[Resenha] A Torre de Ouro

A Torre de Ouro

Título Original: The Golden Tower (Magisterium #5)

Autor(a): Holly Black e Cassandra Clare

Editora: Galera Record (selo Júnior)        Páginas: 240

Lançamento: 2019                                   ISBN:9788501117052

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O aguardado desfecho da série Magisterium, das autoras best-seller Holly Black e Cassandra Clare. Uma geração atrás, o poderoso mago Constantine Madden chegou perto de alcançar o que nenhum feiticeiro jamais conseguira: o poder de reviver os mortos. Ele não teve sucesso... mas encontrou uma forma de manter a si mesmo vivo, dentro de uma criança chamada Callum Hunt. Ao longo de quatro anos de estudos no Magisterium, Callum tem sido simultaneamente um herói e um pária, uma força do bem e um presságio do mal. Prestes a começar seu último ano na escola mágica, seu lugar é menos certo do que nunca. Com uma única exceção, ele está distante da maioria de seus amigos. Uma escuridão furtiva ainda o persegue. E o maior desafio de sua vida está surgindo...

A Torre de Ouro é o quinto volume da série Magisterium, de Holly Black e Cassandra Clare. Este é o volume final e vamos então saber se o jovem Callum Hunt é um herói ou vilão.

Call abriga dentro de si a alma do maior e mais perverso mago que já existiu, Constantine Madden. O garoto teve sua vida costurada a do vilão ainda bebê e só soube disso na adolescência, quando entrou na escola de magia Magisterium. 

No decorrer de cada volume da série, que representa um ano de estudo diferente na vida do protagonista, ele teve que lutar para provar que não era ruim como Constantine, que ele era um garoto justo e só queria ajudar.

Call teve altos e baixos, não conseguiu ganhar a confiança de quase ninguém na escola e se não fosse os amigos que fez, talvez não tivesse seguido firme e em frente lutando contra a alma má que o habita e seus seguidores fanáticos.

Aaron e Tamara foram os amigos leais ao seu lado, mas aos poucos ele também conseguiu mais aliados. No entanto, é o trio que se destaca e conquista o leitor com sua amizade e coragem.

O último livro se passou fora da escola de magia, mas teve um das lutas mais ferozes de toda a série. Call quase morreu, mas fez de tudo para mostrar que era bom e queria ajudar. Agora ele está de volta ao Magisterium para seu último ano de estudos e ainda que tenha salvo todos, as pessoas continuam a vê-lo como inimigo.

Call é um personagem que eu amo muito. Eu admiro sua coragem, sua força e a vontade de provar para aquelas pessoas que é bom. Por vezes eu quis que ele desse as costas para todos e seguisse os conselhos o pai, de partir e parar de querer provar ser o mocinho. Só que se Call tivesse fugido não teríamos tido toda essas aventuras empolgantes e esta série de magia que é cheia de emoção e ação.

Já que Call resolveu lutar, eu segui com ele e posso dizer que o crescimento do personagem foi enorme desde o volume um. Call é aquele cara que parece fraco, as vezes não acredita em si mesmo, mas nem por isso se intimida e quando vê os que ama em perigo não teme colocar a própria vida em jogo.

No caminho ele perdeu muito e uma destas perdas sempre foi para mim a escolha mais infeliz das autoras para a história. A perda que menciono ocorreu no final do volume três e deixou os leitores sem chão. No volume quatro parecia que elas dariam um jeito na situação e acabou que outra vez os leitores tiveram o coração partido. Eu cheguei neste quinto volume sem esperança de que algo fosse ser feito, mas num mundo de magia muitas coisas ainda poderiam acontecer…

Eu gostei do que nos foi apresentado em A Torre de Ouro. Um nova aventura surgiu e foi muito empolgante. Os personagens estavam  mais maduros e independentes. Call e sua turma foram espertos demais no plano para enfrentar o inimigo que apareceu.

O que achei mais interessante foi a exploração da alma que habitava Call. Constantine Madden sempre foi um enigma e nem de longe eu imaginava de fato o que vinha com ele, o que era aquilo que foi colocado dentro de Call. Cassie e Holly poderiam escrever outra série só falando dessa alma, é algo insano.

A ambientação também foi excelente, amei estar de volta ao Magisterium. Admito que senti falta da escola no volume anterior e gostei de que o encerramento se desse onde tudo começou. Bateu aquele nostalgia, sabem? Eu me senti revendo todos acontecimentos anteriores, relembrando tudo que Call viveu e torcendo muito para que ele tivesse um bom desfecho nesta jornada.

E para mim teve! Gostei demais do que aconteceu e Magisterium fechou com chave de ouro. Cassie e Holly foram magas. Eu nem acreditei que elas conseguiram me deixar tão feliz depois de partir meu coração duas vezes seguidas. E foi original a escolha. Estranha e fabulosa.

A história foi empolgante do começo ao fim, manteve seu tom bem humorado e soube ser séria quando necessário. Rolou aquela emoção e até mesmo algumas lágrimas. Eu vou sentir muita falta desta turma, de suas travessuras, dos desafios e especialmente da gentileza de Aaron, da força de Tamara e da coragem de Call. Eu amei! Não deixem de conferir! 

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