{Resenha} Oldar

Título Original: Oldar - Guerra da Traição
Autor(a): Rondinelli Fortalesa
Editora: Dracaena       Páginas: 216
Lançamento: 2012            ISBN: 9788564469655

Oldar é um planeta muito antigo, ainda em seu início, quando o universo era imenso e inexplorado. Os povos começavam a conhecer uns aos outros e tinham seus primeiros conflitos motivados por paixões humanas e até sobrenaturais. A primeira narrativa de Oldar inicia-se no país do continente Oeste conhecido como Edammael, onde vivem os dans. O governo fora estabelecido no início dos tempos como reinado, no qual um homem governa sozinho o destino do povo.
Houve também um reinado duplo, em que Dormom e Gormom, irmãos gêmeos que se amavam muito, reinaram em paz. Nem tudo o que é bom dura para sempre e um dia a ganância por poder levou a uma traição que dividiu o reino de Edammael em dois. O reino do norte, sob o comando de Dormom envolveu-se com magia das trevas e criou monstros para derrotar o seu adversário. O reino do sul, sob o comando de Gormom aprendeu sobre um outro tipo de magia e, usando o cajado de poder e outras armas sagradas, lutaram na primeira Guerra do continente Oeste, que ficou conhecida como a Guerra da Traição. Oldar é a primeira história da Trilogia que serve como introdução ao universo em que um guerreiro chamado Telfem viajará por todos os planetas com seres viventes usando espelhos mágicos. 

Oldar é um livro de fantasia, que apresenta o surgimento de um mundo antigo e a evolução de sua civilização, um mundo bem semelhante ao nosso.

As semelhanças começam pela criação deste mundo que é apresentada na introdução do livro, parece que estamos lendo o livro de Gênesis, ou seja, a criação acontece da mesma forma que foi a nossa segundo a Bíblia. 

O povo que irá ocupar esta terra é um povo que vivia uma vida perfeita, mas ao dar ouvidos à um ser que questiona suas escolhas e obediência ao criador, eles colocam em prática seu livre arbítrio, tomando decisões e fazendo escolhas erradas, o que conduz a uma era de medos, traições e guerras. Irmão luta contra irmão e um mundo que por tanto tempo viveu na mais perfeita paz, passa a trilhar um caminho sem volta, permeado de ódio e sangue. 

Parece ser uma história conhecida, talvez aquela que levou pessoas a serem expulsas do paraíso. Lembram?

Outra semelhança conosco é o surgimento de um encontro entre nações, eles criam um grande evento para reunir os povos e durante este período, as pessoas participam de jogos, onde o símbolo é uma grande tocha.

O começo do livro não conseguiu me cativar, por passar muito rápido de uma era para outra, ficava muito difícil criar empatia com os personagens, mas ao chegar na parte do reinado dos irmão Dormon e Gormon, citados na sinopse, a história realmente tem seu começo, o que quero dizer aqui é que boa parte do livro é explicativa, o livro é bem didático, muitas vezes tive a impressão que estava assistindo uma aula, isso me incomodou um pouco, senti falta de uma leitura mais dinâmica.

Passando da metade do livro, podemos vivenciar as aventuras dos personagens, assim teremos bonitas amizades, laços de família muito fortes, batalhas muito bem construídas e magia na medida certa,  deixa o leitor bem ansioso,  sem saber o que esperar nas próximas páginas. Os vilões são bem cruéis, preparem - se para muita maldade.

É o primeiro livro de uma saga, e como tal prepara o leitor para futuros acontecimentos, acredito que nos próximos volumes, teremos muitas surpresas.

Não posso terminar a resenha sem dizer que durante esta leitura fiquei muito chateada com a revisão do livro, encontrei erros do começo ao fim, coisas bem absurdas, acho que a editora deveria dar uma maior atenção neste quesito, já li outros livros com erros, mas não tantos como neste.

Estes são alguns: fezta (festa), amisades (amizades) e proplema (problema)

Próximos volumes:

- Oldar – Durilim

- Oldar – Telfem