos crimes. Chega um ponto que ela teme que a verdade possa destruir tudo que acredita e pensa em recuar. Nós nos questionamos se as vezes é melhor ficar às cegas e deixar o passado enterrado. 

É uma leitura que flui fácil e este artificio de passado e presente é sempre um dos meus favoritos quando há crimes/mistérios para desvendar. Eu gosto bastante de ver as pessoas no antes e depois, para observar as mudanças ocorridas em suas vidas e como certos acontecimentos as marcaram. Neste tipo de história, mais do que o crime em si, são as pessoas o que acho mais interessante. 

Aos poucos dá para construir um quadro geral do ocorrido com January e eu fiquei de olho em pelo menos seis pessoas que poderiam ter cometido o crime (desconfiei da família inteira da garota), mas foi mesmo a investigação de Margot no presente que trouxe os esclarecimentos adicionais que eu precisava. Consegui, um pouco antes do final, matar a charada. 

Sobre o final, vamos ter a verdade revelada, mas a autora deixa um aspecto da história em aberto e gostaria que tivesse um epilogo para eu tirar uma dúvida sobre o destino da jornalista. Ainda assim, foi uma leitura envolvente do começo ao fim e gostaria de ler mais obras da autora. 



4 comentários:

  1. nossa, agora eu fiquei muito curiosa para saber o que aconteceu e quem foi o culpado e qual motivo teve
    socorr

    se eu tiver a oportunidade, quero ler sim

    beijos
    https://duquesaazarada.blogspot.com/

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  2. Eu ainda não conhecia essa obra, mas confesso que fiquei curiosa, especialmente pela forma como a Margot lida com os fantasmas do passado dela. Quero ler também.
    Bjks!

    Mundinho da Hanna
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  3. Oi
    fiquei interessada na leitura, pois fiquei curiosa para saber o que aconteceu com essas crianças no passado e presente, que bom que é um suspense que a leitura flui bem.

    https://momentocrivelli.blogspot.com/

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  4. Oi Cida, eu não conhecia o livro e me interessou muito a premissa. Adoro um mistério intrincado e cheio de segredos. Vai pra minha lista de futuras leituras.

    Até breve;
    Helaina (Escritora || Blogueira)
    https://hipercriativa.blogspot.com
    https://universo-invisivel.blogspot.com

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