[Resenha] Punk 57

Punk 57

Título Original: Punk 57

Autor(a): Penelope Douglas 

Editora: The Gift Box            Páginas: 324

Lançamento: 2019               ISBN: 9788552923954

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Autora best-seller do New York Times, Penelope Douglas, apresenta seu mais recente romance “New Adult” ... “Nós éramos perfeitos juntos. Até nos conhecermos. Misha Não posso deixar de sorrir com a letra da música em sua carta. Ela sente a minha falta. Na quinta série, minha professora organizou duplas com colegas de uma escola diferente. Pensando que eu era uma menina – por causa do meu nome – a outra professora me juntou com a sua aluna, Ryen. Minha professora – acreditando que Ryen era um garoto – concordou. Não demorou muito para descobrirmos o erro. E, em pouco tempo, estávamos discutindo sobre tudo. A melhor pizza para viagem. Android vs. iPhone. Se Eminem é ou não o melhor rapper de todos os tempos... E foi assim que começou. Nos sete anos seguintes, éramos só nós. Suas cartas são sempre escritas em papel preto com caneta prateada. Às vezes, recebo uma por semana ou três em um dia, mas eu preciso delas. Ela é a única que me mantém nos eixos, me acalma e aceita quem eu sou por inteiro. Nós só tínhamos três regras: nada de redes sociais, sem números de telefone e nenhuma fotografia. Nós tínhamos um lance bacana. Por que arruinar isso? Até eu deparar com uma foto de uma garota, online. Com o nome de Ryen, que ama a pizza do “Gallo” e idolatra seu iPhone. Quais eram as chances? Que se f*da. Preciso encontrá-la. Só não imaginava que odiaria o que descobri. Ryen. Ele não escreve há três meses. Algo não está certo. Ele morreu? Foi preso? Conhecendo Misha, nem um dos dois seria um exagero. Sem ele por perto, estou ficando maluca. Preciso saber que alguém está me ouvindo. A culpa é minha. Devia ter pedido seu número de telefone, foto ou algo assim. Ele podia ter sumido para sempre. Ou poderia estar bem debaixo do meu nariz, e eu nem sequer desconfiava.

 Nós éramos perfeitos juntos. Até nos conhecermos.

Essa frase resume bem o que acontece na obra, mas vamos por partes. Assinei novamente o Kindle Unlimited e um dos livros que apareceu como sugestão de leitura foi Punk 57. Eu nunca havia lido nada da Penelope Douglas achando que ela escrevia eróticos. Acabei não dando muita atenção aos seus livros, mas olhei melhor e vi que a história era sobre outros assuntos e vinha sendo bem elogiada. Arrisquei e não me arrependi, Punk 57 é muito bom.

A história apresenta dois jovens que nunca se viram, mas acabaram se tornando amigos de correspondência. Eles trocaram cartas por anos e algo forte surgiu ali. Uma laço não apenas de amizade, mas também não um romance. Um meio termo. Algo forte e sólido que os ajudou muito na adolescência.

Ryen e Misha até tinham vontade de se encontrar pessoalmente, mas tinham receio de quebrar o encanto. Mas morando perto, um dia isso aconteceu. Ele soube que era ela, ao passo que ela nem percebeu. Misha não acreditou no que viu, a garota das cartas era uma farsa, a verdadeira era tudo aquilo que ele abominava.

Ryen era a personificação do que ela mesma criticava nas cartas e uma garota que em nada poderia ser a amiga de Misha. Ele se viu surpreso, decepcionado e fascinado ao mesmo tempo. Seguido a este encontro, algumas coisas impediram a troca de cartas de continuar e ele de tirar satisfação.

Um tempo passa e na escola dela chega um aluno novo. Um cara que a tira do sério e parece saber muito dela, mais do que um desconhecido poderia saber. Quem era aquele cara? Quem era Masen?

É fácil saber quem era o Masen e como ele sabia tanto dela. Assim vamos seguindo a dupla no que vira um duelo constante de antipatia, mas que por baixo esconde muitas emoções e palavras não ditas.

Olha, estes dois são profundos. A principio parecem apenas dois jovens comuns, ela até mesmo superficial e fútil, mas conforme a gente vai lendo percebe que ambos têm muito para mostrar e de superficiais e comuns não têm nada.

Eu já admito que do Misha eu gostei de cara, apesar de pintar ser um bad boy, ele é um cara que está sofrendo por uma grande perda e busca algo. Algo que vem a ser um grande mistério dentro da trama.

Já a Ryen eu demorei para gostar, acho que no final a entendi, mas gostar é meio complicado. Ela é maldosa na maior parte do tempo e faz muitas besteiras para se encaixar. É complicado justificar suas atitudes, mas dá para entender a insegurança de uma jovem como ela.

Os dois juntos são bem explosivos em vários sentidos e as disputas verbais que travam é o melhor da obra. Os dois têm uns lances de desabafos poéticos que empolgam.

Claro que há muito drama adolescente e na escola dos dois tem alguns bem pesados, que os colocam sempre no centro do conflito.

Gostei da forma que a autora trabalhou a relação dos dois, o amadurecimento deles e dos sentimentos que surgiram pouco a pouco. E quase no final, quando eu achava que tudo estava resolvido, veio a resposta do mistério envolvendo a busca dele e nem de longe eu esperava aquilo. Foi uma surpresa que deu um diferencial a história.

A escrita de Penelope Douglas é fluida, cheia de sentimentos e atual. Punk 57 é um livro que foi uma surpresa boa e adoraria ler mais desta autora.