[Resenha] O Bosque Subterrâneo

O Bosque Subterrâneo

Título Original: Under Wildwood (Wildwood Chronicles #2)

Autor(a): Colin Meloy, Carson Ellis

Editora: Galera Record (selo Júnior)        Páginas: 432

Lançamento: 2016                                   ISBN: 9788501095077

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Um clássico para o século XXI, O bosque selvagem só poderia ter nascido da imaginação de Colin Meloy, celebrado vocalista da banda Decemberists. Vida de Prue Mckeel é bem normal até seu irmãozinho ser sequestrado por um bando de corvos. Nos mapas de Portland, no Oregon, existe uma imensa área verde às margens da cidade conhecida como “F.I.”, ou “Floresta Impassável”. Ninguém nunca cruzou seus limites, ou pelo menos nunca voltou de lá para contar. É exatamente nesse lugar que os corvos pegam o irmão de Prue. E é onde começa a aventura que levará a menina e seu amigo, Curtis, até o coração da Floresta Impassável e seus perigos e maravilhas.

Uma aventura mágica! 

Não há forma melhor de descrever a história de O Bosque Subterrâneo, volume dois da série Crônicas de Wildwood de Colin Meloy e Carson Ellis, publicada no Brasil pela Galera Record.

No primeiro volume conhecemos Prue Mckeel, uma garotinha que levava uma vida pacata até seu irmão ser raptado e ela ter que salvá-lo.

Ela e o amigo Curtis tiveram que entrar em uma floresta conhecida como impassável e descobriram por trás daquelas árvores um mundo novo e cheio de magia. Assim que a aventura terminou a vida em Portland nunca mais foi a mesma para Prue. Não dava para fingir que o mundo era tão preto no branco quanto antes.

No entanto, na Floresta Impassável (F.I) as coisas estão em ebulição. Os amigos que Prue fez lá descobrem que alguém cruzou os limites de suas terras para assassinar a garota e com isso se movimentam para protegê-la. Prue então mergulha em uma nova aventura, desta vez para salvar não apenas sua vida, mas de toda a floresta e suas criaturas.

Paralelo ao desafio de Prue, temos as irmãs de Curtis  - Rachel e Elsie - que vão parar em um orfanato e lá descobrem uma rede de exploração de trabalho infantil liderada por um homem que sonha em entrar na floresta mágica. Ele vai fazer experimentos bizarros com as crianças do orfanato para atingir seus objetivos. Pobres órfãos.

Gente! Eu amei este livro! Ele traz uma história que toda criança adoraria viver e nós adultos que temos um criança inquieta dentro de nós também. Há mistérios, perigos, uma floresta mágica cheia de histórias próprias e animais e plantas que falam. Junte nessa mistura uma garotinha obstinada e muito corajosa e sente no sofá para uma viagem deliciosa.

Prue ao lado do amigo Curtis vão ter que descobrir como salvar a floresta que tanto amam e as criaturas que vivem lá e nesta jornada acabam descobrindo uma outra parte do local até então desconhecido e que fica no subterrâneo. É fascinante seguir com eles, temos a impressão de estar vivendo a mesma situação. O autor descreve locais e acontecimentos de maneira detalhada, de forma que você consiga praticamente “ver” seu mundo mágico.

Você acredita da Floresta Impassavel e também em suas criaturas falantes. A narrativa te convence e faz tudo parecer bem natural. Mas o que mais intriga é tentar entender porque alguém quer matar Prue e qual a conexão das crianças do orfanato com a protagonista. São como duas histórias em uma e as partes ambientadas no orfanato não perdem em nada para as da floresta. Rachel e Elsie são ótimas personagens também. Curti cada momento da leitura e das aventuras destas muitas crianças.

Há vilões? Claro que sim! Só que suas intenções são obscuras e o autor optou por não esclarecer muito as coisas neste ponto  e nem quem são eles exatamente. Queria muito que ele tivesse sido mais bonzinho e entregado algo para nós.

É um livrão, mas as páginas passam tão rápido que você nem se dá conta. Há belas ilustrações e este foi um dos pontos que mais me deixou encantada.

O volume anterior tem um final conclusivo, já este é daqueles que deixam o leitor sem boa parte das respostas e desesperado pelo segundo. Torço para que Wildwood Imperium (#3) seja publicado ainda este ano aqui no Brasil. Recomendo.

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