[Resenha] Amor(es) Verdadeiro(s)

Amor(es) Verdadeiro(s)

Título Original: One True Loves

Autor(a): Taylor Jenkins Reid 

Editora: Paralela                  Páginas: 353

Lançamento: 2020               Formato: eBook

 ||Compre||     ||Skoob||  ||Goodreads||

O que fazer quando a vida te dá dois amores verdadeiros? Quem é o seu verdadeiro amor? O que significa amar de verdade? Emma Blair casou com seu namorado do colegial, Jesse, quando tinha vinte anos. Juntos, eles construíram uma vida diferente das expectativas de seus pais e das pessoas de sua cidade natal, Massachusetts. Sem perder nenhuma oportunidade de viver novas aventuras, eles viajam o mundo todo, curtindo a vida ao máximo. Mas, em vez do tradicional "e viveram felizes para sempre", uma tragédia separa os dois, no dia do seu aniversário de um ano de casamento. O helicóptero com o qual Jesse sobrevoava o Pacífico desaparece e, simples assim, o amor da vida de Emma se vai para sempre. Emma volta para sua cidade natal em uma tentativa de reconstruir a vida e, depois de anos de luto, reencontra um velho amigo, Sam, que lhe mostra ser, sim, possível se apaixonar novamente. E quando os dois ficam noivos? Emma sente que a vida lhe deu uma segunda chance de ser feliz. Pelo menos é o que parece — até que Jesse é encontrado. Ele está vivo e tentou voltar para casa, para Emma, todos esses anos que passou desaparecido. Agora, com um marido e um noivo, Emma precisa descobrir quem ela é e o que quer, enquanto tenta proteger todos que ama Emma sabe que precisa escutar seu coração, ela só não tem certeza se sabe o que ele está querendo dizer.

Amor(es) Verdadeiro(s) é um dos mais recentes lançamentos da Paralela e traz para nós mais uma obra da incrível Taylor Jenkins Reid. Essa mulher tem o dom das palavras, conseguindo criar histórias envolventes, vivas e que nos levam a pensar. Acredito que foi o livro dela que mais me fez questionar certos assuntos. Foi uma leitura que mexeu comigo.

Quantos amores verdadeiros cabem em um coração?

Ok! Você pode responder que vários, já que existem vários tipos de amor, mas aqui me refiro ao amor romântico. Eu comecei a ler pensando que verdadeiro, VERDADEIRO, mesmo apenas um só. Só que não. Ao terminar a leitura me vi pensando que pode ser mais de um e, me colocando na pele da protagonista, senti que ela viveu um dilema e tanto. Nossa! É sério! Estar no lugar de Emma Blair não seria nada fácil. Eu não sei o que faria.

Logo que comecei a leitura achei que tinha lido errado ou a tradução estava com problemas, pois Emma menciona algo como estar com o noivo e receber uma ligação do marido. Que estranho! Como assim? Não estava errado, foi isso mesmo e logo a explicação vem e com ela o primeiro impacto da história.

Emma casou-se com o grande amor de sua adolescência. Ela e Jesse tiveram um romance juvenil que amadureceu e tornou-se uma relação sólida na idade adulta. Eles se completavam, incentivavam um ao outro na busca de sonhos e de derrubar barreiras. O céu era o limite e podemos dizer que ambos tinham uma relação vibrante e de sonhos. No entanto, no primeiro aniversário de casamento, Jesse sofreu um acidente e se foi.

Emma foi assolada pela perda, ao ponto de quase perder a sanidade e teve que recomeçar do zero para sobreviver. Na juventude ela deixou a casa dos pais, a família e a cidade natal em busca de aventuras e sonhos, não se via trabalhando na livraria dos pais e vivendo algo pacato. Ela queria viajar pelo mundo e fez isso bastante, mas com a perda, foi exatamente no lugar e nas pessoas que deixou para trás que achou a força para seguir em frente. Já mais madura, Emma percebeu que poderia ser feliz onde nasceu e levando uma vida como a dos pais.

O tempo passou e ela encontrou alguém capaz de fazê-la feliz outra vez. Emma pode encontrar um segundo amor e estava pronta para ser feliz de novo. Então seu primeiro amor voltou para ela. Emma se vê com um marido, um noivo e dois amores verdadeiros.

Parece novela, mas não posso deixar de acreditar que é algo que poderia acontecer na vida real, na de qualquer um de nós. A situação que Emma se vê é de tirar o fôlego e de mexer com as emoções. Eu até pensei que fosse ser fácil, mas não. Se coloca na pele dela e tenta se imaginar entre dois homens que você ama de verdade e ambos amam você. Você não quer magoar ninguém, mas vai ter que escolher. E os amores são verdadeiros. Ela os amou em períodos diferentes, deu a chance ao segundo quando acreditou que o primeiro havia partido e a gente sabe que ambos os sentimentos são sinceros. Emma não agiu de má fé, ela queria ser feliz e olha o que o futuro reservou para ela.

E fica difícil escolher. Eu tive meu preferido entre os rapazes, mas para quem os amava, acho que não dava muito para ter um preferido. Eu torci por  Sam, o noivo. Vi no Jesse o amor adolescente e inconsequente e em Sam solidez e algo mais sincero. Não que seja isso, ambos a amavam de verdade, mas me identifiquei mais com Sam e sua doçura. Não rolou química com o Jesse. Até fiquei brava com a Emma nas vezes que ela dava espaço para ele.

É uma história envolvente, que deixa a gente com coração na mão diversas vezes. E não apenas pelo romance dramático, mas até mesmo pelos outros dramas que fazem parte da vida da protagonista, desde sua relação com os pais, a irmã e o mais importante, com ela mesma.

Amor(es) Verdadeiro(s) é sobre muitas coisas. Um romance com boa dose de drama e que levanta diversos questionamentos sobre o amor e sobre quem somos e o que queremos. Emma Blair é uma protagonista que impressiona, uma mulher de fibra que assim como outras personagens de Taylor Jenkins Reid, soube deixar sua marca. É uma obra muito boa. Daisy Jones and The Six, segue como meu favorito da autora, mas esta nova história me marcou de outras formas. Recomendo!