Nerve
Título Original: Nerve
Autor(a): Jeanne Ryan
Editora: Planeta Páginas: 320
Lançamento: 2016 ISBN: 9788542206852
Você já se sentiu desafiado a fazer algo que, mesmo sabendo que pode se arrepender depois, acaba levando em frente? A heroína deste livro também. Vee cansou de ser só mais uma garota no colégio, e quer deixar os bastidores da vida para assumir seu merecido posto sob os holofotes. E o jogo online Nerve, febre nacional transmitida ao vivo, pode ser o início dessa trajetória de sucesso. Basta que ela clique no botão “Jogador” em vez de “Espectador” para entrar na disputa, que propõe, a cada etapa, um desafio novo. A adolescente acaba formando uma dupla imbatível com Ian, um garoto desconhecido com quem trava contato ao se inscrever em Nerve. Juntos, vão galgando posições no jogo. Mas, conforme os dois avançam na disputa, os desafios ficam cada vez mais complexos... e perigosos.
Nerve, de Jeanne
Ryan, chegou nas livrarias praticamente junto com a adaptação
cinematográfica e fiquei bem animada com a proposta da história que prometia
ação e emoção da primeira a última página.
Nos EUA a nova febre é um jogo de desafios,
o Nerve. Os participantes se inscrevem online, gravam vídeos curtos
cumprindo algum desafio e se forem bem aceitos pelo público, ganham prêmios e a
proposta de novos desafios. O prólogo apresenta uma participante do jogo em uma
situação extrema, provando que o jogo não é para os fracos, que é perigoso e
arriscado.
Vee trabalha nos bastidores do teatro da escola. É
maquiadora e embora faça bem este trabalho, sente se ofuscada pelo brilho da
melhor amiga e estrela principal da peça, Sydney. A situação fica um pouco pior quando o
cara pelo qual ela nutre uma paixão platônica demonstra interesse em sua
parceira de palco, não em sua prestativa maquiadora. Vee sente a necessidade de
ser ousada e fazer algo diferente e desta forma acaba aceitando um desafio
eliminatório para o Nerve.
O desafio é bem visto pelo público
(Observadores) e logo Vee recebe o convite para algo novo e, mesmo com receio, o
prêmio é tentador e ela aceita. A garota acaba mergulhando no Nerve e
assumindo novos riscos a cada etapa do jogo. Passa a fazer dupla com um rapaz –
Ian – e pela primeira vez na vida
sente que é vista pelo mundo.
A premissa é basicamente esta e da
participação de Vee e Ian no jogo durante uma noite é que a autora desenvolve a
história. Do começo ao fim vamos acompanhar uma partida de Nerve, ao
vivo, em Seattle.
Desde a primeira página eu senti que aquilo
não iria resultar em algo bom, o jogo é meio doentio e manipula as pessoas
através de seus desejos e em certo momento medos. Claro que o jogo em si não é o
grande vilão da história, pois cada um que participa fez a escolha por conta
própria, assim o maior inimigo dos jogadores são eles mesmos, a cobiça, o desejo
insaciável de ser e fazer algo ousado.
Eu não acho que o Nerve seja um
jogo sadio, não estou justificando a existência de algo tão perigoso, mas ele
existe porque as pessoas o alimentam. É fato!
E Vee, sempre tão quietinha, mergulha no
Nerve como se o mesmo fosse uma droga e eu virava cada página esperando
pelo momento que ela ia quebrar a cara. Não dá para torcer por ela, seus motivos
são fracos e superficiais. Se Vee queria mesmo mudar, que parasse de pensar nas
realizações da melhor amiga a cada segundo e pensasse em si mesma. A personagem
é aquele tipo de pessoa ressentida e preocupada demais com a vida alheia, que
esquece de viver a própria vida.
O engraçado é que ela critica tanto a
amiga, mas não convence sobre a outra ser má pessoa. E o desenrolar dos fatos
mostra que Sidney é legal, muito mesmo.
Não há motivo justo para Vee jogar, mas
mesmo sem concordar com sua escolha foi difícil não sentir aquela
curiosidade sobre o que iria acontecer.
E assim a leitura flui fácil, mesmo
torcendo contra eu queria saber qual a nova proposta do Nerve e o que
viria como novo desafio.
Alguns momentos são tensos, mas não tanto
quanto imaginei. A fase final coloca Vee e Ian juntos com outros jogadores,
aparentemente perturbados psicologicamente, mas que poderiam ter sido mais
explorados para que o leitor sentisse melhor de onde vinham aqueles aparentes
transtornos.
De qualquer forma ninguém aqui é confiável
e todo tempo eu tinha a impressão que apenas Vee era a jogadora, que os demais
estavam ali para deixá-la mais confusa. Há momentos que até os amigos delas
parecem ser parte do Nerve. Gente! É angustiante não ter certeza sobre
nada e ninguém. E o Ian – gatinho, prestativo, gentil – é o maior enigma de
todos, pois é perfeito para fazer dupla com ela, perfeito demais para ser
real.
E ainda que ele seja tão misterioso, ganhou
mais a minha simpatia do que Vee. Ainda que que a autora tenha trabalhado a vida
dele de maneira superficial, se sua participação no Nerve fosse de
verdade, parecia ser mais justa e válida. Algo passível de torcida.
Nerve mexe com você. É impossível não sentir raiva
da tolice dos jogadores, de sua sede por fama e afins, especialmente por
sabermos que existem pessoas que fariam igual. Quantos e quantos reality
shows temos por aí com uma centena de inscritos em busca de prêmios
“maravilhosos”. Eu não sou fã deste tipo de programa e achei legal este livro
trazer esta crítica tão aberta sobre o assunto. Que sirva de alerta.
É uma leitura rápida, a trama é bem ágil e
o final deixa espaço para mais, embora seja conclusivo para o que foi
apresentado. Não vi nada sobre continuação. Se você busca uma história jovem com
ação e desafios, é para você. Quero ver o filme, conferir se mudaram algo em
relação ao livro.
o livro tem uma capa bonita e cheia de mistérios assim como o enredo em si, apesar da positividade da resenha não é um livro que me atraia tanto. sinto que não é muito a minha praia
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Oi Cida,
ResponderExcluirAchei a história e o tema do livro interessante, mas não sei se leria.
Talvez eu conferindo a adaptação fique mais curiosa. Mas por enquanto não está na minha lista.
Bjs e uma ótima noite!
Diário dos Livros
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Oiii Cida
ResponderExcluirEu confesso que esperava mais desse livro. Quando li, há mais ou menos um mês, eu já havia lido antes algumas resenhas negativas, mas decidi ler mesmo assim. Achei Vee bastante superficial como vc disse, e senti falta de saber alguma coisa sobre Ian, foi dificil simpatizar com os personagens porque não nos é dado praticamente nada sobre Ian, como ele é ou qualquer coisa para empatizar com ele. Tb achei que Nerve foi pouco explorado, eu queria saber quem estava por detrás do jogo! Enfim, não foi meu livro favorito com certeza, mas tb vou querer conferir a adaptação que dizem que está melhor que o livro.
Beijos
unbloglitteraire.blogspot.com.ar
Oi Cida, tudo bem?
ResponderExcluirMuita gente comentou o filme, mas ainda não vi e nem li, mas gosto da premissa apresentada, então ainda quero conferir os dois!
Bjs, Mi
O que tem na nossa estante
Oi Cida!
ResponderExcluirNão li o livro nem vi o filme, mas pela sua resenha é bem o tipo de livro que eu gosto. Vou tentar ler antes de assistir!
Beijos,
Sora - Meu Jardim de Livros
Oi Cida!
ResponderExcluirAinda não tive a chance de ler "Nerve", mas gosto dessa premissa. Sobre os seus comentários, adoro histórias em que não podemos ter certeza sobre nenhum dos personagens, em que qualquer um pode fazer qualquer coisa a qualquer momento.
Vi alguns bloqueiros dizendo que a leitura decepcionou um pouco, mas parece não ter sido o seu caso. Que bom.
Beijos,
alemdacontracapa.blogspot.com
Nossa, eu tenho muita vontade de ler esse livro, o enredo é muito interessante e a capa é linda. Eu quero assistir o filme também.
ResponderExcluirMil Beijos!
http://pensamentosdeumageminiana.blogspot.com.br/
Oi, Cida!
ResponderExcluirFiquei curiosa com relação ao jogo, e saber que o livro mexe com o leitor, isso é bom. Mas já li muitas resenhas negativas do livro :/
Gostei da sua resenha, deu vontade de ler!
Beijos,
Eli - Leitura Entre Amigas
http://www.leituraentreamigas.com.br/
Olá!
ResponderExcluirTenho uma enooorme curiosidade em ler esse livro, inclusive assistir ao filme kkkk'
Adorei sua resenha!
Beijo, beijos
relicariodehistoriasma.blogspot.com