[Resenha] Mamãe Bruxa

Mamãe Bruxa

Título Original: Mother Knows Best: A Tale of the Old Witch (Villains #5)

Autor(a): Serena Valentino  

Editora: Universo dos Livros      Páginas: 336

Lançamento: 2019                     ISBN: 9788550303772

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Neste livro, o leitor conhecerá uma história sobre mães e filhas, sobre juventude e magia. É a história da vilã da Rapunzel, a Mamãe Gothel. A história da legendária flor dourada é muito popular, tendo sido contada de diversas maneiras e ao longo de gerações. No entanto, todas as versões concordam em um aspecto: a flor é sempre o objeto de desejo de uma velha bruxa, cuja ambição é se manter bela e jovem. A flor, por sua vez, sempre é usada para salvar uma rainha à beira da morte, que dá à luz uma princesa com cabelos mágicos: Rapunzel. Por isso, a fim de evitar a perda de sua fonte da juventude, a feiticeira sequestra a princesa, tranca-a em uma torre distante e passa a criá-la como sua filha. Anos depois, Rapunzel descobre sua verdadeira identidade e dá um jeito de derrotar a velha bruxa. Entretanto, esta é apenas a metade da história. O que houve com a velha bruxa, conhecida como Mamãe Gothel? Qual é a sua origem e qual foi o caminho que a levou a encontrar a flor mágica, tornando-se obcecada pela juventude eterna? Toda história tem dois pontos de vista.

Mamãe Bruxa – a história da vilã da Rapunzel, é o volume cinco da série Vilãs da Disney, publicada pela Universo dos Livros. Neste livro a autora Serena Valentino apresenta a história de Gothel, ainda na época na qual ela não era a bruxa que prendeu a jovem Rapunzel.

Eu nunca me pego imaginando o outro lado da história, mas acabei lendo na sequencia duas obras que deram voz aos vilões e com isso me vi descobrindo o que os levou a se tornarem os personagens detestados de alguns contos de fadas.

Eu achei bem bacana ter essa visão e no caso de Gothel ela acabou se tornando mais humana para mim. Nunca a imaginei, assim como as demais bruxas, com uma família, sendo jovem, insegura e nutrindo afeto por aqueles que a cercavam. Para mim ela sempre foi uma velha má, mas depois de ler Mamãe Bruxa penso que ela não tinha muitos motivos para não ser amarga.

Não estou justificando seus atos para com Rapunzel, mas acho que Gothel nunca foi feliz. Na verdade ela foi traída e usada por toda a vida.

Valentino narra a juventude dela vivendo na Floresta dos Mortos ao lado de duas irmãs e como sonhava vê-las juntas para sempre, aprendendo a poderosa magia de sua mãe, a Rainha dos Mortos. Logo Gothel vê seus sonhos afundando ao perceber que a mãe mentiu muito para ela e tinha planos nada bons para suas duas irmãs.

Quando Gothel percebe, o legado da Floresta dos Mortos está em suas mãos e ela não sabe como começar a ser a rainha daquele lugar. Ela se vê perdida e, apesar de poder contar com uma ou outra criatura de confiança, sua insegurança é mais forte e ela acaba confiando em quem não deve. Gothel sofre e perde mais e mais e anos passam com ela nesta espiral descendente. A jovem bruxa vai até o fundo do poço.

O caráter dela vai se moldando através dos anos. A autora explora esse aspecto, fazendo com que muitas desgraças caiam sobre a protagonista e ela revide mudando seu jeito de ser e agir.

Em alguns aspectos eu acho que Valentino aprofundou-se na medida certa, mas em outros eu acho que ela acelerou demais o ritmo da história e eu fiquei com sede de respostas. Eu não vou detalhar especificamente quais foram este pontos, já que descobrir as desventuras de Gothel faz parte da diversão da leitura, mas só digo que estão relacionados as ações de um trio de bruxas que surge na vida de Gothel.

Em relação as desventuras dela, são milhares. A história dá volta em cima de volta, acontece muita coisa e a leitura é bem fluida, com ritmo alucinado.

Em relação a ambientação, este foi um aspecto que achei nota dez. Gostei da forma como os cenários são descritos, dá para imaginar muito bem cada local da história e sentir bem o clima.

O desfecho de Gothel não é surpresa, todo mundo sabe como termina a história da Rapunzel. No entanto, não nego que a esperança de que algo mude nos toma. Eu, depois de conhecer a história dela, sua trajetória, acabei torcendo para que tivesse mais sorte. Puxa vida, acho que Gothel não merecia a vida que teve. 

É legal ler esta série que traz um outro lado dos vilões e quero muito conferir os outros volumes.

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