[Resenha] O Amor Mora ao Lado

O Amor Mora ao Lado 

Título Original: Family Affair

Autor(a): Debbie Macomber

Editora:  Novo Conceito      Páginas: 160

Lançamento: 2013      ISBN:9788581630526

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Lacey Lancaster sempre quis ser esposa e mãe. No entanto, depois de um divórcio bastante doloroso, ela decide que é hora de dar um tempo em seus sonhos e seguir sozinha mesmo. Mas não tão sozinha: sua gatinha abissínia, Cléo, torna-se sua companhia de todas as horas. Até é uma vida boa — um pouco aguada, é verdade — a de Lacey. A não ser por seu escandaloso vizinho, Jack Walker. Quando Jack não está discutindo, sempre em voz muito alta, com sua namorada — com quem insiste em morar junto — está perseguindo seu gato, chamado Cão, pelos corredores do prédio. E Cão está determinado a conseguir que a gatinha Cléo sucumba aos seus avanços felinos. Jack e Cão são realmente muito irritantes. Mas acontece que a primeira impressão nem sempre é a que fica...

É gostoso pegar um livro sem aquela  expectativa, sem saber muito bem o que vai encontrar, foi desta maneira que comecei a ler O Amor Mora ao Lado, segundo livro da escritora norte – americana, Debbie Macomber, publicado no Brasil pela Editora Novo Conceito.

A trama é bem comum, nada que você encare como impossível de acontecer e exatamente por esta razão, que você facilmente encontra uma identificação com alguma coisa no livro, seja no amor dos protagonistas por animais, ou nos seus problemas na vida profissional e até mesmo pelo receio de entrar em um novo relacionamento amoroso e decepcionar-se outra vez.

Lacey está divorciada há pouco mais de um ano e o fim do casamento foi bem doloroso para ela. Seu ex-marido encontrou outra mulher e simplesmente deixou Lacey de lado, o que para ela foi algo inesperado, do tipo que você sabe que acontece, mas sempre com os outros, jamais com você (ledo engano). Magoada, resolveu fazer as malas e começar uma nova vida em São Francisco. Lá comprou uma gata para lhe fazer companhia e mergulhou no trabalho. No entanto, em certo momento, tudo parecia errado, não que realmente estivesse, era na verdade um reflexo da insatisfação de Lacey com a própria vida, consigo mesma. Tudo estava sem cor, até o dia que sua gata envolveu-se com o Cão, o gato do vizinho.

Pois é, Cão, este é o nome do gato do charmoso Jack Walker, o vizinho que Lacey sempre manteve longe de si, mas que por ironia do destino, ou melhor dizendo, por causa dos gatos, acabou entrando em sua vida, trazendo com ele um belo arco-íris.

É bem divertido ver Lacey tentando fugir de Jack, tudo por medo de sofrer de novo. O que é quase certo para ela se acontecer algo entre ambos, já que o moço, na cabeça dela, é um tremendo galinha. Mas Jack é insistente (e como minha gente), e não desiste. Quanto mais ela teima, mais interessado ele fica. Resultado: um belo jogo de conquista.

Conforme fui passando as páginas, consegui me ver na pele de Lacey muitas vezes, não que eu tenha vivido um problema igual ao dela, mas por ela ser uma protagonista tão real, que passa e sente tantas coisas que já senti, ou sinto, tal como o medo do novo, as frustrações por querer algo e não encontrar o momento certo, a vontade de ser feliz, ou simplesmente ter “um dia de cabelo ruim”.

Mas não se enganem pensando que é uma história de amor fácil, é algo mais profundo, onde a superação precisa chegar primeiro. Lacey tem que aceitar o divórcio, já que em dezoito meses viveu em total negação. Ela precisa enfrentar sua dor e chorar muito, tipo como uma limpeza da alma. Uma faxina  para receber alguém charmoso, cavalheiro, gente boa e muito cativante, como seu teimoso vizinho.

Paralelo ao romance, ainda temos a história da complicada relação de Jack com a irmã e o cunhado, dando um toque mais família em tudo.

Um romance maduro, onde eu torci a todo minuto pela felicidade de Lacey, ela merecia voltar a acreditar no amor. Gostei muito da maneira que a autora conduziu e fez evoluir o relacionamento do casal, algo que transborda sensibilidade, respeito e ternura. Envolvente do inicio ao fim, são menos de duzentas páginas, mas nem por isso perde em conteúdo. Não é algo inovador, é mais o estilo Sessão da Tarde, mas é gostoso e cativa, mais um livro que terminei com um sorriso bobo no rosto. Dá até vontade de levar um fora para ser consolada por um Jack.

Nota dez para a edição feita pela Novo Conceito, cheia de gatinhos fofos, na capa e dentro do livro. Um charme!