[Resenha] A Casa das Orquídeas

A Casa das Orquídeas
Título Original: The Orchid House
Autor(a): Lucinda Riley  
Editora: Arqueiro                 Páginas: 528
Lançamento: 2018               ISBN: 9788580418712
Tradução: Fernanda Abreu
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Quando criança, a pianista Júlia Forrester passava seu tempo na estufa da propriedade de Wharton Park, onde flores exóticas cultivadas pelo seu avô nasciam e morriam com as estações. Agora, recuperando-se de uma tragédia na família, ela busca mais uma vez o conforto de Wharton Park, recém-herdada por Kit Crawford, um homem carismático que também tem uma história triste. No entanto, quando um antigo diário é encontrado durante uma reforma, os dois procuram a avó de Júlia para descobrirem a verdade sobre o romance que destruiu o futuro de Wharton Park... E, assim, Júlia é levada de volta no tempo, para o mundo de Olívia e Harry Crawford, um jovem casal separado cruelmente pela Segunda Guerra Mundial, cujo frágil casamento estava destinado a afetar a felicidade de muitas gerações, inclusive da de Júlia.

Depois de ter me apaixonado pela história de A Rosa da Meia – Noite já embarquei em outra obra de Lucinda Riley, desta vez A Casa das Orquídeas, o primeiro livro dela que chegou na minha estante.

Nesta história conhecemos a pianista Julia Forrester, uma jovem artista famosa que passou pelo trauma de perder o marido e o filho em um acidente de carro. Reclusa na Inglaterra, ela apenas leva um dia após o outro sem a menor vontade de viver. Preocupada com a irmã, Alicia vai até a casa de Julia e a convida para ir visitar uma venda de móveis antigos de uma mansão centenária na região.

Wharton Park não é apenas uma velha mansão, é também o lar dos Crawford, um um local que Julia guarda no coração com muito carinho. Seus avós foram empregados da mansão e ela passou momentos maravilhoso da infância ali. Voltar à Wharton Park aquece o coração de Julia, que há muito tempo estava gelado.

Kit Crawford é o atual herdeiro de Wharton Park e há anos atrás teve o prazer de ver Julia tocando piano na mansão quando ela ainda nem sonhava em ser uma pianista de nome. Quando a reencontra na propriedade fica contente e age de maneira amistosa. Dias mais tarde, Kit acha um velho diário de um prisioneiro de guerra e acredita ser do avô de Julia. Ele entrega para ela e quando Julia questiona a avó Elsie sobre o diário, acaba por desenterrar uma história iniciada em meados de 1939 que liga o passado de sua família e os dos Crawford de maneira dramática e emocionante.

Assim como no livro anterior da autora que li, neste ela também se usa da narrativa intercalada entre presente e passado para compor a história. No presente ela mostra Julia tentando se recuperar da perda, sua interação complicada com a irmã mais velha, a descoberta do passado da família pelas história da avó e a relação bonita que surge entre ela e Kit.

Eu adorei Julia desde a primeira página e como Kit é o cara mais adorável do mundo, logo comecei a torcer para que ambos curassem seus corações juntos. Assim como ela, ele também perdeu alguém que amava e desde então não teve outra chance no amor. A princípio as coisas entre eles até que se encaminham bem, mas a autora, muito astuta prepara uma surpresa e tanto para nós e para eles. Não sabemos até o final da história se esse maravilhoso casal vai ficar junto.

E paralela a história de Julia, temos o passado que apresenta o herdeiro dos Crawford, Harry, sua esposa Olivia, os pais dele, os avós de Julia e Lidia e uma jovem tailandesa. É neste passado, na história que liga cada uma dessas vidas, que reside o futuro ou melhor, a narrativa dos dias atuais que envolve Julia e Kit.

Tudo o que acontece no passado com essas pessoas é triste, afirmo que foram pouquíssimos os momentos de alegria que viveram. Acredito que apenas os avós de Julia encontraram felicidade nesta época, que abrange os anos que tivemos a Segunda Guerra e alguns após a derrota da Alemanha. Eu não vou entrar em detalhes sobre este período da história, só digo que Harry foi a pessoa que desencadeou os dramas e com isso não apenas ele sofreu, mas também outras pessoas. Não gostei deste Crawford, diferente de Kit que é generoso e com um coração de ouro, para mim Harry foi egoísta e irresponsável todo o tempo.

As duas épocas mostradas são fascinantes e não dá para ficar indiferente as histórias destas pessoas. Eu senti muitas emoções lendo a obra, desde muita tristeza, passando por muita revolta e também alegria por ver que mesmo após perder tanto, alguns personagens tiveram a chance de recomeçar.

Lucinda soube como fazer a vida deles se tornar muito realista para o leitor, soube como nos fazer criar empatia por eles e com isso a conexão com a obra foi imediata. É uma leitura sem dúvidas envolvente, daquelas que não vemos nem quase seiscentas páginas passando. Eu não queria que acabasse, adoraria ter passado mais tempo com estes personagens.

A Casa das Orquídeas é um livro para balançar o coração do leitor, um romance dramático com pano de fundo histórico que fala sobre relações familiares, perdas, mentiras, desilusões, traições, amores e esperança.

Os momentos finais, quando a autora junta com maestria as vidas dos personagens do passado e presente, são maravilhosos e foram feito de maneira muito delicada, uma bala no coração que encerra a obra com chave de ouro e nos deixa com um sorriso no rosto. Recomendo! 


8 comentários:

  1. Oi, Cida! Tudo bom?
    Eu li esse título da Lucinda muuuuito tempo atrás, foi justamente ele que infelizmente fez meu santo não bater com o jeito dela de contar histórias. Mas que bom que você curtiu tanto!

    Beijos, Nizz.
    www.queriaestarlendo.com.br

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  2. Amei a resenha. Esse livro parece ser espetacular, por misturar passado e presente e ainda trazer persomagens fáceis de gostar. Vou colocar na minha lista
    beijos
    https://www.dearlytay.com.br/

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  3. Olá,
    Esse livro parece mesmo ter uma história bem sensível, e Lucinda Riley é bem conhecida por tecer histórias que funcionam bem dentro de passado e presente. Nunca li nada da autora, mas vontade não me falta, confesso que ainda não li esse livro por que acho ele bem grande, haha. Porém, como vc disse, não se vê as páginas passando né?! Quando possível vou dar uma chance a ele.
    Beijo, Blog Apenas Leite e Pimenta ♥

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  4. Oi Cida,

    Ahh eu quero tanto ler esse livro, tenho uma amiga que ama de paixão essa história.
    Todo mundo fala tão bem dos livros dela, mas se eu for ler queria começar por esse.

    Bjs
    https://diariodoslivrosblog.blogspot.com/

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  5. Oie, conheço a autora há pouco tempo, mas fiquei curiosa sobre seus livros. Esse parece uma excelente leitura.

    Bjs

    Imersão Literária

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  6. Oi Cida, tudo bem?
    Gostei muito da dica. Espero ler Lucinda Riley um dia, porque todo mundo elogia a qualidade das obras dela, algo realmente ímpar. Mesmo não sendo muito meu estilo (esse drama mais familiar), eu acho que eu curtiria sim a experiência.
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

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  7. Oi Cida, como você está?
    Menina, eu li essa livro na edição da Novo Conceito ainda, porque minha mãe é mega fã da autora e tem as versões antigas. Eu ameeeei, idas e vindas no tempo nos trazem uma bela história! Quero ler mais obras da Lucinda logo logo!
    beeeijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

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  8. Olá, Cida.
    Esse livro foi meu primeiro contato com a autora e me apaixonei pela escrita dela. Eu estava carente de livros bons de romance e a Lucinda é espetacular em nos prender ao passado e ao presente de seus livros. Pena que ela nos deixou tão cedo.

    Prefácio

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