[Resenha] Os 10 (ou mais) mandamentos da solteira

Os 10 (ou mais) Mandamentos da Solteira
Autor(a): Krishna
Editora: Rocco                                      Páginas: 160 
Lançamento: 2021                               ISBN: 9786555321272
 ||Compre||     ||Skoob||  ||Goodreads||

 

Como é ser jovem e solteira nos dias de hoje? Um guia de mesa de bar... ou talvez um não guia, em que os conselhos não precisam ser levados ao pé da letra, os mandamentos são flexíveis e as histórias podem ou não ser verídicas. Os relatos e dicas de Os dez (ou mais) mandamentos da solteira vêm da experiência da autora ‒ Krishna, como é conhecida nas redes sociais, uma solteira orgulhosa e convicta ‒ e também de suas amigas e amigas de amigas, com seus inúmeros “dates”, rolinhos, “ghostings” e crises existenciais. A vontade de reunir tanta sabedoria sobre a solteirice num livro veio da constatação de que há muita coisa sobre mulheres, relacionamentos e sexualidade que todo mundo quer saber, mas quase ninguém tem coragem de perguntar nem de falar a respeito. Ser e/ou estar solteira e diariamente escolher a si mesma antes de todas as coisas deveria ser mais que normal em 2021. Então por que mulheres ainda recebem olhares atravessados quando dizem que são solteiras, enquanto homens estão por aí vivendo a solteirice e sendo felizes sem que ninguém questione seu status de relacionamento? Este é um livro de humor e de crônicas do cotidiano, mas também um manifesto, para ler e marcar as partes com as quais cada mulher, solteira ou não, mais se identifica. E, como diz o título, é ainda um guia sobre os tipos de homens que podem ser encontrados nos aplicativos, dicas para o primeiro “date” depois da conversa no app e também para desenrolar a conversa. E não fica por aí: aqui você vai encontrar muita coisa sobre amizade, trabalho, dinheiro, autoprazer e sobre o Gregório Duvivier. Mas para entender essa parte, só lendo.

Os 10 (ou mais) Mandamentos da Solteira, da Krishna, publicado pela Rocco, foi um livro que me chamou atenção por falar sobre ser solteira nos dias atuais e encarar isso numa boa. Afinal ser solteira não é defeito.

Eu acho o cúmulo do absurdo, nos dias atuais, ainda ouvir que mulher tem que ser mãe e tem que ter um homem do lado. Mulher não precisa nem de um e nem de outro para provar que é capaz, que é realizada e que está feliz. Quem quer isso para si, ok! E quem não quer, ok também. Acredito que a decisão da forma como vive de cada um de nós deve ser respeitada.

Em nem em sonhos quero filhos, não tenho esse lado maternal e não penso nesta meta como a maior realização de minha vida. Eu quero ter estabilidade na carreira, preservar minha independência e liberdade. Se der na telha sair eu saio. Se quero ficar na cama, ver tv o dia todo ou virar a noite lendo, eu faço. Não preciso me preocupar com um serzinho dependendo de mim e se duvidar do meu corpo.

Mas enfim, o livro não é sobre maternidade, é sobre ser solteira e ser uma solteira feliz. Houve uma época da minha vida que eu achava que não ter um cara comigo era o fim, mas depois de quebrar a cara algumas vezes, eu percebi que antes de mais nada, preciso estar bem comigo, gostar de estar comigo. Quando isso aconteceu, me senti mais segura. Se estou com alguém sei lidar melhor com a relação e se não estiver, para mim não é mais o fim do mundo.

E o livro fala disso, fala sobre isso. Sobre amar a si mesma antes de todas as cosias, sobre se conhecer antes de se jogar em novos relacionamentos, preservar sua carreira, tempo e amigos, ter prazer em sua própria companhia, usar a tecnologia ao seu favor, aproveitar as chances, dar-se prazer e valorizar ter prazer, não sonhar com homens que não existem e assim por diante.

Eu gostei do texto, da forma como a Krishna falou de tudo isso de maneira leve, exatamente como a sinopse sugere, como uma conversa amigável na mesa de bar. Não precisa ser só no bar, o que quero dizer é que a leitura foi como um bom papo. Leve, descontraído e casual. 

Eu ri de algumas observações dela, outras concordei cem por cento e de outras cheguei a discordar. Nem tudo o que é mencionado aqui eu faria/toparia/aconselharia. No entanto, é caso de personalidade. Os pontos que discordei são pontos que não combinam comigo. Assim o inverso pode acontecer com você que está lendo.

Eu super concordei com o capítulo sobre passear sozinha, descobrir lugares e até ir no cinema sem namorado. Gente, hoje em dia eu acho que se você quiser ter um momentos mais quentes não é no escurinho do cinema não. Lá eu vou para ver filme, coisa que amo, e não quero distração depois de pagar um ingresso que nem é tão barato. E ir no cinema sozinha é gostoso, experimentem para ver.

Saber o que quer para si, o que te faz feliz também é essencial. Se goste, se curta.

Já sobre as partes de usar a tecnologia a seu favor, há  conselhos da Krishna ali que não são para mim e nem recomendo. Eu meio que desconfio de certas coisas.

A obra não é para dizer para você ser solteira para sempre, mas para você ver que se está assim atualmente, não é uma aberração. É aceitável, é normal, é saudável. Se você encontrar alguém que te faça feliz, vai fundo, mas se não encontrar, sinta-se bem com você e não ache que é o fim do mundo.

Eu acho válida a leitura para todas as mulheres, até para as comprometidas. Se valorizar, gostar de ter prazer, gostar da sua companhia, valorizar uma carreira, sair sozinha, ter amigos, não é só para quem está solteiro. Você ter um par não é sinônimo de esquecer de si mesma e sim de compartilhar e também continuar sendo você acima de tudo.

Eu gostei bastante do livro, não é algo que eu tenha costume de ler, mas fugir da zona de conforto, desta vez, foi uma ótima experiência. 


   

7 comentários:

  1. Olá Cida,
    Adorei conhecer um pouco mais do livro. Ainda não conhecia ele e fiquei curiosa, até por ser uma mulher de 32 anos, solteira e bem resolvida com isso. Adorei ler seus pontos, e me identifiquei demais. Claro que nem todos os conselhos vão funcionar, mas acredito que sempre dá para pegar boas dicas ou reafirmar ideiais nossos.
    Já quero ler.

    Beijo!
    www.amorpelaspaginas.com

    ResponderExcluir
  2. Oi Cida.
    Não conhecia o livro mas achei a premissa super interessante. Eu concordo e muito com você que cada um tem que se gostar, se amar e se sentir bem e confortável consigo mesmo. Isso é primordial para viver melhor e mais feliz.
    Bjus

    ResponderExcluir
  3. Oi, Cida! Tudo bom?
    Esse livro não faz meu estilo, e ultimamente tô focando em histórias que realmente me interessam/são dos meus gêneros favoritos, então é uma indicação que vou deixar passar.

    Beijos, Nizz.
    www.queriaestarlendo.com.br

    ResponderExcluir
  4. Vim pelo título, pois solteira estou/sou há mais de uma década. Também gosto muito de estar comigo mesmo, sou uma companhia em geral bem agradável kkk E se não quiser estar só tenho amigas, família, é um mundo de milhões de habitantes ninguém fica cinco minutos sozinha se não quiser, mesmo sem namorar alguém.

    Adorei a resenha e a proposta do livro. Concordo muito com tuas opiniões sobre a vida de solteira. Não é uma vida ruim, tem suas dificuldades, mas em geral, eu particularmente, não tenho nenhuma pretensão de romper com meu estilo de vida atual. Gosto demais dele.

    Uma Pandora e Sua Caixa

    ResponderExcluir
  5. Oi Cuda, eu acho que a gente precisa mesmo aprender a passear sozinha! Eu achei bem interessante o tema, parece mesmo válida a leitura!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

    ResponderExcluir
  6. Olá, Cida.
    Desde quando vi esse livro fiquei bastante interessada nele porque com certeza vou me identificar em várias partes. Eu canso de ouvir besteiras do povo porque escolhi ser solteira e não ter filhos. Me chamam de coitada pelas costas hehe.

    Prefácio

    ResponderExcluir
  7. Oi Cida,

    Não conhecia o livro, mas achei bem legal a proposta.
    Não sei se leria agora, mas vou ficar de olho nele, se eu achar uma promoção quem sabe rs.

    Bjs e uma boa semana!
    Diário dos Livros
    Conheça o Instagram

    ResponderExcluir

Obrigada por seu comentário.

Sua participação é muito importante.

Um grande beijo!