[Resenha] Helen de Wyndhorn

Helen de Wyndhorn 

Título Original: Helen of Wyndhorn (1#)

Autor(a): Tom King, Bilquis Evely e Mat Lopes

Editora: Suma                        Páginas: 176

Lançamento: 2025                 Fantasia, Quadrinho

Tradução: Angélica Andrade

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Criada por Tom King e Bilquis Evely, ganhadores do prêmio Eisner e a equipe por trás do best-seller Supergirl: Mulher do Amanhã, a graphic novel Helen de Wyndhorn é uma mistura deslumbrante de épico e gótico que combina a bravura de Conan, o Bárbaro com o encanto de O Mágico de Oz. Lilith Appleton cuidou da educação de Helen Cole por boa parte da juventude da garota. Ela conheceu a menina quando o pai, C.K. Cole, morreu em circunstâncias trágicas. Seu primeiro encontro com Helen é desafiador: ela resgata a garota da prisão e logo percebe que a rebeldia e o descaso de sua protegida são sintomas de algo mais profundo. Vivendo em Wyndhorn, a propriedade da família Cole, as duas se aproximam, e Lilith ganha a confiança de Helen. Assim, a jovem passa a relatar à tutora as aventuras estranhas que vive na companhia do avô, Barnabas, um homem instigante e ausente. Partindo do relato de Lilith, a trama de Helen de Wyndhorn vai se revelando aos poucos, por meio de fragmentos do passado: pelo depoimento da preceptora, pelas memórias do jornalista e biógrafo de C.K. Cole, pelas relíquias remanescentes da história do escritor tão célebre quanto enigmático e de sua família misteriosa. Uma história sobre família, legado e pertencimento, Helen de Wyndhorn combina elementos de fantasia épica, gótico e magia em uma narrativa envolvente e delicada, que ganha vida nas ilustrações deslumbrantes de Bilquis Evely.

Helen de Wyndhorn é uma graphic novel que mistura o real com o fantástico de forma excelente, trazendo uma história envolvente, curiosa e mágica.

Helen Cole perdeu o pai, um escritor renomado, e seu avô decide contratar uma preceptora para buscá-la e educá-la na mansão da família. Lilith Appleton, porém, não imaginava encontrar sua pupila na cadeia — nem descobrir que a jovem tinha uma queda por bebidas. Um comportamento nada condizente com sua idade e posição, mas que ia além da simples rebeldia: era, na verdade, um grito de socorro.

Helen só queria ser amada, encontrar um lugar onde para pertencer e não ficar sozinha. Será que na mansão dos Cole ela seria feliz?

Se não bastasse termos essa protagonista tão complexa e interessante para nos atrair, a própria mansão dos Cole também exerce seu encanto sobre o leitor — e logo deixa claro que essa família está longe de ser comum. 

De início, Helen permanece ali com a preceptora, causando confusão. Mas quando o avô chega, tudo muda: ela começa a perceber que as histórias de fantasia escritas por seu pai tinham um fundo real. Ela passa a viajar com o avô por lugares fantásticos e um novo mundo nos é revelado

É fascinante acompanhar a jornada dessa jovem, não apenas por sua busca por um lugar no mundo, mas também pela forma dolorosa como é obrigada a amadurecer e a se posicionar para ser ouvida. As viagens com o avô enriquecem ainda mais esse caminho, e eu simplesmente amei cada lugar e cada ser, além da imaginação, que tive a chance de conhecer.

A arte é linda, vibrante e transmite à história uma energia e uma atmosfera únicas. A ambientação de época é outro grande atrativo, transformando a leitura em uma viagem não só no tempo, mas também pela imaginação. Uma trama bem estruturada, repleta de pequenos mistérios, ação e emoção.

Fiquei encantada desde a primeira página. A protagonista me conquistou com sua mistura de força e fragilidade. Helen é feita de opostos, de complexos, de sentimentos e ações. Ela é aquela garota rebelde que desperta em nós a vontade de proteger.

E esse foi apenas o começo da trajetória de Helen de Wyndhorn. Estou ansiosa para acompanhar os próximos volumes, viver novas aventuras ao lado de Helen e continuar fascinada com esse mundo gótico intrigante.

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