[Resenha] Daisy Jones & The Six

Daisy Jones & The Six
Título Original: Daisy Jones & The Six
Autor(a): Taylor Jenkins Reid 
Editora: Paralela                  Páginas: 360
Lançamento: 2019               ISBN:9788584391400
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Todo mundo conhece Daisy Jones & The Six. Nos anos setenta, dominavam as paradas de sucesso, faziam shows para plateias lotadas e conquistavam milhões de fãs. Eram a voz de uma geração, e Daisy, a inspiração de toda garota descolada. Mas, no dia 12 de julho de 1979, no último show da turnê Aurora, eles se separaram. E ninguém nunca soube por quê. Até agora. Esta é a história de uma menina de Los Angeles que sonhava em ser uma estrela do rock e de uma banda que também almejava seu lugar ao sol. E de tudo o que aconteceu ― o sexo, as drogas, os conflitos e os dramas ― quando um produtor apostou (certo!) que juntos poderiam se tornar lendas da música. Neste romance inesquecível narrado a partir de entrevistas, Taylor Jenkins Reid reconstitui a trajetória de uma banda fictícia com a intensidade presente nos melhores backstages do rock’n’roll.

Eu não sabia bem o que esperar de Daisy Jones & The Six quando vi o lançamento do livro, mas peguei uma amostra para o Kindle e em pouco tempo me vi presa na trama. Resolvi apostar na obra completa e não me decepcionei.

Daisy Jones & The Six foi uma banda de rock que teve um sucesso inesperado e astronômico em sua época, mas do nada, quando estavam no auge, sumiram. Para onde foram? O que aconteceu? São perguntas que serão respondidas no decorrer da leitura.

A história começa nos apresentando Daisy Jones e sua infância/adolescência solitárias. A autora vai, através de depoimentos da própria Daisy e de pessoas que a conheceram, construindo a trajetória da jovem que se aventurou pelas noites da Califórnia em busca de algo, em busca de si mesma.

Daisy tinha uma voz linda, mas gostava mesmo de escrever canções. Desde cedo se viu envolvida com várias pessoas do cenário musical, mas demorou um pouco para se inserir neste meio. A principio queria levar ao público apenas suas músicas, mas teve que engolir esse desejo e se contentar em gravar um álbum com letras de outros compositores. Ela tinha uma trajetória longa para seguir e nesse meio tempo o álcool e as drogas foram companheiros constantes.

De outro lado temos a banda The Six, que também tem sua trajetória mostrada através da compilação de depoimentos dos membros da banda, família e conhecidos, incluindo a equipe de trabalho. Se Daisy tinha dificuldades para emplacar suas composições, o Six desde cedo se acostumou a trabalhar com as letras escritas por seu vocalista. Ele também afundou nas drogas e bebidas, mas conseguiu sair desta mais rápido que Jones.

Seguimos a leitura acompanhando Daisy Jones de um lado e o Six de outro, até o momento que ambos se encontram e algo explosivo acontece.

Se seguindo separados já chamavam atenção, depois de juntos foi impossível largar o livro. A dinâmica de Daisy Jones com o Six foi cheia de altos e baixos. Com a banda no geral ela se entendia, até mesmo por conta de eu achar difícil não gostar dela. Por outro lado, com Billy, vocalista do Six, a história foi outra. Os dois viviam um eterno conflito de personalidades e egos, mas vê-los trabalhando juntos era algo que nenhum conflito poderia superar, o brilho desta dupla ofuscava qualquer problema.

Como mencionei, me vi presa na história desde o começo e assim segui até o final. A história destes músicos é muito envolvente e interessante. Eles vivem cercados por um turbilhão de emoções, por uma vida louca que exemplifica bem o universo de sexo, drogas e rock and roll. 

Achei tanto Daisy, como os personagens do Six interessantes e surge uma ligação emocional com suas vidas, mas de longe é ela quem rouba a cena e dá o tom da obra e do show.

Quem está acostumado com narrativas em terceira pessoa pode estranhar a forma que este livro é narrado, todo em forma de depoimentos, mas eu até que curti essa abordagem e achei mais fácil me ligar a trama. Parecia que eu estava assistindo um documentário sobre Daisy Jones & The Six e foi uma experiência bem mais vivída do que ler algo em terceira pessoa, que soaria mais distante.

O que pode ser algo a se sentir falta é a descrição apurada dos cenários e época, mas por outro lado, o clima que os personagens estavam vivendo é mais palpável. Meu único sonho não realizado na leitura é em relação as canções compostas e citadas na obra, eu adoraria ter ouvido todas elas e na obra escrita isso não é possível e nem consegui achar uma playlist feita para complementar o livro. No entanto, houve um esforço considerável para transmitir o que cada uma significava para Daisy Jones & The Six. 

Há drama na história, há amor e sonhos realizados e desfeitos. Não seguimos apenas a carreira destas pessoas, mas suas vidas. O espaço dedicado ao desenvolvimento de cada personagem foi bem dosado, dá para saber mais sobre cada um deles sem perder o foco central que é o surgimento, a ascensão e o desaparecimento da banda.

Eu nunca tinha lido uma obra assim, mas achei espetacular. É cheia de sentimentos viscerais e personagens realistas. Em certos momentos parece mesmo vida real. Eu nunca tinha lido nada de Taylor Jenkins Reid, mas agora entendo todos os elogios rendidos aos seus trabalhos.

Estou ansiosa para conferir mais trabalhos dela e ver a adaptação para as telas de Daisy Jones & The Six. Com certeza minha sede pelas canções vai ser saciada e torço para que a escolha do elenco seja condizente com o que foi descrito no livro, ultimamente tenho me decepcionado bastante com as escolhas de atores para as adaptações. Acho que é essencial escolher alguém que tenha a capacidade de dar vida a personalidade daquele dito personagens, mas também acho essencial que as características físicas sejam mantidas, para não descaracterizar o personagem que conhecemos e nos tornamos fãs.

Ok! Desabafos a parte, Daisy Jones & The Six foi uma das melhores leituras que fiz este ano, me surpreendi totalmente com esta história diferente e original. Super recomendo! 




12 comentários:

  1. Oi, Cida!
    Esse livro está num hype desde a hora que saiu lá fora. Eu tinha até vontade de ler, mas com tanta gente falando eu meio que perdi a vontade...
    Beijos
    Balaio de Babados

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  2. Oi Cida, eu tenho uma amiga que amou demais esse livro e confesso que até achei que a banda existia rsrsrsrs Tb quero ver a adaptação!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  3. Oi, Cida

    Eu amo a capa desse livro e estou enrolando a leitura dele toda vida. Tô com a ARC no Kindle desde antes do lançamento, mas até hoje não consegui ler.
    Não sabia que a narrativa tinha esse quê de documentário, com depoimentos e tudo mais. Não sei o que achar disso, já que normalmente isso ia me repelir, mas a curiosidade é maior.


    Beijos
    - Tami
    http://www.meuepilogo.com

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  4. Adorei a capa do livro, super bonitinha! adorei a dica
    Blog Entrelinhas

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  5. Oiii Cida

    Não sabia que Daisy Jones & the six seria adaptado para as telas, vai ficar bem bacana. Sou apaixonada pela escrita da Taylor, tenho um conto dela no kindle pendente pra ler, e tb tenho esse da Daisy, da autora ja li Em outra vida, talvez? e adorei demais, é um dos meus chick lit favoritos.

    Beijos, Ivy

    www.derepentenoultimolivro.com

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  6. to vendo bastante gente recomendando essa leitura, como adoro histórias de bandas assim com certeza ja quero ler tbm

    www.tofucolorido.com.br
    www.facebook.com/blogtofucolorido

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  7. Olá, Cida.
    Estou lendo umas resenhas bem positivas desse livro. Mas acho que eu não ia gostar dele. Não gosto desse tipo de narrativa e também não sou muito ligada em musicas por isso não me chama tanto a atenção. Quanto a adaptações eu já larguei mão. E a gente ainda nem pode reclamar que já vem um monte de gente falar que é preconceito e tals.

    Prefácio

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  8. Oi Cida!
    Depois de Garotos Corvos uma coisa original seria bem bom pra variar. Eu vi algumas resenhas super positivas dessa obra e fiquei empolgado pelo que voce contou. Nao sabia que ia rolar adaptação.

    Abraços
    Emerson
    http://territoriogeeknerd.blogspot.com/

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  9. Oi Cida,
    Vou falar o que falei para a Bianca do 'Queria Estar Lendo', se não fosse as resenhas que leio, eu nem olharia para esse livro! Já coloquei na minha listinha! Fui surpreendida pelas críticas.
    beijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

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  10. Oi Cida.
    Esta é a segunda resenha que leio deste livro. E tanto a sua quanto a outra foram só elogios. Achei muito interessante a forma como a autora criou toda uma história sobre a banda, dando a sensação que ela é real e a forma como fez a sua narrativa. Mas não sei se vou ler. Quanto a adaptações, também venho me sentindo bastante frustrada ultimamente.
    Bjus

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  11. Oi Cida, tudo bem?
    Confesso pra você que a trama em si não me chamou a atenção, mas achei bem "gráfica". Se for mesmo adaptada, é capaz de eu conferir!
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

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